27
Dez07
JUSTIÇA POSTIÇA
shark
Num país de inocentes onde os processos mais mediáticos acabam sempre por parir um rato, a absolvição dos acusados nunca tem honras de primeira página. E o mesmo não se aplica quando os dedos são apontados em caixa alta aos (poucos) suspeitos que a Justiça consegue sequer levar aos tribunais.
Existem duas consequências possíveis para esta prática da moda.
A primeira é o progressivo descrédito do sistema jurídico junto de uma população farta de muita parra para pouca (ou nenhuma) uva e que se reflecte na discrição das notícias que, para todos os efeitos, ilibam os tais suspeitos que quantas vezes parecem pouco mais do que testas de ferro para animar a malta ao longo do caminho até à prescrição.
A segunda, mais hedionda, pode ilustrar-se com as mazelas sofridas ao longo de anos por duas figuras públicas acabadas de inocentar pela Justiça mas de forma alguma pela Imprensa que, na prática, os condenou.
Torres Couto e Carlos Melancia não foram considerados culpados dos crimes (alegados) que lhes interromperam os percursos anos atrás enquanto os seus nomes faziam vender jornais.
Who gives a shit?
Existem duas consequências possíveis para esta prática da moda.
A primeira é o progressivo descrédito do sistema jurídico junto de uma população farta de muita parra para pouca (ou nenhuma) uva e que se reflecte na discrição das notícias que, para todos os efeitos, ilibam os tais suspeitos que quantas vezes parecem pouco mais do que testas de ferro para animar a malta ao longo do caminho até à prescrição.
A segunda, mais hedionda, pode ilustrar-se com as mazelas sofridas ao longo de anos por duas figuras públicas acabadas de inocentar pela Justiça mas de forma alguma pela Imprensa que, na prática, os condenou.
Torres Couto e Carlos Melancia não foram considerados culpados dos crimes (alegados) que lhes interromperam os percursos anos atrás enquanto os seus nomes faziam vender jornais.
Who gives a shit?