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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

08
Abr05

DE NADA...

shark
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Seria injusto não o referir. Quando, depois de postar esta manhã no Afixe, fui confirmar se tinha saído tudo nos conformes dei de caras com uma tocante homenagem da minha parceira Isabel a todos nós machos da espécie</a>.
Doce, realista, a prosa da minha irreverente colega reflecte um sentimento profundo de admiração pelo papel masculino nas vidas de cada uma. Isto sensibiliza-me. Afinal, a Isabel, como tantas outras, reparou com atenção nos múltiplos indicadores da grata presença dos homens na sua existência. E retirou da fogueira as cinzas da lingerie, depositando-as com todo o enlevo sobre o busto que moldou para nos agradar.

Eu, ao contrário da minha associada aphixadeira, não acho graça nenhuma aos homens. São desinteressantes, peludos e, na sua maioria, incapazes de prezarem a capacidade feminina de nos ornamentar a vida em tons de rosa.
Só um estúpido pode ignorar a benção que nos foi concedida a troco de uma simples costela. Elas constituem, como o reconhecimento público da Isabel o confirma, a nossa principal fonte de inspiração para enfrentarmos cada dia com um sorriso. São uma esperança renovada a cada instante, uma carícia feita gente que nos mima a toda a hora com pequenos gestos, com a graciosidade e a beleza que nenhuma alternativa nos pode fornecer.

Ficam lindas, enquanto nos arrastam ao longo de intermináveis quilómetros pelos corredores dos centros comerciais, em busca de algo que raramente acabam por comprar. Encantam-nos com o seu ar de meninas, quando nos pedem para lhes trocarmos o pneu furado ou lhes mudarmos pela décima nona vez o mais pesado roupeiro da casa para a parede oposta àquela em que ficava tão bem na semana anterior.
Seduzem-nos com o seu jeito manso de nos chamarem à atenção para as coisas importantes da vida, como baixarmos a tampa da sanita ou repararmos no novo bibelot ou na perfeita conjugação de um par de sapatos com a gola de determinada blusa.

Eu adoro as mulheres e grito essa adoração sempre que escorrego no escadote onde me empoleiro para substituir uma lâmpada. Ou me acertam nos calos aqueles objectos que deixo à mão mas acabam enfiados num armário distante, num equilíbrio periclitante. Ou lhes aturo mais uma birra.
E adoro-as ainda mais quando nos negam a consumação do desejo despertado por aquela toilette especial que escolhem ao longo de horas antes de sairmos para a rua, a tal que vestem de propósito só para nos agradar. Mas que afinal não nos era destinada, como constatamos pelo fraco pretexto de uma inesperada cefaleia. Ou outra desculpa qualquer.

Por isso me sinto, neste preciso momento, compelido a retribuir a generosidade das palavras que a Isabel também a mim dedicou. Emocionado e orgulhoso pela espontaneidade da sua devoção, exprimo aqui o meu agrado e convido-vos a partilharem no meu blogue de eleição esse fiel testemunho de um franco e mui justificado louvor com que uma fêmea tão esclarecida em boa hora nos obsequiou.

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