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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

18
Mai21

Outra face

shark

Outra fase. Uma sacudidela do pó no sótão das palavras escritas e das imagens vividas num tempo que entretanto mudou. Arrumadas aqui, num canto quase esquecido, num tempo adormecido que foi ultrapassado e deixado para trás numa corrida permanente, na qual o futuro parte sempre na dianteira a levantar o pó.

Onde os tempos que foram devem ficar, sossegados, até que outros tempos lhes ofereçam um presente pavimentado com novas palavras escritas e imagens agora vividas para serem lembradas amanhã. Ou depois.

Realidades distintas, emoções amadurecidas. O mesmo homem, porquanto diferente, que hoje sou.

E é disto que se faz o presente, esta outra face que vos dou.

 

 

20
Jun13

Charquinho forever!

shark

A alguns já não os via há quase duas décadas, mas a sensação foi a mesma de quando nos encontrávamos, de raspão, nos sítios marados para os quais as noites loucas nos arrastavam. Cresceram comigo, no Bairro que dá nome a este blogue. Estamos diferentes mas sentimos igual. Os abraços que trocamos são fortes, são abraços de quem não consegue disfarçar uma alegria que nos invade quando esbarramos com pessoas que são referências. Anos sem contacto, a vida é mesmo assim, não conseguem apagar emoções tão antigas que remontam à nossa génese como pessoas.

São os primeiros rostos que aprendemos a reconhecer, os primeiros desgostos, as primeiras arrelias, mas também tudo quanto de bom conseguimos lembrar do tempo em que o Charquinho era o nosso berço, a nossa escola de vida, o espaço em que os amigos cresciam connosco e aprendíamos uns com os outros esta difícil arte de saber viver.

 

Encontro-os a cada esquina, sempre que dou um pulo ao nosso Bairro e até calha que eles, desterrados como eu, escolheram o mesmo dia para matar saudades.

 

Sem sucesso, pois essas cabras são eternas. Só connosco morrerão.

15
Mai13

Faz de conta que um dia

shark

Faz de conta que um dia sentiste na pele o toque dos dedos que te escrevem agora uma prosa ficcionada, uma história construída sobre os alicerces de memórias como peças de lego num puzzle que alinhamos a dois em quartos separados, tira e põe, põe e tira, pedaços de fantasia encaixados em retalhos de vida conversada como ela também se faz.

Imagina um enredo e transforma-o num segredo que tencionas soprar, palavras confiadas ao vento que as carregue para só eu as ouvir, murmuradas lá fora na dança das folhas que se sonham páginas de um livro ainda por escrever, para só eu as ouvir e assim quase me poder sentir especial, quase protagonista.

 

Faz de conta, numa espécie de fogo de vista capaz de me incendiar ilusões, que um dia te despertei emoções proibidas, sensações vividas numa assoalhada clandestina da tua imaginação, como se alguém abrisse um alçapão no tecto dessa casa assombrada por fantasmas a fingir, o som distante de pessoas a rir das palavras oferecidas apenas porque sim, num dia em que fizeste de conta que pretendias ouvir contar uma história com sentimentos de brincar, beijos de encantar num guião improvisado sem um príncipe encantado que te pudesse fazer sentir na pele, faz de conta, o sopro quente da brisa de uma respiração carregada de palavras doces, clandestinas, levadas até ti pelo vento suão. 

14
Mai13

Palavras para quê?

shark

Olho nos olhos das palavras, atrevido. E elas punem-me pelo arrojo, conscientes do quanto não possuo aquilo, seja o que for, que me conceda o direito de olhá-las assim. Sorriem com desdém, fazem troça do meu atrevimento e ignoram em absoluto a minha veleidade de escriba amador e amante inferior das suas tentações demoníacas, das ilusões que estendem como um falso tapete vermelho neste branco imenso que desafia os atrevidos como eu.

Olho-as com respeito e tento usá-las a preceito mas as palavras jamais se deixam usar, rebeldes por natureza, independentes da vontade de quem se arvora capaz de as manobrar a seu bel-prazer, superiores a todas as vaidades humanas.

E a minha, ridícula aos seus olhos de fêmeas bem rodadas, de palavras muito usadas, experientes, apenas belisca ao de leve a fina cútis que as protege dos arremedos de insignificantes prosadores, elas que já serviram para descrever intensos amores ou prodígios da inteligência.

 

Olho nos olhos as palavras e esboço um sorriso patético, ciente da sua incomensurável superioridade que me esmaga mas não me impede de as confrontar. Absurdo, entrego-me às palavras e ofereço-lhes a rendição.

01
Out12

A POSTA NUM ISCSP COMO O MEU

shark

Há factos que, por muito que uma pessoa tente evitar, acabam por forçar a pele de dinossauro por baixo da jovialidade que tentemos transmitir e até sintamos na maioria do tempo.

Contudo, quando a mudança de década implica meio século de existência e um gajo está mesmo prestes a dobrar esse marco de transição acabamos por ceder à pressão dos acontecimentos, reagindo em função de emoções antigas e de recordações deslocadas do contexto pela passagem de tempo que parece sempre tempo demais quando o avaliamos assim.

 

Eu fui um iscspiano. Ou seja, frequentei a mesma casa do puto a quem o actual presidente do ISCSP quer fazer a folha por lhe ter hostilizado o chefe em dia de festa. A casa era outra, um palácio belíssimo da rua da Junqueira, e o espírito da coisa pelos vistos também. O ISCSP era a casa de Adriano Moreira, Narana Coissoró, Basílio Horta, Reboredo Seara e muitos outros desse calibre, fervilhava de debate político, ideológico, e o espaço, pela dinâmica da intensa intervenção estudantil, acabava por ser um viveiro de eventos e ponto de passagem para algumas figuras ilustres da política que nessa altura se fazia.

Mas uma casa daquelas não é feita pelas paredes e sim pelas pessoas que lhe dão vida, pelo que ser iscspiano deverá representar nesta altura o mesmo que representou para mim.

 

Esse orgulho pela escola (que nunca viveu da popularidade da sigla que a identifica de entre as várias faculdades da Universidade Técnica de Lisboa) é feito da consciência que tomamos da responsabilidade de pertencer a uma instituição com pergaminhos. Os do ISCSP são escritos pela mão de pessoas reconhecidamente inteligentes, as mais ilustres que por lá passaram, e pelas de quem, como eu, deve assumir a obrigação moral de respeitar os valores mais importantes dos que lá se ensinam e se fazem (ou pelo menos no meu tempo se faziam) acontecer.

No ISCSP existiu sempre um espaço para a irreverência e foi nesse mesmo que encaixei, obrigado por isso a conquistar o respeito dos meus pares que não o ofereciam de mão beijada a qualquer mariola, tal como acontecia com o corpo docente liderado por um conservador alegadamente inflexível e assumidamente de direita, Óscar Soares Barata, que depressa se revelou aos meus olhos boémios mas atentos como um homem tão inteligente no ensino quanto hábil na liderança.

 

Ele era The Man, apesar do seu perfil menos mediático, e constituía o papão de serviço para a caloirada mais facilmente impressionável ou para os idiotas que sempre arranjam maneira de se infiltrarem nestes sítios.

Porém, mesmo quando começaram a ruir algumas tradições e a surgir focos de contestação e de rebeldia (a guerra contra as propinas foi vivida nessa altura e acelerou os corações e as cabeças residentes), o então líder absoluto do ISCSP sempre encontrou uma forma de compatibilizar a sua postura austera com o espalhafato típico de uma massa estudantil informada e empenhada em melhorar as condições do ensino e mesmo a da gestão do espaço em função dos interesses legítimos dos estudantes da altura, nomeadamente o contingente africano para o qual toda a ajuda era pouca.

 

O então Presidente do ISCSP era, de facto, um homem cujo olhar desarmava muitos atrevidos da treta e cuja argumentação confirmava a sua impaciência para com os excessos e as iniciativas ou discursos desprovidas de substância, qualquer que fosse a inclinação político-partidária dos seus interlocutores. Sabia distinguir as suas convicções das exigências da função que lhe competia desempenhar e pensava antes de tomar cada decisão, sendo poucas as que lhe conheci que o pudessem favorecer de forma directa, mas bastantes as que resultaram em benefício de quem vivia no ISCSP muito mais do que na própria casa.

 

Nesse ISCSP estudava gente de todo o lado e de todo o tipo, havia os que passavam discretos pelas aulas e completavam uma licenciatura sem nunca intervirem de alguma forma no resto do que à sua volta acontecia. Mas também havia o seu oposto e quando se justificava toda a gente se mobilizava em torno das causas por abraçar e uma delas era a solidariedade para com os colegas, os iscspianos a quem algo de menos bom pudesse acontecer.

Nesse ISCSP o Presidente jamais tentaria entalar um aluno por revelar coragem ou desespero, mesmo que isso pudesse embaraçar algum tipo de protocolo. E jamais os alunos daquela casa permitiriam que isso pudesse acontecer a um dos seus, sobretudo com os contornos estupidamente claros da ligação entre Manuel Meirinho (candidato pelo PSD na Guarda nas últimas Autárquicas e actual Presidente do ISCSP) e a decisão do próprio de abrir um inquérito disciplinar por simples vingança. Por abuso de poder.

 

E perante este episódio só uma reacção colectiva firme e determinada, um movimento estudantil digno desse nome, pode fazer a diferença.

Essa, em qualquer espaço físico, é a alma do ISCSP que espero agora reconhecer.

07
Jun12

CAPITULAÇÃO EMUDECIDA

shark

Nada temas das palavras que tenha para te dirigir. Sim, sei que as palavras podem ferir mas não passam de balas de papel, de folhas sopradas pelo vento e condenadas ao esquecimento como todas as que sentiste na pele como agressões. Eram palavras que falavam de emoções desnorteadas, das vidas desencontradas com a de cada um de nós ao longo de um caminho que apenas o silêncio permitiria a dois.

A paixão primeiro e as palavras depois, descabidas, talvez mal escolhidas por quem as queria iguais a uma mão cheia de boas intenções que se mereciam explicadas, talvez menos com palavras e mais com acções.

Não fujas, mesmo assim, das palavras que saem de mim sem controlo, desesperadas, são palavras de um tolo, disparadas à queima-roupa fardadas de mecanismos de defesa sem qualquer tipo de ponderação. Saem da boca armada em canhão, arrogantes, e afinal revelam-se impotentes para cumprirem o objectivo ambicionado, não passam de tiros que passam ao lado do alvo verdadeiro sem o tocarem sequer de raspão.

Escuta antes o coração que não se deixa influenciar por circunstâncias, que ignora irrelevâncias exteriores à essência dos amores que entenda abraçar. O coração não sabe falar e a razão, depois de alucinada, dispara palavras em rajada que são feitas do medo de perder alguém que apesar de tudo se quer ou nenhuma palavra sairia desta boca que antes te beijaria em busca do silêncio feito trégua.

As palavras não merecem a mágoa que possam provocar, são por natureza efémeras e em nada reflectem a eternidade das mais fortes emoções, as palavras são apenas as expressões tangíveis de uma tentativa frustrada de conjugar os impossíveis, de organização de um caos que se instala no lugar dos vazios deixados pelo fim de um amor ou apenas pela ameaça pendente que obriga a vociferar e isso é equivalente ao ladrar de cães sem vontade alguma de morder.

São palavras que fazem doer, eu sei, mas não passam de armas de arremesso em desespero de causa, são feitas de pólvora seca ao longo de uma pausa que deveria servir para pensar que o melhor para os lábios seria beijarem o que a vida tem de bom.

Uma vida melhor, facilitada pela ausência de som.

26
Mar12

COM CHAVE DE OURO

shark

Por vezes só nos apercebemos da relevância de alguns momentos quando mais tarde nos confrontamos com algum símbolo, algum gatilho para a lembrança de sensações que revivemos com tanta nitidez que se torna impossível confundi-las com episódios passageiros ou experiências menores.

Algumas dessas realidades marcantes podem funcionar como chaves do cadeado de um qualquer baú da nossa tola onde enfiamos tudo aquilo com o qual não conseguimos lidar, pelo menos com a distância relativa que sempre acreditamos o tempo proporcionará.

E é quando nos vemos perante a inevitabilidade de aceitar o impacto de determinadas emoções que julgávamos esvaírem-se em amnésia ao longo do caminho que, quase embaraçados, reconhecemos as memórias e as pessoas que perduram uma vida inteira e engolimos em seco quando o coração dispara e tentamos fingir que não percebemos porquê.

 

Julgo ser normal que tentemos arquivar no mesmo ficheiro a totalidade, coisas boas e coisas más, de uma experiência que por algum motivo sabemos não ser possível de repetir. Chamam-lhe mecanismos de defesa, estas tentativas vãs de converter em arquivo morto tudo aquilo que possamos sentir como um desgosto, uma desilusão, uma derrota. E por norma não defendem de coisa alguma, expostos que estamos às esquinas da vida nas quais podemos chocar de frente com a tal realidade incómoda que a preguiça ou algum receio não assumido ou seja o que for nos levou a encaixotar, em local recôndito, para evitar perturbações desnecessárias.

O problema está em parte contido nessa definição de prioridade que torna o conceito de necessidade numa coisa invulgarmente flexível: apanhado de surpresa, o tal mecanismo de defesa funciona como os alarmes dos carros quando ligados a uma buzina roufenha e simplesmente não cumpre o seu papel dissuasor de lembranças perturbadoras.

 

Logo à partida, esse sistema de vigilância instalado para impedir o acesso involuntário a coisas que preferimos discretas num canto tem um desempenho directamente proporcional à firmeza de intenções de quem o montou. Quando queremos mesmo encerrar o assunto é como se tivéssemos a segurança pessoal do Presidente Obama de sentinela à porta, mas se apenas tentamos varrer para debaixo do tapete aquilo que nos possa afectar em dada altura é como se a combinação do cofre fosse deixada num post-it cheio de cores berrantes para prender a atenção da pessoa.

Não existe uma defesa para as defesas feitas de papel, construidas apenas para criar uma barreira artificial de olhos que não vêem coração que não sente e deixá-la à mercê do vendaval que pode ser provocado pelo agitar das asas de borboletas no Japão ou pela simples evocação de emoções tão fortes que até uma palavra, um gesto ou um som podem fazer explodir de repente na mente desguarnecida do cidadão.

 

É essa a inevitável provação que espera os incautos fiados na virgem do esquecimento destinado às situações e pessoas sem rasto e mesmo sem rosto mas que afinal de pouco ou nada vale quando estão em causa os tais momentos que perduram, latentes, na essência do que valeram e na excelência do que continuarão a valer.

17
Mar12

A POSTA NUMA CAUDA DO TAMANHO DO UMBIGO

shark

Um dos maiores desafios que me foram colocados na adolescência foi o de conseguir chamar a atenção pela diferença (uma das abordagens mais radicais mas igualmente muito eficaz nessa fase, nessa época), algo que ficava bem a um jovem aspirante a rebelde, até porque a New Wave e o Punk introduziram no visual da rapaziada uma variedade de cortes e de cores suficientemente espalhafatosa para clarificar a postura.

E garanto-vos que não era fácil impor a tal diferença de forma passiva, com uma aparência quase normal a ombrear com franjas até ao umbigo, caracóis oxigenados até à raiz ou clones do último dos moicanos com um tufo de cabelo espetado como o de um piassaba a fazer de faixa central num crânio rapado à máquina zero all around.

 

Era esse o filme que nos esperava nas matinés do Beat ou do Porão da Nau nas quais urgia dar nas vistas perante as miúdas para ser possível a esperança de um engate, algo de muito significativo do ponto de vista do adolescente com pila naquela altura e espero que no de agora também.

Claro que ajudava ter um rosto apresentável mas era quase inevitável que elas se concentrassem nos pormenores que faziam a tal diferença que nos distinguia por entre os litros de acne e metros cúbicos de hormonas destrambelhadas espalhados pelas salas em busca do seu momento especial.

Aprendíamos depressa que mais importante do que uma cara bonita era a expressão que lhe colávamos que podia fazer a diferença entre as resmas de trombas de otários cheios de tiques de tanto sacudirem as carolas para tirarem as franjas dos olhos. A partir daí, desse instante mágico em que ela nos fixava com o olhar e fazia-se um clique qualquer que abria as portas ao curtir, que eram umas horas intermináveis de beijos na boca e pouco mais do que a promessa de algo mais que seria sempre algo marcado para amanhã ou depois logo se via.

 

Esses rituais de acasalamento acelerado à luz das psicadélicas ou em movimento retardado pelo estranho piscar do strobe eram o primeiro agitar das penas enfezadas na cauda de qualquer jovem pavão, assumindo-se assim vitais para a manutenção de um ego confiante e de uma atitude a condizer, numa guerra sem quartel pela quota de mercado disputada no mesmo território de gajos capazes de passarem uma hora ou mais na manutenção das suas cabeleiras espaciais e que julgavam sempre réplicas perfeitas das trunfas do Limahl ou dos gajos dos Duran Duran.

Mesmo admitindo que a essa concorrência feroz dei o mesmo tratamento que ainda hoje costumo aplicar, transformando aquelas superproduções capilares em sinais claros de desespero de causa por escassez de argumentação alternativa que, depois de refinado o paleio pela observação atenta dos discursos dos mais bem sucedidos no bairro ou na escola, servia de contraponto para a música com que abafávamos a que mal nos permitia trocar mais do que três ou quatro palavras seguidas, tenho que enfatizar a dificuldade enfrentada por quem queria marcar a diferença sem precisar para isso de seguir um padrão...

 

Tudo isto a propósito de como as coisas não mudam tanto assim com o tempo e continuam a dar cartas os gajos que mais investem no visual, seja porque se depilam ou porque vão ao ginásio dia sim dia também ou porque usam os óculos de sol que mais estiverem a dar nessa semana. E serão gajos igualmente capazes de utilizarem uma hora da sua existência para cuidarem de tudo ao pormenor, de abraçarem visuais extravagantes no limite do inenarrável ou de qualquer outro recurso numa guerra onde vale tudo menos arrancar olhos para dar nas vistas e ultrapassar assim a barreira inicial, a da indiferença, sem precisarem de outras armas para vencerem a primeira das batalhas.

Contudo, e também isso não muda com o tempo, o último a rir continua a ser o que ri melhor.

 

E na verdade o que interessa, quando a poeira assenta, é um gajo conseguir sempre saber onde estava afinal a piada.

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