Pelas ancas
Já o passeava pelo rosto quando se sentiu ansiosa pela sensação de se deixar agarrar pelas ancas, de se entregar indefesa ao poder daquele homem que sabia capaz de alternar o toque suave de uma pluma na sua pele, dedos de pianista, com a força indomável de um macho dominador.
Afastou-se devagar e deixou-se tombar no sofá, ajoelhada no chão, tentadora, à espera da sua investida avassaladora que não tardaria a acontecer.
Sentiu-lhe o calor enquanto ele a sondava com pequenos toques que lhe dava, como que a pedir licença para entrar, as mãos a percorrer as costas até ao fim, as nádegas agarradas com firmeza, afastadas com gentileza para a poder observar, linda como lhe parecia em qualquer parte do corpo e em qualquer posição, as ancas transformadas em alavancas e ele cada vez mais dentro e ela cada vez mais fora de si.
Depressa ou devagar, ele não parava de a comer transmitindo-lhe a confiança de um conhecedor, fodia-a sem deixar de fazer o amor que lhe transmitia com a boca que a cobria de beijos na nuca e na face que ela lhe oferecia para se fazer arranhar pela barba por fazer que a excitava.
E ele não parava de lhe mostrar o quanto a desejava, vigoroso, joelhos pousados na beira do sofá, mãos livres para a tocar como tão bem fazia e para a agarrar com a força que lhe conhecia, enquanto ela o estimulava com uma mão que o acariciava, braço esticado por baixo para o alcançar, rosto comprimido num pedaço de tecido coberto de suor.
Mais intenso e ainda melhor, o momento da pausa provisória, quando escreveram em simultâneo o final daquela história.