03
Fev07
FOLHA CADUCA(DA)
shark
Uma folha de papel, amarrotada. Aqui e além um pouco rasgada, marcas do tempo, cicatrizes remendadas com a fita-cola do perdão. Sinais de resignação ou simples separação das moléculas, pela força. De uma mão, ou talvez duas.
A voar pelas ruas, empurrada pelo vento em bando com outras folhas, das árvores, que o Outono costuma soprar.
Palavras riscadas, rascunho de lembranças perdidas algures por alguém, apontamentos de ideias e de momentos que já não lembra ninguém. Uma folha inútil, à deriva pelos caminhos traçados pelos caprichos da brisa e pelos pés que nem reparam que a pisam quando pousa no chão.
Uma folha sem qualquer razão para existir, arrastada ao relento, obliterada do pensamento de quem dela se serviu. Talvez o esboço de uma carta que alguém não escreveu, rasurado naquele espaço como uma história sem sentido. Como a existência daquela folha de papel.
Amarrotada pelo passar do tempo, apagado da memória o significado que entretanto se perdeu.
Desfolhada pelo soprar do vento.
E no seu verso riscadas as palavras de amor por quem já o esqueceu.
A voar pelas ruas, empurrada pelo vento em bando com outras folhas, das árvores, que o Outono costuma soprar.
Palavras riscadas, rascunho de lembranças perdidas algures por alguém, apontamentos de ideias e de momentos que já não lembra ninguém. Uma folha inútil, à deriva pelos caminhos traçados pelos caprichos da brisa e pelos pés que nem reparam que a pisam quando pousa no chão.
Uma folha sem qualquer razão para existir, arrastada ao relento, obliterada do pensamento de quem dela se serviu. Talvez o esboço de uma carta que alguém não escreveu, rasurado naquele espaço como uma história sem sentido. Como a existência daquela folha de papel.
Amarrotada pelo passar do tempo, apagado da memória o significado que entretanto se perdeu.
Desfolhada pelo soprar do vento.
E no seu verso riscadas as palavras de amor por quem já o esqueceu.