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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

04
Set12

A POSTA QUE A FAENA VALEU UM RABO E UMA ORELHA AO NOVO HERÓI A CAVALO

shark

Eles reclamam, e com toda a propriedade, o acesso da opinião pública à sua versão dos acontecimentos protagonizados pelo cavaleiro tauromáquico Marcelo Mendes, esse justiceiro incompreendido e vítima da violência que transparece do relato deste blogue pró-touradas.

Dificilmente abordaria de novo o assunto, mas perante a justíssima reclamação resta-me reproduzir aqui alguns aspectos destacados por quem assume a defesa do pobre coitado a cavalo e, naturalmente, comentá-los de acordo com a perspectiva de quem não esteve lá e só pode valer-se de imagens e de declarações amplamente divulgadas. Vamos a isso:

 

tal como era de esperar, os meios de comunicação, por uma questão de defesa de uma das partes ou simplesmente para colher mais audiências com a notícia, apenas se deram ao trabalho de expor um dos lados da história: a dos manifestantes anti-tourada, claro!

 

Esta é a primeira conclusão dos defensores do jovem do sétimo de cavalaria: a Comunicação Social, nomeadamente os canais televisivos que nos impingem a toda a hora as suas próprias corridas tv, colocam-se do lado dos malandros dos manifestantes anti-tourada para aumentarem as suas audiências.

E qualquer pessoa, amantes de touradas ou não, percebe que teria muito mais audiência uma notícia acerca da agressão por parte de um muy macho cavaleiro aos pacifistas amantes dos animais do que o contrário (o que na verdade terá acontecido, de acordo com a faena verbal que move esta posta).

No fundo é a lógica do homem que mordeu o cão, transportada para o pacifista defensor dos animais que apedrejou o equídeo ao ponto de o dono agir em sua legítima defesa. Claro que ninguém ia prestar atenção à notícia dada dessa forma…

Mas há mais.

 

Ponto 1- Ao que apurei nas redes sociais - sim, porque só nas redes sociais é que se pôde "ouvir" o lado dos aficionados e dos que estavam presentes na praça ou nas suas redondezas, infelizmente - os manifestantes estavam numa zona designada para o aquecimento dos cavalos e dos seus cavaleiros. Ora, não é preciso saber muito de cavalos para perceber que com tanta barulheira e confusão que para ali  ía os cavalos começaram a ficar nervosos e inquietos. Tal não era nada positivo nem para o cavalo, que não aquecendo e estando nervoso se podia lesionar aquando da lide na praça, nem para o cavaleiro, que com o nervosismo do cavalo, e o dele que, provavelmente, estaria a crescer tanto pela entrada em praça mas também pela triste manifestação a que era obrigado a assistir, podia, como consequência, lesionar-se a ele também!

 

Ou seja, as redes sociais, essas sim, são fontes fidedignas. Os manifestantes afinal estavam no sítio errado à hora errada e apesar de serem cerca de 40 conseguiram superar o barulho e confusão que centenas ou milhares de pessoas fazem numa praça de touros sem que isso perturbe os cavalos.

Talvez por serem apenas quarenta, os cavalos estarão mais habituados a assistências numerosas….

E depois há o risco de lesões, naturalmente impossíveis de acontecerem na sequência de um galope para o interior de um grupo de pessoas. Não é preciso saber muito de pessoas para concluir isto.

 

Ponto 2- Ao que parece, a manifestação não foi assim tão pacífica como os anti-touradas tentaram mostrar aquando do directo da RibeirinhasTv e transmitir aos meios de comunicação em geral.
Parece que os tais manifestantes "pacíficos" começaram por atirar pedras aos aficcionados, digo cavaleiros, ajudantes, etc., que ali estavam ( na zona de aquecimento, repito) tendo mesmo atingido um dos cavalos (dizem-se eles defensores dos animais...) o que levou, obviamente, a uma revolta dos que assistiam a tudo aquilo. Daí o primeiro "ataque", como dizem os anti, do cavaleiro Marcelo Mendes. Nada mais que uma investida para tentar marcar posição e afastar os manifestantes da SUA zona!

 

Aqui confirma-se a teoria da Comunicação Social a tomar partidos: filmaram tudo menos isto, provavelmente porque imagens de amantes dos animais a apedrejarem cavalos não fazem subir as audiências. Não é preciso saber muito de audiências para concluir isto.

 

Ponto 3-No entretanto, enquanto alguns manifestantes faziam mais umas "queixinhas" à RibeirinhasTv pelo suposto violentíssimo ataque que tinha sucedido e enquanto o cavaleiro tentou voltar ao aquecimento do seu cavalo, um outro manifestante agrediu verbalmente o cavaleiro Marcelo Mendes durante largos minutos, o que levou o cavaleiro a perseguir, por assim dizer, o tal homem para o tentar identificar e apresentar queixa perante as consequentes ameaças que ele lhe fazia a ele, claro está, e ao seu cavalo.
Não se tratou, como disseram os anti-touradas, de mais uma investida, mas sim de uma tentativa de, como disse, identificar um "pacifista".

 

Portanto, os manifestantes fizeram queixinhas à tv enquanto o cavaleiro só as fez às redes sociais, nomeadamente das agressões verbais que o levaram a perseguir (por assim dizer o próprio perseguidor) um fulano que entretanto deve ter esgotado o stock de pedras disponíveis para lançar, já que fugiu em vez de apedrejar, o nhonhinhas.

De resto, e ao contrário do que as imagens tendenciosas possam transmitir a bem das audiências, não se tratou de uma investida mas sim de uma tentativa de identificação do indivíduo. O cavaleiro é que estava com um nadinha de pressa e nem teve tempo de desmontar para exigir a apresentação da papelada.

Aliás, o próprio cavalo tinha a expressão típica de um quadrúpede muito empenhado em dar uma vista de olhos ao BI do agressor verbal.

 

Ponto 4- Como os manifestantes "pacíficos" vieram, alguns, de tão longe, como fizeram questão de dizer aos meios de comunicação - como que a fazer justificar os seus argumentos e as suas vontades de acabar com as touradas - não se podiam ir embora apenas com uns apedrejamentos. Pois bem, fizeram ainda questão de violentar o carro do cavaleiro Marcelo Mendes ( ainda estou para descobrir como é que sabiam qual era o carro dele) ao partir vidros e pintar o carro com tintas.

 

Sim, aqui está a pergunta que se impõe a todos quantos tentam conspurcar a imagem do Marcelo Mendes: como é que os vândalos anti-tourada sabiam qual era o carro dele e não conheciam o mau feitio do seu cavalo?

O mistério aqui levantado pode estar na origem de uma cacha que talvez traga boas audiências: os anti-tourada são também anti-automóvel e não percorrem longas distâncias em vão. Ou defendem os animais das touradas que os massacram ou defendem os peões dos veículos que os atropelam, vale sempre o caminho.

Pintarem o carro com tintas não é original, mas violentarem-no (o carro) é algo que confere toda uma nova dimensão ao tubo de escape e justifica que os jornalistas presentes nem quisessem enfatizar tamanho horror sofrido pelo cavaleiro que, de resto, ainda não confirmou às redes sociais e associadas se possui seguro contra todos com a cobertura de vandalismo. E há quanto tempo.

 

Como podem ver, estes manifestantes eram tudo menos pacíficos! Nada que me surpreenda porque já estou habituado a ver as manifestações "pacíficas" de antis-touradas e de outros que tais, de partidos semelhantes aos que por lá passeavam,  que acabam sempre em confrontos com as forças políciais. Mas que fique claro que a polícia é que os provoca sempre....

No entanto, o importante a retirar deste episódio é que os aficionados, a começar pelos cavaleiros, não se ficaram nesta guerra que tentam criar.

A tradição e o costume falarão mais alto!

 

 

Com as palavras acima dá-se o assunto por concluído da parte de um porta-voz dos aficionados da festa brava.

O importante a retirar deste episódio é que os aficionados, a começar pelos cavaleiros, não se ficaram nesta guerra que tentam criar (sic).

 

Por mim já estava retirado, esse importante. O resto, sem dúvida muito tradicional, é folclore.

03
Set12

LUGAR CATIVO

shark

Tinha lugar cativo ao fundo do balcão e todos os dias fazia questão de por lá passar, nem que fosse para marcar o lugar que era o seu naquele espaço onde vivia uma parte do seu dia em função de como o dia viesse a acontecer.

Se corria mal abancava ali a beber, horas perdidas, olhar alucinado a vaguear pelas garrafas nas quais projectava as imagens que o consumiam. Sempre discreto, deixado em paz ao fundo do balcão na sua privada solidão que não dispensava a companhia da rotina daquelas paredes imutáveis que lhe lembravam algo de seu que algures perdera.

E nos dias melhores comportava-se como um forasteiro. Entrava, sentava-se e bebia. Depois pagava e saía em silêncio, como se mais ninguém frequentasse aquele bar. Nem mesmo com o proprietário do estabelecimento, o mesmo há mais de dez anos, trocava uma palavra.

Bebia e no fim pagava e até então saíra sempre pelo seu pé e nunca desatinava senão com ele mesmo, zangado como parecia nos gestos que fazia e nas expressões perturbadas dos dias menos bons.

Ninguém sabia sequer o que os distinguia, pois afinal ninguém conhecia o homem grisalho que em cada dia marcava presença ao fundo do balcão, na zona menos iluminada, na zona menos frequentada por quem pudesse interferir naquele momento que era só seu.

Sentado, com o olhar concentrado num copo quase vazio. Sempre apresentável apesar da barba de dias, elegante na forma de se movimentar, cinquentão.

Acenava com a cabeça quando se deixava dominar pela boa disposição, bom dia, boa tarde e boa noite sempre dessa maneira, um aceno ligeiro com a cabeça como se via no filmes do tempo do Errol Flynn. Nunca falava para os outros mas não era mudo pois falava imenso para si, em voz baixa quanto bastasse para ninguém o conseguir entender.

E ninguém o entendia, pois ele entrava e ele saía sem deixar pistas a seu respeito. Era um cliente de pleno direito e vivia algum do seu tempo como se fizesse parte do cumprimento de um estranho ritual.

Ninguém levava a mal a sua forma de estar a sós nas bordas do grupo que ali se reunia, alguns passavam ali boa parte do dia a entreterem o tempo desempregado, e só por uma vez um carapau de corrida, brincalhão, fizera de conta que ia sentar-se ao fundo do balcão quando ele entrou.

No olhar que lhe lançou voavam ameaças e quase se conseguia afiançar-lhes a solidez na convicção. E o outro, calmeirão, ficou sem jeito e só lhe ocorreu ajeitar o assento para o cliente habitual que não recolheu o olhar no coldre até finalmente se sentar à espera do costume, servido de forma automática pelo barman consoante o período do dia em que lá parasse o freguês.

E a vida continuava à sua volta mas para ele era como estar numa sala vazia, alheio a tudo quanto se passava em seu redor, estava ali para beber e para trocar umas impressões consigo próprio acerca daquilo que o atormentava e era ali que a vida continuava ligada a um ponto fixo de paragem qualquer.

Ninguém lhe conhecera alguma mulher, nem endereço ou outro paradeiro que não o bar onde um dia entrou e simplesmente apontou para uma garrafa pousada sobre o balcão, na outra ponta daquela que a partir daí ocupou como sua, sem voz e sem nome que o pudessem identificar ou pudessem até criar laços de alguma espécie com todos quantos o ignoravam e pelos vistos já o consideravam parte integrante do mobiliário.

Tal como o cabide dos anos 70, gasto por tanto uso, também ele era uma constante daquele lugar.

Todos os dias sem falhar, como um pistoleiro entrado no saloon, caminhava sem pressa, às vezes acenava com a cabeça, e depois sentava-se sozinho na ponta mais distante do balcão onde debatia a solidão em surdina, perante testemunhas que era como se não estivessem lá, naquele lugar só seu e ninguém se atrevia a disputar tal território, sem que alguém conseguisse explicar com clareza porquê.

 

Um dia ele não apareceu.

E no dia seguinte, quando no noticiário da uma falaram de um sem-abrigo, encontrado sem vida num descampado a alguns quilómetros dali, muitos engoliram em seco mas nem um arriscaria ser o primeiro a falar do assunto desde esse sepulcral momento de televisão.

Tal como ninguém voltaria a ocupar a cadeira sempre vazia, mesmo ao fundo do balcão.

01
Set12

A POSTA AMBIDEXTRA

shark

Uma das lições de vida que mais gente me tentou ensinar foi a de que a vida é a cores, não é a preto e branco. Ou seja, não há só bons e maus, fortes e fracos, castigo e perdão. Existirá toda uma gama de opções para atenuar a perspectiva radical e maniqueísta dos gajos como eu.

E eu tentei aprender essa lição, por entre as várias tonalidades de cinzento entre o preto e o branco que antes simplificavam as minhas escolhas, tentando abrir o leque de opções antes de formar uma opinião ou tomar decisões.

No entanto, ao longo desse processo de reaprendizagem da minha forma de apreciar os contornos da vida como ela acontece tive sempre um obstáculo à assimilação do conceito multicolor: a realidade prática desmente demasiadas vezes a possibilidade teórica embutida nas melhores e mais coloridas intenções.

 

Um dos temas quentes da actualidade lusa é a vincada componente ideológica da agenda do actual Governo, demasiado óbvia nas suas decisões económicas e financeiras.

Dificilmente alguém poderá contestar esse temor de uma Esquerda arredada para o banco de suplentes depois de vários anos a titular, impotente na sua desunião para travar os ímpetos neoliberais, sem visão nem liderança para combater de forma eficaz os abusos da Direita que denunciam a torto e a direito em defesa de uma visão do mundo e de um pacote de soluções para as várias crises que nos atormentam e que se situa nos antípodas da que o executivo laranja eleito e, tendo em conta as sondagens, na corrida para a reeleição, apesar dos resultados à vista das suas soluções, preconiza.

É aí que salta à vista que a culpa não é do povo que vota mas de uma oposição que em nada se exibe sólida enquanto alternativa porque à tal imposição da agenda conservadora e neoliberal insiste em contrapor uma apatia acomodada ou, como no exemplo que motiva esta posta, uma recuperação dos ideais mais arcaicos e utópicos que a Esquerda desorientada vai recuperando do baú de ideias do tempo da Revolução Industrial.

 

O mundo mudou, as pessoas mudaram. Nem a Esquerda nem a Direita conseguiram acompanhar a passada dessa mudança, sendo cada vez mais evidente a escassez (a ausência) de pensadores capazes de moldarem as ideologias à realidade como ela se apresenta. E ainda menos se revela alguém de inventar uma terceira opção que nos livre destas escaramuças patéticas entre formas de pensar que não passam de raciocínios na órbita de pressupostos e de dogmas dos quais cada vez menos se bebe algo de útil para consolidar o que de positivo já se conseguiu neste nosso hemisfério dos ricos, delineado cada vez mais a norte do equador e assente num modelo económico em vias de desagregação.

 

Se até o Relvas conseguiu...

 

O Ministro da Educação decidiu impor o ensino profissional aos estudantes que não se revelem capazes de progredir na fase menos complexa do percurso académico.

Aqui d'El-Rei, clamam os da esquerdalha, que estamos a fazer renascer o salazarismo nas escolas e a empurrar os pobres (que pelos vistos na visão dos esquerdistas são mais burros e menos capazes porque alegadamente serão eles o grosso do pelotão de futuros canalizadores e não licenciados do país) para fora do sistema produtor de cada doutora e doutor que o desemprego vai acolhendo como pode.

Boas intenções, portanto, as da Esquerda que rejeita esta separação das águas entre capazes e comprovadamente incapazes de obterem resultados escolares satisfatórios, pelo estigma que isso pode representar.

 

Eu, que ainda me vou encontrando mais à esquerda da fronteira imaginária entre as duas formas de pensar a vida em sociedade e seus modelos de organização, vejo-me apanhado no dilema que me é criado pela necessidade de encontrar a melhor tonalidade entre os extremos e perceber, ao longo do raciocínio, que existem tons do meu lado da coisa que não encaixam de todo numa abordagem mais racional do problema a resolver.

A Esquerda mais utópica e intelectualóide peca muitas vezes por não ter em conta isso mesmo: há problemas para os quais as suas escolhas não constituem solução e a prática comprova-o com a mesma clarividência com que faz desmoronar as certezas capitalistas de uma Direita embriagada por tanto poder.

 

A malvada realidade que dá cabo das melhores utopias!

 

Eu não sei onde estudam os filhos do resto da malta de esquerda, mas se é no Ensino Público então dificilmente não se confrontaram com uma questão prática com a qual o sistema em vigor, muito bem intencionado, nunca conseguiu lidar de forma eficaz: o impacto da presença dos chamados repetentes nas turmas a quem tocam na rifa.

Esse impacto, por quanto o sol brilhe para todos nós, sente-o no primeiro dia de aulas um pai que se vê obrigado a deixar uma filha com 10 anos de idade numa turma onde existem vários adolescentes com quinze e um rasto de perturbação do funcionamento das salas de aula que não deixa margem de manobra para a esperança de que o sistema o consiga evitar.

Esse impacto, por quanto todos os cidadãos mereçam oportunidades iguais, sente-o cada professor incapaz de evitar a descida colectiva das notas em turmas exemplares antes de acolherem esses casos problemáticos de miúdos (não necessariamente pobres e desfavorecidos) para os quais ninguém possui mecanismos eficazes de integração.

 

O politicamente correcto que a Esquerda utópica tanto acarinha, aquilo que devia ser, não pode acontecer como o anseiam porque não é viável. E por isso mesmo não dispõem de propostas realistas para contrapor às soluções aparentemente menos simpáticas para resolverem problemas do quotidiano.

Nem sempre as decisões são tomadas em função dos agrados de gregos e de troianos, tal como não podem ser adiadas por falta de uma alternativa perfeita e consensual.

Os dogmas valem o que valem se não forem alvo de upgrades cada vez mais frequentes para acompanharem a pedalada da evolução como eles próprios a determinaram em boa medida, décadas esgotadas no braço de ferro entre versões tão opostas quanto mal sucedidas de um mundo sem paciência nem meios para suportar por mais tempo a discussão do sexo dos anjos num inferno como se está a criar.

 

Por isso já é tempo de mudar e de flexibilizar os critérios em função do pragmatismo que a iminência de uma bancarrota e de colapso social profundo deveria bastar para incutir, a ambos os lados desta barricada imbecil que coloca os futuros miseráveis a disputar cada extremo de uma corda que, esticada sobre um abismo feito de incógnitas, está presa por um fio.

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