A posta no nacionalismo sem tretas
Detesto quando algum português fala mal do seu país. Enoja-me.
Um país não é uma realidade instantânea e está, como cada um dos seus cidadãos em cada um dos grupos em que se integram, à mercê dos erros de quem gere os seus (nossos) destinos ou apenas os partilha e pode, em dado instante do tempo, padecer das consequências desses erros ou omissões.
Contudo, uma Pátria não é feita de instantes mas de todo um percurso que, no nosso caso concreto, tem muito mais do que nos orgulhemos do que o contrário.
Portugal não é uma merda, como leio e ouço com demasiada frequência. Pode estar uma merda, em determinados períodos da sua História, devido ao desacerto das suas lideranças temporárias, mas isso não é a mesma coisa. Isso é um problema pontual que devemos identificar e utilizar os meios ao nosso alcance para corrigir se entendemos o país como o nosso.
Não é, por vezes está.
E se para quem afirma que está existe a obrigação moral de lutar para o devolver à sua devida condição, para quem afirma que é só resta a porta de saída para as mais de duas centenas de alternativas.