Das máscaras que desabam
Esperei muito tempo pela confirmação. Sim, tinha toda a razão. Mas de pouco me valia.
Valeu a pena esperar. Melhor, e mais claro, nem por encomenda.
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Esperei muito tempo pela confirmação. Sim, tinha toda a razão. Mas de pouco me valia.
Valeu a pena esperar. Melhor, e mais claro, nem por encomenda.
Eles reclamam, e com toda a propriedade, o acesso da opinião pública à sua versão dos acontecimentos protagonizados pelo cavaleiro tauromáquico Marcelo Mendes, esse justiceiro incompreendido e vítima da violência que transparece do relato deste blogue pró-touradas.
Dificilmente abordaria de novo o assunto, mas perante a justíssima reclamação resta-me reproduzir aqui alguns aspectos destacados por quem assume a defesa do pobre coitado a cavalo e, naturalmente, comentá-los de acordo com a perspectiva de quem não esteve lá e só pode valer-se de imagens e de declarações amplamente divulgadas. Vamos a isso:
tal como era de esperar, os meios de comunicação, por uma questão de defesa de uma das partes ou simplesmente para colher mais audiências com a notícia, apenas se deram ao trabalho de expor um dos lados da história: a dos manifestantes anti-tourada, claro!
Esta é a primeira conclusão dos defensores do jovem do sétimo de cavalaria: a Comunicação Social, nomeadamente os canais televisivos que nos impingem a toda a hora as suas próprias corridas tv, colocam-se do lado dos malandros dos manifestantes anti-tourada para aumentarem as suas audiências.
E qualquer pessoa, amantes de touradas ou não, percebe que teria muito mais audiência uma notícia acerca da agressão por parte de um muy macho cavaleiro aos pacifistas amantes dos animais do que o contrário (o que na verdade terá acontecido, de acordo com a faena verbal que move esta posta).
No fundo é a lógica do homem que mordeu o cão, transportada para o pacifista defensor dos animais que apedrejou o equídeo ao ponto de o dono agir em sua legítima defesa. Claro que ninguém ia prestar atenção à notícia dada dessa forma…
Mas há mais.
Ponto 1- Ao que apurei nas redes sociais - sim, porque só nas redes sociais é que se pôde "ouvir" o lado dos aficionados e dos que estavam presentes na praça ou nas suas redondezas, infelizmente - os manifestantes estavam numa zona designada para o aquecimento dos cavalos e dos seus cavaleiros. Ora, não é preciso saber muito de cavalos para perceber que com tanta barulheira e confusão que para ali ía os cavalos começaram a ficar nervosos e inquietos. Tal não era nada positivo nem para o cavalo, que não aquecendo e estando nervoso se podia lesionar aquando da lide na praça, nem para o cavaleiro, que com o nervosismo do cavalo, e o dele que, provavelmente, estaria a crescer tanto pela entrada em praça mas também pela triste manifestação a que era obrigado a assistir, podia, como consequência, lesionar-se a ele também!
Ou seja, as redes sociais, essas sim, são fontes fidedignas. Os manifestantes afinal estavam no sítio errado à hora errada e apesar de serem cerca de 40 conseguiram superar o barulho e confusão que centenas ou milhares de pessoas fazem numa praça de touros sem que isso perturbe os cavalos.
Talvez por serem apenas quarenta, os cavalos estarão mais habituados a assistências numerosas….
E depois há o risco de lesões, naturalmente impossíveis de acontecerem na sequência de um galope para o interior de um grupo de pessoas. Não é preciso saber muito de pessoas para concluir isto.
Ponto 2- Ao que parece, a manifestação não foi assim tão pacífica como os anti-touradas tentaram mostrar aquando do directo da RibeirinhasTv e transmitir aos meios de comunicação em geral.
Parece que os tais manifestantes "pacíficos" começaram por atirar pedras aos aficcionados, digo cavaleiros, ajudantes, etc., que ali estavam ( na zona de aquecimento, repito) tendo mesmo atingido um dos cavalos (dizem-se eles defensores dos animais...) o que levou, obviamente, a uma revolta dos que assistiam a tudo aquilo. Daí o primeiro "ataque", como dizem os anti, do cavaleiro Marcelo Mendes. Nada mais que uma investida para tentar marcar posição e afastar os manifestantes da SUA zona!
Aqui confirma-se a teoria da Comunicação Social a tomar partidos: filmaram tudo menos isto, provavelmente porque imagens de amantes dos animais a apedrejarem cavalos não fazem subir as audiências. Não é preciso saber muito de audiências para concluir isto.
Ponto 3-No entretanto, enquanto alguns manifestantes faziam mais umas "queixinhas" à RibeirinhasTv pelo suposto violentíssimo ataque que tinha sucedido e enquanto o cavaleiro tentou voltar ao aquecimento do seu cavalo, um outro manifestante agrediu verbalmente o cavaleiro Marcelo Mendes durante largos minutos, o que levou o cavaleiro a perseguir, por assim dizer, o tal homem para o tentar identificar e apresentar queixa perante as consequentes ameaças que ele lhe fazia a ele, claro está, e ao seu cavalo.
Não se tratou, como disseram os anti-touradas, de mais uma investida, mas sim de uma tentativa de, como disse, identificar um "pacifista".
Portanto, os manifestantes fizeram queixinhas à tv enquanto o cavaleiro só as fez às redes sociais, nomeadamente das agressões verbais que o levaram a perseguir (por assim dizer o próprio perseguidor) um fulano que entretanto deve ter esgotado o stock de pedras disponíveis para lançar, já que fugiu em vez de apedrejar, o nhonhinhas.
De resto, e ao contrário do que as imagens tendenciosas possam transmitir a bem das audiências, não se tratou de uma investida mas sim de uma tentativa de identificação do indivíduo. O cavaleiro é que estava com um nadinha de pressa e nem teve tempo de desmontar para exigir a apresentação da papelada.
Aliás, o próprio cavalo tinha a expressão típica de um quadrúpede muito empenhado em dar uma vista de olhos ao BI do agressor verbal.
Ponto 4- Como os manifestantes "pacíficos" vieram, alguns, de tão longe, como fizeram questão de dizer aos meios de comunicação - como que a fazer justificar os seus argumentos e as suas vontades de acabar com as touradas - não se podiam ir embora apenas com uns apedrejamentos. Pois bem, fizeram ainda questão de violentar o carro do cavaleiro Marcelo Mendes ( ainda estou para descobrir como é que sabiam qual era o carro dele) ao partir vidros e pintar o carro com tintas.
Sim, aqui está a pergunta que se impõe a todos quantos tentam conspurcar a imagem do Marcelo Mendes: como é que os vândalos anti-tourada sabiam qual era o carro dele e não conheciam o mau feitio do seu cavalo?
O mistério aqui levantado pode estar na origem de uma cacha que talvez traga boas audiências: os anti-tourada são também anti-automóvel e não percorrem longas distâncias em vão. Ou defendem os animais das touradas que os massacram ou defendem os peões dos veículos que os atropelam, vale sempre o caminho.
Pintarem o carro com tintas não é original, mas violentarem-no (o carro) é algo que confere toda uma nova dimensão ao tubo de escape e justifica que os jornalistas presentes nem quisessem enfatizar tamanho horror sofrido pelo cavaleiro que, de resto, ainda não confirmou às redes sociais e associadas se possui seguro contra todos com a cobertura de vandalismo. E há quanto tempo.
Como podem ver, estes manifestantes eram tudo menos pacíficos! Nada que me surpreenda porque já estou habituado a ver as manifestações "pacíficas" de antis-touradas e de outros que tais, de partidos semelhantes aos que por lá passeavam, que acabam sempre em confrontos com as forças políciais. Mas que fique claro que a polícia é que os provoca sempre....
No entanto, o importante a retirar deste episódio é que os aficionados, a começar pelos cavaleiros, não se ficaram nesta guerra que tentam criar.
A tradição e o costume falarão mais alto!
Com as palavras acima dá-se o assunto por concluído da parte de um porta-voz dos aficionados da festa brava.
O importante a retirar deste episódio é que os aficionados, a começar pelos cavaleiros, não se ficaram nesta guerra que tentam criar (sic).
Por mim já estava retirado, esse importante. O resto, sem dúvida muito tradicional, é folclore.
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