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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

26
Fev05

O PONTO DE EXCLAMAÇÃO

shark
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Corro o risco de me tornar maçador, mas o tema está na ordem do dia e não há como lhe fugir nesta altura. Sim, o sexo. Esse assunto que sempre deu e dará pano para mangas, quanto mais não seja por sermos todos diferentes (todos iguais) na nossa sensibilidade à questão.
Foi no blogue da Maria Árvore que veio à baila um dos aspectos que me fascinam e sobre o qual sempre gostei de me debruçar: o ponto G. E em resposta a uma interrogação do Super Tongue, achei que não faria mal abordar a coisa numa posta. Porque acho importante e porque me apeteceu.

No meu comentário relativo ao ponto G eu afirmei o seguinte: “O ponto G é como o Natal”. E foi esta a afirmação que o Super Tongue manifestou interesse em ver esclarecida.
Pois bem, o ponto G é mesmo sempre que um homem quiser. E porquê?
Boa parte do conhecimento científico deriva de trabalhos de pesquisa bem mais entediantes e com pontos de partida bem menos consistentes. O ponto G existe, disso parece não restarem dúvidas, e é uma espécie de Santo Graal nas ânsias de quem entende o sexo numa perspectiva saudável (para mim, consiste na noção de que não se pode reduzir um acto sexual a um mero agitar de ancas com duração indeterminada).
Por outro lado, a respectiva busca pode muito bem revelar-se a parte mais interessante e memorável de um momento a dois. Será no cotovelo? Coloca-se a hipótese e passa-se à fase da experimentação. Se sim, boa! Vamos por aí. Se não, formula-se outra teoria. E por aí adiante, e assim a malta está entretida mais um bocado e contribui simultaneamente para o acréscimo do saber, para o aumento do prazer e, em boa medida, para uma rotunda machadada na monotonia e na falta de animação.

O ponto G, ao que sei, pode situar-se nas zonas mais insuspeitas do corpo de uma pessoa. E da cabeça, também. Ora, isso amplia as áreas de investigação até ao limite do razoável (que é a nossa capacidade física e mental para variar nas abordagens ao fascinante tema). Dito de outro modo, são quase ilimitadas as hipóteses a colocar e só com uma grande fezada é que se alcança a revelação logo à primeira tentativa. E tem que ser uma tentativa em condições, ou não há grande margem estatística para euforias.
Assim sendo, a busca do ponto G constitui um excelente pretexto para um trabalho de equipa muito compensador. E tanto mais bem sucedido quanto o empenho dos(as) intervenientes nessa pesquisa do outro que, afinal, até torna cada momento mais especial.

Claro que isto não passa da minha opinião. Mas mais de duas décadas de investigação nessa área específica do conhecimento se não me conferem uma licenciatura, oferecem-me no entanto alguma legitimidade para a exprimir desta forma sem correr o risco de me julgarem armado aos cucos.
O ponto G é quando uma pessoa quiser pela simples lógica de que mesmo não o encontrando, é muito possível que se descubram outras letras do alfabeto que só dão à costa se a gente tiver a persistência necessária e a atenção imprescindível para as descortinar e lhes conferir a verdadeira utilidade para a qual foram incorporadas em cada um de nós. E a malta nem liga se for um H ou um Z, desde que seja um ponto com elevado potencial...
Portanto, mesmo a relação custo (qual?)/ benefício (qual deles?) é favorável nesse investimento a dois que acredito ser rentável para a esmagadora maioria dos interessados(as) nesta cruzada pelo que de melhor os nossos corpos e as nossas mentes têm para nos oferecer.
Claro que como em tudo na vida, a busca do ponto G não deve transformar-se numa obsessão. Mas parece-me adequada para boa parte das nossas incursões por essa maravilhosa e sempre renovada actividade “laboratorial”. E o progresso só se atinge com uma boa dose de curiosidade, de espírito de iniciativa e, sobretudo, de muita motivação e disponibilidade para reinventar, para aperfeiçoar os mais delicados (e dos mais importantes) mecanismos da nossa realização pessoal.

Nota: o Guê que utilizei para decorar esta posta pertence à Gotinha e não pedi autorização para usá-lo. Mas pressinto que ela não se vai zangar por causa disso...

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