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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

30
Abr07

A POSTA QUE MORDEM A CENA

shark
legalize it.jpg

Nem vale a pena comparar o número de vítimas mortais de ataques de cães em Portugal com o de pessoas mortas por tubarões. Em Portugal, nas Bahamas ou na Austrália. Tanto faz.
Os tubarões são como os lobos. Maus à partida. A única diferença é que o mito ligado aos tubarões pratica surf e o Capuchinho, ao que se sabe, era uma criança tolinha ou então tinha uma avó mesmo muito feia. Ou não era cliente da Multiópticas.

Ninguém esquece uma dentada de tubarão, onde quer que ela aconteça. O estúpido do Spielberg, a quem também não perdoo ter optado por um tachista kraut em detrimento do nosso Aristides de Sousa Mendes para fazer a sua lista minúscula, é apenas um dos responsáveis por essa fama sanguinária dos esqualos.

Mas é mesmo assim. Ninguém esquece uma dentada de tubarão, mesmo (e sobretudo) enquanto deglute uma sopinha de barbatanas daquelas com que os chineses começam a ameaçar de extinção uma espécie que acompanhou a evolução deste planeta idiota desde há milhões de anos. Milhões de anos! Para acabar numa tigela ao lado do arroz chao-chao…

No entanto, e pelo contrário, as dentadas aos tubarões não contam. Como têm fama de maus a malta pode morder à vontade que ninguém censura. Mas têm pena dos quatro pitbules que mataram uma senhora na zona de Sintra, abateram os pobres bichinhos. Fazem bem em ter pena, pois o dono dos cães é que merecia uma mão pesada da justiça.
Mas isso não vem ao caso, pois em nada contribui para defender a minha teoria.

Reparem que até a Fox, na sua recente série cujo título me apraz (Shark, claro) investe num James Woods sublime na pele da espécie. Impiedoso, predador, mordaz (esta eu podia evitá-la, porra…).
A imagem dos tubarões é péssima e até os pescadores veteranos fazem gala de se gabar quando apanham algum (dos mais minorcas, pois…) por distracção.

E por isso mesmo, a malta acha que vale tudo. É cachaporra no bicho até ele parar de nadar. Quase como se não tivesse o direito de ocupar as águas que um dia podem, sabe-se lá, destruir os parques de campismo da Costa da Caparica. De certeza que foram os tubarões que deram à cauda e, tal como as asas das borboletas no Japão, provocaram um maremotozinho só por represália por não terem condições para provar um pedaço de banhista portuga.

Tudo isto a propósito não sei bem do quê, só presumo.
Mas a razão ninguém me tira.

E um açaime ninguém me põe.

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