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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

12
Set06

AQUI PRA NÓS QUE NINGUÉM NOS LÊ

shark
tasse bem.jpg


Um dos perigos que os “veteranos” da altura em que aderi a esta blogarice que me agarrou mais me aconselharam a temer foi o da tendência para nos deixarmos guiar pela audiência.
Ou seja, o impulso para dar ao povo aquilo de que ele gosta (e o povo gosta das coisas mais incríveis).

Contudo, e mais ainda desde que o charco perdeu o seu status de chatblog (como alguém o chamou tempos atrás), não faço a mínima ideia do que o povo gosta. Vou debitando postas sobre o que me dá na mona ou apenas uns bonecos para descansarem a vista e tento perceber como reagiria se estivesse no vosso lugar. Não para corresponder às vossas expectativas temáticas mas apenas às minhas expectativas em matéria de interesse, de “qualidade” do tempo que vos faço investir nesta treta.

É ponto assente que a “minha” blogosfera anda mortiça. Sem blogues como o Afixe, o Ruínas ou o Fumos (só para citar alguns) isto fica logo menos atraente para um gajo como eu. Por outro lado, a vaga mais recente de rapaziada tarda a produzir espaços que dêem pica, tem uma atitude merdosa relativamente às suas caixas de comentários (deixam um gajo a falar sozinho) e os que antes acompanhava, salvo raras excepções, tornaram-se algo mais enfadonhos e, confesso, entediam-me.

E esse é o receio que sinto, de cada vez que abanco diante de uma folha virtual em branco para construir algo que vos possa agradar por isto ou por aquilo.
Já sabem que sou alérgico a temas demasiado densos, próprios para saraus e cenas assim, bem como à utilização de um blogue para dar pala de culto à brava. Disso temos à carrada, feito por meia dúzia de pessoas com substrato e imitado por centenas de aspirantes a self made intelect.

Também me satura incidir por sistema numa determinada área. Podia falar-vos de sexo a toda a hora, ou de futebol, ou de gajas, ou de amor, ou de gajas, ou de emoções, ou de política, ou de gajas, enfim…
Podia cristalizar num estilo e num tema. Mas abomino as realidades estáticas e por isso tendo a variar nas abordagens, sem critério, apenas tentando oferecer-me (literalmente, nas incursões mais umbiguistas) com o respeito que me merecem desse lado.

Faço o melhor que posso e sei e já há muito deixei de ambicionar construir aqui uma versão alternativa à minha pessoa, pelo que quem cá vem só é enganado/a se quiser.
Estou farto de vos mostrar o rabiosque das minhas fraquezas, que assumo sem nóias, e das minhas forças, que quem me conhece reconhece facilmente.
Vejo-me a toda a hora confrontado com os aspectos negativos desta actividade. O excesso de exposição e os abusos e canalhices que daí derivam, as consequências da má interpretação das minhas palavras, o tempo roubado a outros tempos que me fazem falta.
Mas também vejo o entusiasmo com que me dedico a construir aos poucos uma realidade que não me envergonhe agora e no futuro, o charco que se aproxima a passos largos dos dois anos de Weblog mais uns meses de Blogger, e eu, que entrei comentador nesta vida virtual no início de 2004.

Tu, que estás a ler isto (e gabo-te a persistência se conseguiste chegar até aqui), podias estar a fazer outra coisa qualquer. E isso é motivo mais do que suficiente para me esforçar no sentido de saíres sempre com a sensação de que valeu a pena.

E o resto é conversa.

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