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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

11
Jun21

A posta que essa pessoa é minha conhecida

shark

Quão frágeis, as ligações estabelecidas. Barcos atracados ao porto por fitas de embrulho com lacinhos no fim, amarras simbólicas à mercê da minha ligeira ondulação. Aglomerados em função de rituais indispensáveis de cujo cumprimento depende o benefício da integração num grupo qualquer.

Muito fraca, a sustentação da estrutura assente nos pés de barro que alicerçam a construção de uma farsa obrigatória, de uma fachada aceitável para exibir. Exposta à pressão de cada momento, ao sopro permanente do vento levantado por murmúrios coscuvilheiros e sussurros mal contidos que podem a todo o instante as paredes têm ouvidos, descambar num vendaval.

Preferível ensurdecer, ou mesmo nem querer ver a realidade como ela se apresenta. Maquilhada em profusão, escavacada por detrás. Danificada pela erosão que atribuem ao tempo entretanto passado e no qual, na verdade, prefeririam ter permanecido a sós.

 

 

 

18
Mai21

A posta na hora de ponta

shark

Encurralados pelo trânsito quase parado no engarrafamento das nossas decisões. As adiadas, mais as menos acertadas que nos conduziram ali. Parados no cruzamento, lá à frente o momento de optarmos pelo caminho mais certo a seguir. Semáforo aberto, semáforo fechado, semáforo assim-assim. E atrás o trânsito a abrandar, o destino a buzinar a sua impaciência porque o tempo insiste sempre em passar depressa. Porque nunca há tempo a perder. Preenche-nos o retrovisor, acelerado nas pulsações, hipertenso. E nós ali, quase parados, à espera que se aproxime o momento para passar para um dos outros lados ao dispôr. Pára-arranca. Algum tempo para pensar acerca da hipótese de virar, para depois seguirmos em frente por outro caminho, sempre sob a pressão do que vem logo atrás, consequências, sobretudo pelas omissões.

 

Também podemos seguir sempre em frente, como faz tanta gente que acreditamos bem sucedida, gente muito determinada e sem mácula de indecisão. Gente que tem sempre a razão do seu lado, como um sidecar. Quase nos dá ganas de buzinar como os outros, de acelerar em vão com o caminho obstruído por tanta decisão acumulada naquele ponto de passagem obrigatória para uma das opções. Sem lugares de estacionamento, proibição absoluta de parar. Excepto quando o semáforo exerce o poder no tom da sua luz. Vermelho é mesmo para cumprir, não há nada para decidir e ficamos ali quietos, à espera de outra cor que melhor nos sirva.

 

O pé no acelerador, nervoso. O verde que pode aparecer em qualquer altura e nós ainda indecisos quanto ao rumo a tomar. Em frente, pela zona de conforto que nos oferece a habituação. Ou com uma guinada no volante para alterar a direcção e percorrer outro troço do caminho que falta, do caminho que nos resta até ao fim de uma viagem que acaba sabemos onde, mas não quando e ainda menos porquê. Nem queremos saber, apenas nos move a firme intenção de lermos bem o mapa que a experiência de vida nos ensinou a desenhar. Esboços de caminhos, possíveis futuros, desenhos toscos inspirados nos quilómetros já percorridos no calendário que nos recorda a ampulheta que não podemos virar depois de escoado, a qualquer momento, o pouco tempo que ainda sobra até todo o tempo arranjar forma de nos fugir.

Decisões adiadas, decisões menos acertadas, mais aquelas que são para a vida decidir.

 

 

07
Jun18

A Caminho

shark

Mais de meio caminho já percorrido na viagem, sem hipótese de regresso ao porto de partida, rumo à incógnita que é o momento do naufrágio predestinado. A frota da incerteza, enfrentando alegadas iras divinas, onde andas que te afundo com a minha má disposição? Descobres onde ondas te desfazem a frágil casca de noz a que chamas de embarcação e insistes em manter-te à tona, numa atitude de desafio.

Barquinho patético, armado em navio, uma jangada feita dos destroços da tormenta que passou. À mercê dos elementos, por baixo o mar cinzento e tu de olhos postos num céu que não passa de um tecto falso pintado de azul. Adormeces por vezes no embalo sereno da ondulação que te anestesia para não doer a passagem do furacão interior que te distrai do temporal lá fora. Os dias que passam assim, salgados de esperança, mas igualmente condimentados pelo desacerto na tua navegação.

A sorte e o azar a fazerem de maré, meio cheia, meio vazia, e tu sem norte ao sabor de uma corrente que te arrasta para onde lhe apetecer. O leme é a tua bóia de salvação e agarras-te a essa ilusão de controlo sobre os acontecimentos, vira à esquerda, vira à direita, em frente é que é o caminho, e às tantas o horizonte escurece e tu sabes que não se trata da noite a chegar. É mais uma prova por enfrentar e não te perdoas teres seguido por ali quando julgas que podias ter embicado para além, desesperado por te acreditares um comandante capaz na viagem só de ida que te compete pilotar.

À deriva.

30
Set16

A posta que é a vida a brincar

shark

Sempre que a vida, essa brincalhona, nos encurrala em labirintos também oferece diversas saídas que, na maioria, desembocam em ratoeiras.

 

Na ascensão tudo parece conjugado para sermos transportados ao colo para o sucesso. Multiplicam-se os amparos, expandem-se os horizontes, alargam-se os benefícios e depressa interiorizamos que é a subir que todos os santos ajudam.

Contudo, na queda o fenómeno é o mesmo embora em sentido contrário. O universo parece transformar-se num escorrega e, a brincar, a brincar, sentimos a vertigem do aumento na inclinação que mais favorece a lei da gravidade quando se instala de armas e bagagens na existência. Se é para descer, todos os demónios empurram.

A mesma vida que nos catapulta cada vez mais alto depois do salto inicial num qualquer trampolim transforma-se numa daquelas brocas industriais que até furam os asteróides que cavalgamos a caminho do nosso armagedão pessoal e intransmissível. Sempre a cair.

Claro que gostamos sempre de acreditar que a vida é uma espécie de montanha russa, com ciclos como os da economia do passado, altos e baixos, subidas e descidas. Mas agora que na economia o mar está sempre flat e em permanente maré baixa, a vida parece acompanhar-lhe o ritmo e o parque de diversões parece só fornecer a emoção do salto para o abismo a bordo do comboio fantasma. Bater no fundo é apenas um degrau no rés-do-chão, a meio do caminho para as caves.

Isto porque, como referido na entrada desta prosa, a vida, essa parodiante colorida, não gosta de meias-tintas. Só aceita o horizonte cinzento-escuro por contrastar bem com a alegria do azul que transforma numa miragem, numa aberta apenas sonhada em períodos extensos de temporal. Até o brilho do sol se tornar em mais um dos muitos milagres integrados exclusivamente no domínio da fé.

 

É essa que nos move, mãos dadas com o desespero de causa, no interior do tal labirinto pelo qual deambulamos sem rumo e arriscamos nas saídas traiçoeiras que são afinal entradas para males piores. Em cada uma dessas falsas saídas um novo túnel cuja luz ao fundo não passa do reflexo luminoso de uma parede de betão.

E a vida a acelerar o tempo que passa sem nos fornecer qualquer travão.

12
Set13

Espera que passe

shark

À espera.

O ciclo que parece completar-se mas acaba por se fechar sobre si próprio já perto de um fim aparente, de uma conclusão em nada diferente da que nos ofereceu no início que não passava de outro falso ponto final nos seus 360 graus.

A volta completa numa partida feita chegada, uma espécie de eternidade nesse caminho, numa estrada que começa e acaba no mesmo lugar. Uma espécie de rotunda, tão larga que consegue enganar a mais atenta observação e transmite uma falsa sensação de rumar adiante mas apenas conduz ao ponto de partida pintado como uma meta para disfarçar.

A espera.

 

Pelas decisões adiadas, pelas conclusões precipitadas pelo apelo da especulação. Um tapete feito de pontos de interrogação, calcorreado de olhos abertos, às cegas, ladeado de efígies de esperanças feitas em pedra oriunda de uma montanha de desilusões.

Talvez amanhã, no máximo depois. Mas afinal era cedo demais e é preciso aguardar uma nova oportunidade no cais de uma doca ou de uma estação, na paragem do coração que às vezes passa por ali para transportar os sonhos de grandeza para onde a tristeza tratará de os acordar, talvez à partida, talvez à chegada, será uma saída? Dá acesso a uma entrada que não passa de um alçapão.

 

O mergulho de cabeça onde o ciclo recomeça, mais uma e ainda outra vez, percorrido de lés a lés enquanto a ampulheta faz o pino para entreter o tempo a passar mais depressa diante do olhar desorientado daquele viajante sentado num banco, ansiosamente à espera de uma boleia para um lugar distante, para um ciclo diferente, onde a espera não demore tanto tempo a passar.

06
Ago13

Nas bordas de um parapeito

shark

São pontos de viragem. Surgem nos caminhos da vida como as curvas imprevistas em estradas com muitos quilómetros sempre a direito. Ou como os entroncamentos.

De repente, o destino obriga-nos a abrandar para fazermos escolhas ou simplesmente nos empurra para uma alternativa que nem ousaríamos considerar.

São pontos de exclamação que interrogamos, pelo medo do desconhecido ou apenas pela curiosidade que o futuro sempre despertará. E depois desta viragem como será?

 

Nem sempre tomamos consciência desses instantes cruciais que nos aproximam ou afastam de um objectivo ou de um sonho qualquer de futuro desejável que afinal é um amanhã impossível de acontecer tal e qual alguém o imaginou.

Os acontecimentos encadeiam-se com as conjunturas, imprevistos e riscos mal calculados, sorte e azar, reflexão ou impulso, esquerda ou direita e aí vamos nós a caminho completamente a leste do paraíso que contemplamos pelo retrovisor que a nostalgia ou o remorso nos podem facultar.

 

Damos connosco a abraçar aquilo que a vida nos dá. Ou nos impõe. Ou se esbanja nas oportunidades perdidas pelos que não as percebem ou não as conseguem agarrar. Abraçamos o rumo mais feliz ou precisamente o que nos conduz direitinhos à bocarra da perdição. Ou coisa parecida que é como se sentem as coisas dentro de tudo quanto de relativo um problema, uma aflição, podem englobar.

De um momento para o outro tudo pode desabar como pode acontecer aos bocadinhos sob o castigo da erosão, a vida madrasta, o lado B ao qual ninguém presta a devida atenção até ser essa a única canção a tocar como banda sonora de um pano de fundo que julgamos serem as cortinas do espectáculo que entretanto acabou.

 

A crise, o galo, a porra da sorte ou a pouco reconhecida mas quase omnipresente estupidez, mesmo ao virar da esquina para o beco sem saída que julgávamos inexistente ao longo da avenida das descobertas que são como surpresas que dão para o torto e nos apanham sempre com as calças na mão, borrados de medo pelas consequências terríveis de um erro somente ou de uma inegável acumulação desse e de outros factores que se controlam ou antes pelo contrário.

A granada sem cavilha nas palmas e paralisamos sem saber como sairmos dessa situação, às voltas com o mapa mental de um percurso que não estava traçado para levar-nos ali.

 

São pontos na viagem, ligados entre si pelos traços que coincidem com os rastos da passagem de qualquer um de nós, que interpretamos ou decidimos parágrafos depois de eliminados os pontos que as reticências têm sempre a mais.

São pontos de interrogação, todos eles.

O pressuposto da nossa arrogância consolida-se na ignorância que tantas vezes nos despista na leitura apressada.

E depois a história pode não ter um ponto final feliz.

01
Jun13

Noutra cela

shark

Invejam-te, pássaro, pelas asas que te permitem voar. Talvez percebas de vez em quando no seu olhar uma expressão desagradável, um ar desconfortável perante aquilo que, por não terem, entendem de imediato como uma limitação.

Nunca lhes basta a imaginação, constroem equipamentos, procuram argumentos para te poderem imitar.

Como tu, querem voar. E cobiçam-te as asas, inventam anjos que são arquétipos da perfeição que se acreditam capazes de alcançar por mérito próprio, pecadores arrependidos, quando se juntarem a ti no céu de um paraíso de conveniência.

 

Invejam-te, pássaro, pelas asas que simbolizam liberdade e independência. Mas desenham uma realidade opressora, esculpida nos detalhes que são como o avesso das grades de uma prisão interior. Não querem asas sequer no amor que definem e compartimentam em regras desorientadas que entendem como pontos de referência para um modelo universal e obrigatório.

Nunca lhes basta o essencial, concentram-se no acessório, procuram saídas de emergência para o espaço de segurança que precisam acreditar, promessas de pessoas que julgam ser possível moldar personalidades com base nas realidades que impõem aos outros por norma, por regra, por costume e por tradição. E ainda lhe juntam a canga de uma religião castradora, seguem pela vida fora em espasmos de arrependimento ou em convulsões de desentendimento que os perturbam porque os tornam reféns de uma tristeza desnecessária, encarcerados na penitenciária que uma vida de mentira tão bem sabe construir.

 

Invejam-te, pássaro, pelas asas que te garantem poderes partir em qualquer direcção sem barreiras ou limitações, sem amarras nem prisões, para o céu que tanto se esforçam por merecer mesmo que seja para acontecer apenas depois do seu fim.

Como tu, querem voar.

Mas preferem invejar a felicidade que simulas quando cantas, assustado pelo que vês sempre que espreitas para o lado de fora desse cárcere que vês espelhado na expressão vazia, abandonada, dos seus olhares.

Sempre que espreitas para o lado de dentro desses pássaros sem asas, enfiados eles próprios em gaiolas às quais soldam aos poucos as portinholas até não lhes restar qualquer esperança de que alguém um dia as possa abrir.

 

30
Abr13

Uma panela, depressão

shark

Água na fervura e deixa-se a coisa em lume brando, a ver se resolve. Mas apenas adia.

Apenas prolonga a agonia no tempo, num ferver mais lento que continua a queimar o rastilho improvisado para atrasar a deflagração.

Cada vez mais perto de explodir, a tampa prestes a saltar, pressionada pelo vapor da locomotiva escondida no interior de um espaço incapaz de a manter na linha, o descarrilamento ao virar da esquina, pouca terra, pouca terra, e demasiado caminho a percorrer em tão pouco tempo que falta para algo rebentar, um aneurisma ou coisa pior, e a água a ferver cada vez mais escassa no fundo.

Todo o tempo do mundo, era aquilo que parecia, mas a ampulheta ameaça ficar vazia e ninguém a pode virar ao contrário para garantir o prolongamento, um lado quase cheio a um ritmo cada vez mais apressado, e a imagem em câmara lenta para fingir que tudo acontece mais devagar.

Mas o comboio não pára de apitar no pipo da panela que grita a impaciência ou mesmo a dor que lhe provoca o escaldão, o pesadelo da evaporação acelerada da pouca água já queimada em demasia, o lume brando que só adia o momento do final inevitável, pouco tempo, pouco tempo, e demasiado perto da estação terminal que se aproxima a passos largos, à vista naquele horizonte cinzento, lá ao fundo, no céu.

 

O ferver está mais lento, mas a água já quase desapareceu.

12
Fev13

Passos descalços

shark

Pedaços no chão, mesmo ali ao lado, como cacos de uma falsa partida que acabou tombada sem o amparo que se dá aos vencedores. Perdida uma luta qualquer, a derrota ali espalhada, a bandeira que se agitaria à chegada distribuída em pequenos farrapos meticulosamente organizados no meio do chão, como símbolos de uma desilusão que um dia sonhou ganhar uma corrida contra o tempo tão veloz.

 

Retalhos de uma solidão enclausurada num espaço sem som, nunca ouvida, nunca falada, perdida numa multidão de silêncios comprometedores em plena avenida da demência em construção.

 

Pedaços no meio do chão, mesmo ali atrás, pisados pelos passos descalços de um olhar tão seco, tão morto, que nem assim sangrou. 

21
Fev12

COMEÇAM POR DESABAR AOS POUCOS

shark

Via naquela casa esventrada uma pessoa abandonada pela sorte à sua e que afinal era nenhuma.

Via nos sulcos escavados pelo tempo na fachada as rugas de uma pessoa envelhecida, algures esquecida, à espera do regresso de um irmão imaginário ou de um amigo ilusório para ludibriar a solidão.

Via nas janelas escancaradas, por detrás, os farrapos de cortinas deixadas ao vento, como almas fustigadas pelo tempo até preferirem nem se verem espelhadas naquelas janelas como se fossem elas os olhares de pessoas que via, imaginadas, pessoas escondidas por detrás das cortinas para poderem espreitar a vida dos outros a passar pela sua.

Via essa vida no meio da rua, presente, e tentava transportá-la com a sua mente para aquela casa abandonada, a falsa memória de uma vida passada em todas aquelas divisões coloridas em tons desmaiados pela luz encoberta do sol.

Quase ouvia cantar um rouxinol preso na gaiola agora desmantelada, patética, presa a um pedaço de parede por cair daquela casa deixada ali para morrer. A realidade que não queria enfrentar enquanto sonhava que via naquela casa destruída uma pessoa cheia de vida que a sua mente, crueldade, converteu numa imensa saudade para preencher o vazio criado, de repente, sem saber que deixava pendente uma vida a necessitar de reparações, uma alma esfarrapada por emoções como a que via no espelho, por detrás dos seus olhos encharcados pelas ordens de despejo ali reflectidas.

 

Sentia que com as almas deixadas ao relento, como as das casas abandonadas ao tempo, também as pessoas podem acabar demolidas.

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