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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

11
Mai05

A POSTA COBARDE

shark
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Às vezes as pessoas surpreendem-me. Às vezes não. Existem formas de identificar nos outros as hesitações que contrariam a sua vontade expressa, aquilo em que apenas anseiam acreditar.
Mas não acreditam de facto, pois não arriscam. Os riscos que corremos são uma bitola para avaliar a força das nossas convicções. E das nossas paixões. Se não arriscamos, é porque não acreditamos nas hipóteses de sucesso da nossa empreitada ou não confiamos nas certezas apregoadas na primeira pessoa.

Eu admiro as pessoas corajosas, as que são capazes de assumirem o que dizem, de fazerem aquilo a que se propõem. Sem medo nem meias tintas ou mensagens subliminares, arriscando de facto. Admiro-as e também gostava de me ver assim. Como gostava de o ver noutras pessoas. Não é bem assim e isso acaba por se amplificar nos meandros da blogosfera, onde podemos dizer tudo mas recuamos perante o papão da opinião de terceiros, condicionamos a nossa liberdade de expressão. E podemos induzir em erro as outras pessoas.

Não sou melhor do que os outros nesse aspecto. E também tenho momentos de hesitação. Mas quando me decido, avanço e fico a aguardar as repercussões. Nem sempre são agradáveis, as repercussões. Podem até implicar sérios riscos de perda, a níveis bem reais, exteriores a este mundo à parte que construímos a cada instante.
Contudo, os riscos existem para aprendermos a enfrentá-los. Precisamente na medida dos valores em causa, da nossa coragem ou da nossa determinação. E essas não se avaliam pelas nossas palavras mas pelas nossas acções (as palavras também podem agir).

A blogosfera empurra-nos para as entrelinhas, para as mensagens cifradas que dizem tudo sem nada esclarecer. Quem quiser que adivinhe.
Às vezes não pode ser assim.
Para não dar margem a equívocos, falsas esperanças e futuras desilusões. Para afirmar o que somos, aquilo em que acreditamos. Para definir perante os outros as regras do jogo que entendemos aplicar, num dado momento e em circunstâncias especiais. Se são mesmo essas as que queremos jogar e não alimentamos fantasias ou ilusões nos bastidores da nossa intenção.

Gostava de seguir por esse caminho, mas tenho que alinhar pela bitola mais comum. Não por medo do risco, mas pelo sentido das proporções, do equilíbrio que deve existir entre as apostas de cada um. Nem todos sabem merecer essa frontalidade que afinal mesmo a blogosfera desmascara como mera utopia. Salvo raras excepções. E nem todos a sabem enfrentar.
Por isso esta posta não é corajosa, embora diga o que me vai na alma e pretenda deixar tão clara quanto possível a ideia que tenho tentado transmitir por outras vias. Quem viu já sabe. Quem não viu já tem forma de o saber.
Acho que assim fica tudo dito na mesma.

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