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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

26
Fev14

A posta que não é para ti

shark

A importância de a ter.

A importância.

A ambição de atingir um determinado patamar de valorização por parte de terceiros, a validação por inerência de um umbigo gigantesco sem terreno fértil para se alimentar. Muito importante para quem precisa sentir-se assim, mesmo sustentando esse sentimento numa mentira, numa farsa, na chamada de atenção para a fachada enquanto o resto da coisa desaba por erros flagrantes no alicerces e fundações.

A importância que se reclama, validada apenas por uma permanente interpretação, errada, da própria pessoa desesperada por um lugar de destaque no palco da vida no qual se julga competente para assumir o papel principal.

A importância que se julga possuir, de forma patética, com base apenas em indicadores imbecis, em reacções forjadas nos bastidores de uma chantagem de circunstância, emocional, ou impostas com as costas quentes pela asa de alguém importante de verdade que a oferece por mera obrigação e nunca pelo mérito impossível de reconhecer.

A irrelevância, dura realidade, provada a cada dia pelos resultados de merda obtidos na sequência de cada intervenção desastrada, desastrosa, na vida dos outros que a sua, tão importante, avança sustentada somente por um lindo ramalhete de ilusões colhidas diariamente no jardim encantado onde a pessoa importante passeia a sós nessa condição de protagonista inventada pela imaginação.

Importância alguma, na prática. E a que exista em teoria, sonhada, aparece fundamentada no reino da fantasia, na mente pueril da pessoa iludida por palmadinhas piedosas nas costas somadas à distracção displicente no que respeita a tudo aquilo que um simples espelho e dois dedos de testa conseguem revelar tão bem.

Porque mesmo importante seria aprender a avaliar a escassa importância que afinal se tem. 

28
Ago09

A POSTA NA GRAVIDEZ AUDITIVA

shark

Sendo óbvio que em vários aspectos deixo muito a desejar enquanto ser humano, algo que me torna um entre iguais, ainda não encontrei em mim algo repulsivo o bastante para justificar que as pessoas que me detestam (são várias, admito) tentem impedir outras de me conhecerem ao ponto de poderem rejeitar-me da mesma forma mas com justa causa.

 

Acho foleiro, privarem os outros de poderem constatar por si próprios as minhas múltiplas falhas e os meus variados defeitos e assim alimentarem contra mim (ou seja contra quem for) um justificado rancor que até aprecio quando desgosto de alguém. É que dá muito mais gozo dessa forma e por isso acho egoísta da parte de quem possui razões de sobra para me detestar não permitir ao resto da malta poder encontrá-los por si. E ainda há a questão da incoerência implícita, pois se me desprezam ao ponto de me riscarem do mapa não deveriam assinalar-me “sem querer” no dito cujo só para deixarem os seus (justificadíssimos) avisos à navegação.

Acaba por ser uma contradição e fica mal, até por confirmar o acerto da minha postura relativamente a essas pessoas (que para mim são, naturalmente, uma trampa igual à que lhes inspiro).

No fundo, considero que todos temos o direito a sondarmos uma aventesma (neste caso eu próprio aos olhos de quem não me grama) até conseguirmos reunir os argumentos mais do que suficientes para lhe virarmos as costas e engrossarmos as fileiras dos que o caluniam, depreciam ou apenas tentam isolar como se faz aos meninos que não sabem (ou não querem) brincar connosco às relações humanas.

Dá muito mais pica feito dessa forma, acreditem os que emprenham pelos ouvidos de gente despeitada, desiludida ou apenas com uma embirração qualquer a propósito de uma ou mais das minhas características.

 

Assim sendo, reitero a minha incompatibilidade com essa malta que gosta de apregoar o seu mau feitio e de o provar com estas cenas a que faço alusão mas não possuem o cabedal necessário para aguentarem os dos outros, embora desminta categoricamente (como esta posta comprova) qualquer tipo de desprezo. Antes pelo contrário. Dá-me gozo perceber que no fundo, no fundo, podem gritar ao vento que me odeiam, que me detestam, que nem querem ouvir falar de mim. É que não perco uma goela para constatar que podem falar montes de mal e apresentarem as provas concludentes dos meus inúmeros pecados e da minha personalidade desprezível, mas lá está...

 

Porque é assim que me envaideço por ser tão óbvio que não gostam (fiz por isso, em casos pontuais) mas nunca lhes sou indiferente.

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