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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

05
Ago16

Pela porta pequena

shark

Li algures que a moral é o conjunto de regras aplicadas no quotidiano e usadas continuamente por cada cidadão. Essas regras orientam cada indivíduo, norteando as suas ações e os seus julgamentos sobre o que é moral ou imoral, certo ou errado, bom ou mau. E a ética será o resultado de uma reflexão acerca da moral.

Sempre entendi o exercício do poder como uma actividade na qual a ética deve ser prioritária, no sentido de certificar acima de qualquer suspeita a prática de uma moral intocável na sua definição de prioridades. Ou seja, uma função ao alcance de poucos/as.

Quando está em causa a gestão dos destinos de um país ou a representação dos seus cidadãos na defesa de uma causa comum que é, aos meus olhos, sagrada, qualquer violação da moral vigente, qualquer desvio ao eticamente aceitável é um acto de traição. Ao país e aos princípios que devem prevalecer nas decisões de quem o governa.

Vejo como uma desonra a leviandade dos que ocupam o poder quando, escudados na impunidade garantida pelos próprios com legislação feita à medida, se deixam tentar pelas ligações perigosas, pelas influências manhosas de outros poderes perante os quais pela cumplicidade se tornam reféns. Não há excepções, não há perdões, há o imperativo moral de preservar uma Pátria da falta de carácter, de Sentido de Estado ou apenas da imaturidade dos seus decisores.

Existe apenas um caminho a seguir quando um responsável político se vê exposto na imoralidade e ainda que protegido das consequências legais pelo atrás referido: a demissão do cargo que ocupa a fim de evitar o contágio aos restantes e para servir de exemplo aos seus sucessores.

Não há paninhos quentes capazes de devolverem a credibilidade perdida por via de um acto ou omissão potencialmente lesivos dos interesses do Estado e, por inerência, de todos os cidadãos. E à perda da credibilidade, nem que apenas pela ingenuidade admitida e comprovada, está associada a perda do respeito indispensável a qualquer liderança.

Enquanto os responsáveis políticos não interiorizarem a moral a que estão obrigados no exercer de cargos com tamanha responsabilidade e que deveria orgulha-los em vez de nos envergonhar, não há códigos ou mesmo leis que as imponham nos bastidores onde acontece, ás escondidas, aquilo que nem chega ao conhecimento público até ser tarde demais para evitar o prejuízo.

E o maior deles, quando não se aplica pulso de ferro às escassas situações que caem no domínio público, é a própria democracia quem o suporta.

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