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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

12
Mar07

A POSTA PORNODRÁSTICA

shark
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Tal como acontece no cinema convencional, existem diferenças significativas entre os filmes pornográficos europeus e os seus congéneres norte-americanos.
Claro que isto pode soar esquisito a quem olha para a pornografia e a trata como as caras dos chineses (que para a maioria dos ocidentais são todas iguais), mas também existe malta que não distingue um Ingmar Bergman de um John Ford (exceptuando os tiroteios nos westerns deste último).
Decidi tocar neste delicado assunto (já sei que ninguém aluga ou compra filmes pornográficos ou vê o canal XXL em Portugal a não ser eu) precisamente porque o saber não ocupa lugar e um blogue serve também para a partilha destes conhecimentos e conclusões que poupam os/as mais sensíveis ao contacto com essas “porcarias”.

E porque coloco as coisas nestes termos em matéria de diferenças? Porque elas existem e saltam à vista desarmada de quem aprecia a coisa apenas na óptica de se manter a par das novas técnicas que o progresso possa trazer. Um hábito que ganhei na puberdade e muito jeito me deu nessa fase experimental…

A pornografia norte-americana difere da europeia em diversos aspectos, a saber:

- Desde o realizador ao casting, todos os intervenientes se julgam (ou se acreditam a caminho) em Hollywood. Daí, nota-se o esforço (debalde) de fazer filmes “com história” e, pior ainda, com momentos sem sexo à brava para os artistas poderem exibir os seus dotes cénicos. O resultado é confrangedor e nisso os europeus há muito se deixaram de tretas.

- As cenas de sexo nos states são mais brutas, violentas até. Ao contrário dos europeus, os americanos parecem entender o sexo pornográfico como uma espécie de wrestling em equipas mistas. O felatio, por exemplo, é quase sempre marcado pelo que parece constituir uma obsessão que lhes ficou desde os tempos da Linda Lovelace e sua célebre “Garganta Funda”. Não há volta a dar, aquilo parece uma competição para ver quem chega mais longe mais vezes e só mesmo quem nunca experimentou pode acreditar que aquilo sabe melhor a algum dos intervenientes.

- Os ambientes, ao contrário da simplicidade terra-a-terra do Velho Continente, primam pelo inverosímil e pelo esotérico. Desde o “filme policial” com assassinatos e tudo (muito estimulante do ponto de vista erótico…) ao puro e simples alucinatório em que dá a ideia de que anda muito LSD nas carolas daquela rapaziada.

- Talvez uma moda de mau gosto, as actrizes e actores do género made in USA têm a estranha mania de cuspirem(!) nos órgãos genitais uns dos outros a toda a hora. Algo que jamais encontrei numa película de origem europeia. E ainda bem, pois não constitui uma visão agradável do ponto de vista estético. Ou de qualquer outro, aliás, e só algum problema sério nos orçamentos pode justificar tanta escassez de lubrificantes na produção…

- Os americanos, sempre divididos pelo apelo ao politicamente correcto, insistem em filmar as cenas de penetração com preservativo. Tudo muito higiénico, tudo muito correcto e pedagógico, mas apenas se eles conseguissem manter essa preocupação nos tais momentos do felatio “à canalizador” ou abdicassem de todo do clássico universal da conclusão pornográfica (e sem a qual dificilmente se safavam no seio do seu mercado alvo feito de machões dominadores à antiga que não dispensam o grafismo tradicional de qualquer happy ending da coisa. E espero não precisar de ser mais específico neste particular.).

Em resumo, e para não me alongar mais neste tema que a ninguém interessa pelo facto que apontei mais acima, eu sou um europeu assumido nestas coisas e é por estas e por outras que descubro o tal elo que nos une em torno de um aparentemente inevitável federalismo que traduzirá estas proximidades que nos distinguem dos ocidentais do lado de lá do Atlântico.

E o parágrafo acima serve apenas para dar um ar mais compostinho à coisa, pois são estas incursões pelo proibido que arruínam a reputação de qualquer blogueiro junto da exigente faixa puritana (não assumida) que confunde a versatilidade nas opções com a falta de bagagem para seguir a corrente mais em voga.

Mas é que eu percorro a blogosfera e fico cada vez mais saturado de clones…

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