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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

26
Set12

A POSTA QUE ASSIM ATÉ A ANARQUIA PARECE SOLUÇÃO

shark

Desde o início dos tempos, o critério de selecção dos líderes passou pelo reconhecimento de uma qualquer superioridade num indivíduo que se destacava por algum motivo de entre a multidão. O melhor guerreiro, o melhor caçador ou, em menor escala mas numa tradição que perdurou até aos nossos dias, o melhor comunicador.

Claro que tal como os nossos antepassados deverão ter aprendido às suas custas, o jeito para a comunicação de pouco valia na prática para a gestão muito terra a terra dos interesses de uma tribo ou clã em tempos hostis.

Curiosamente, foi esse o talento que se impôs até aos nossos dias e o rei leão foi substituído pelo bobo papagaio que, como sentimos agora no lombo, fala que é uma maravilha mas quando a coisa dá para o torto sente-se a falta de um rosnar a sério, capaz de espantar hienas e abutres que mesmo em tempo de crise nunca abdicam do seu quinhão.

 

Depois de ultrapassada a fase das mocas e das lanças e de todo esse arsenal ao dispor dos candidatos à liderança do passado, os que se impunham pela força, a coisa foi evoluindo ao ponto de os chefes deixarem de provar a sua competência no campo de batalha. A esperteza entrou em cena e os líderes começaram a mandar fazer, o que os privou de poderem exibir as suas habilidades, como a sua coragem e até, quando já começavam a soar os canhões, a sua inteligência para lidarem com os imprevistos da governação, depois de entregue a terceiros por delegação de competências a actuação física no terreno mas também boa parte das decisões difíceis a tomar.

A ideia de os líderes serem deuses, o que naturalmente os livrava da tropa, não vingou mas depressa se encontraram outras formas de legitimar a liderança sem provas dadas.

Bastava ser filho do líder anterior. E esse ser filho daquele que o antecedeu. Ficava tudo numa boa, filho de peixe sabe nadar e assim…

 

Mas afinal não era mesmo nada assim e às tantas os franceses decidiram virar tudo do avesso e entregaram o poder ao povo (pelo menos era essa a intenção), repescando um sistema porreiro que os gregos tinham bolado tempos atrás mas sem grande popularidade à época entre os que gostavam de mandar à chapada, uma tal de Democracia.

De repente, os líderes passaram a ter que se submeter ao sufrágio e aos candidatos deve ter-lhes logo ocorrido: sou um cobardolas, fui um cábula na escola (na altura não havia equivalências e assim…), a única coisa de jeito que sei fazer é dar a volta aos outros com o meu paleio. E agora?

Bom, rodearam-se de uma legião de gente que não possuindo a mesma visibilidade e o mesmo carisma até percebiam daquilo e como cenas tipo o brio, a honra, a dignidade e o amor à Pátria ainda existiam a coisa ia-se fazendo com maior ou menor dificuldade.

Claro que os líderes não tardaram a perceber que aquilo da Democracia não lhes garantia a preservação dos couratos quando metiam o pé na argola e o paleio, com a malta a ir à escola e a alargar os horizontes, não remediava as mentiras, as omissões, os abusos de poder aqui e além. E passaram a incluir no seu séquito uns espiões, uns polícias com mais caparro ou mesmo, nas democracias de fachada, unidades militares de elite para manterem o povo manso como dá jeito para mandar sem problemas, manifestações e outras desordens populares que ficam tão mal nos noticiários.

 

A república do venha a mim

 

Depois de acautelada a segurança e a preservação de si e dos seus, os líderes não tardaram a perceber que ao contrário de uma ditadura (que é um conceito muito rígido e que exige uma postura musculada que custa um dinheirão e só dá chatices à pessoa), uma democracia é muito mais flexível em sabendo como ultrapassar os seus melindres.

Se já nem precisavam provar os seus méritos, aos líderes bastava assegurarem a vitória eleitoral para poderem depois implantar nos sítios certos a sua corte, família, compadres, cúmplices e outras pessoas de confiança, legislar de forma ambígua para dar espaço de manobra a muitas interpretações e salvaguardar a impunidade no futuro, ficando este garantido para lá do período transitório de liderança por via de uns favores enquadráveis na zona cinzenta ética e moral (com alçapões populistas, etc.) e sem temor a uma Justiça sem meios e sem mecanismos funcionais para punir em tempo útil alguém do topo e esse topo é feito por uns poucos que controlam milhões com os seus, de caminho abafando as vozes dissonantes pelo controlo de uma Comunicação Social feita refém de coisas comezinhas como a necessidade dos salários por parte de quem a faz.

E esta versão do paraíso, este political dream moderno, acontece nos nossos dias e é tão apetecível que os mais poderosos líderes democráticos do planeta não hesitam em vergar pela força os tolos (sobretudo os de nações cheias de recursos naturais por explorar) que demoram demasiado tempo a perceberem como é que se faz e ameaçam estragarem-lhes o arranjinho.

 

Este mar de oportunidades para quem alcança o poleiro depois de afastados aos poucos do caminho os entraves como a decência, a lealdade e outras mariquices do género, nem sempre é de pequena vaga, como nas ruas dos países à rasca, primaveras ou quaisquer outras estações, se vê.

Alguns líderes do passado (recente) aprenderam à sua custa que existem limites para a tolerância de um povo para com os abusos de poder, qualquer que seja o regime, e essa lição parece até fácil de assimilar e de levar à prática com uma pitada de patriotismo e de bom senso e sem a desfaçatez de acharem que no tal mar de oportunidades a elite prospera e o povo… nada.

Sem alternativas sérias de poder, as populações desorientadas olham para os seus líderes tão capazes de falar como incapazes de fazer e em águas cada vez mais conturbadas, com a acumulação de temporais a indiciar uma tempestade à escala global, percebem-se entregues à bicharada porque o peixe graúdo insiste numa clássica mas comprovadamente utópica ilusão: a de que na ideia deles vai correr tudo bem.

 

Porque quem se lixa sempre, e apenas, é o mexilhão.

25
Set12

A POSTA QUE NINGUÉM VAI ESPERAR SENTADO

shark

Uma das motivações que me levaram a entrevistar o Dr. Mário Frota tempos atrás foi a de ser fácil adivinhar o quanto se multiplicariam, num contexto de crise, os desleixos e os abusos até por parte de empresas e de marcas insuspeitas (por construirem uma reputação baseada na alegada qualidade dos seus produtos ou serviços).

Curiosamente, vejo desenhar-se no horizonte comigo a protagonista, contracenando com uma dessas empresas com um ar publicitário muito chique mas sem produtos com qualidade e resistência a condizer, um filme típico dos que movem o meu ilustre entrevistado e a Associação que em boa hora criou.

 

Por enquanto é só um mau pressentimento, mas se for caso disso logo vos darei conta de mais um produto a evitar. E porquê.

25
Set12

A POSTA QUE ESTOU A FALAR PARA O BONECO

shark

Em momentos de crise existem domínios da governação que se tornam patinhos feios ou chegam a eclipsar-se das prioridades de governantes e de governados.

Claro que me dava jeito lançar a pedra seguinte apenas ao Estado e, logo de seguida, ao Governo que confiou num Francisco José Viegas para tornar ainda mais invisível a Cultura que a simples perda de um Ministério próprio não lhes bastou como sinal do que aí vinha.

E também é óbvio que acabarei por recordar os tempos felizes e abastados em que o Ambiente, essa preocupação política tão evidente (e conveniente) quando o dinheiro não falta, existia como algo de que se ouvia falar.

Mas não vou por aí, precisamente porque parte do fenómeno de abandono da Cultura quando a crise aperta e as hierarquias se relevam entre os diferentes Ministérios e Secretarias de Estado é alimentado pela própria percepção (e consequente reacção, ou respectiva ausência) transmitida pela opinião pública.

 

É, ou dizem que é, normal que as pessoas aceitem como natural o desinvestimento na Cultura quando o dinheiro escasseia para as coisas sem as quais não podemos viver, Saúde, Administração Interna (para não ficarmos como a Grécia, blá blá blá...), Economia (por ser o viveiro de milagres mais à mão) e por aí fora até só restarem as coisas sem as quais se passa bem.

Não tenho tanta certeza, tanta fé nesse critério grunho como seria de esperar. Até porque um ano civil das famosas gorduras atacadas onde mais se amontoam (em boa medida nos tais sectores indispensáveis), bastariam para fornecer energia ao longo de muito tempo para manter vivos projectos que funcionam, numa sociedade decente, como as escolas de formação dos clubes de futebol.

 

Reparem: a formação dos clubes é uma espécie de seguro de vida para os mesmos. É o único embrião de jogadores, a alternativa à contratação a peso de ouro de vedetas estrangeiras de segundo plano que estrangula as contas das SAD e afunda na decadência as colectividades que as justificam.

Por outro lado, jovens recrutados para a prática desportiva não serão os melhores candidatos aos vícios e comportamentos que o ócio e a falta de perspectivas induzem.

A Cultura cumpre um papel equivalente. São os mais pequenos, instituições e pessoas, os primeiros a perderem quando cortes estéticos (ninharias, no contexto global) se fazem sentir.

Tal como no futebol, sem actividades culturais de âmbito local ou regional devidamente apoiadas e que abram as portas aos mais jovens para um mundo que lhes pode estar vedado por muitas razões, é quase impossível ver nascerem talentos.

Tal como no futebol nenhum craque se notabilizará se jamais puder calçar um par de chuteiras, na Cultura não irão surgir os virtuosos a quem é recusado o contacto com o instrumento ou a arte por descobrir em si.

 

Depois há a crise, com todas as suas pressões e anseios. E aos mais novos, sem acesso a algo que todos parecemos tomar por supérfluo quando o pilim escasseia, resta o quê para expressarem de forma não violenta tudo aquilo que os revolta no futuro risonho que lhes é negado, dia após dia, neste presente sem alternativas culturais que os ajudem a canalizar tudo para uma qualquer forma de expressão artística?

Enquanto escrevo sei o quanto tudo isto poderá soar fútil, pseudo-intelectual de pacotilha, lírico, o que se queira chamar a quem chame a atenção para estes luxos em tempo de crise, precisamente porque também sei o que é viver num país sem essa fonte de pessoas positivas, esclarecidas e capazes de proporcionarem a uma população enfraquecida alguns momentos de deleite como só a Cultura pode proporcionar.

 

São vistas muito curtas. E se não lutarmos pela mudança que inverta o estatuto de palhaço rico (ou de parente pobre) com que pintamos quem se dedica ao que, na prática, constitui das mais fortes argamassas para a coesão social, nem podemos adivinhar que parte da nossa identidade essa miopia acabará por aniquilar.

23
Set12

A POSTA QUE BLASFÉMIA É INVOCAR O NOME DE QUALQUER DELES EM VÃO

shark

No meu quotidiano não há espaço para Maomé e por isso tenho que confessar o meu profundo estar-me nas tintas para esse, como para outros profetas. Compreendo a importância de um profeta, vivo num país forrado a crucifixos, mas para fazer humor nem me passaria pela cabeça recorrer a tais figuras, tanto pela falta de piada que por norma esse tipo de estatuto implica nas pessoas e nos profetas como pelo respeito que me merecem as crenças dos outros. E também porque o meu conceito de bom senso não abarca os picanços a extremistas, fanáticos e afins.

 

Contudo, e porque o Marco do Bitaites me informou acerca de mais um sinal de insanidade por parte de um governante de um país tão aliado dos EUA como o CDS do PSD na actual coligação, quando as coisas chegam ao ponto de envolver ataques a embaixadas, assassinatos encomendados e outras formas de intimidação a pessoa sente-se algo forçada a tomar partidos. Nem que seja para não dar abébias à estratégia do medo tão necessária à imagem de força por parte dos gabirus que aproveitam qualquer pretexto para agitarem a turba.

Se o que está em causa é um choque ou mesmo uma guerra de civilizações, mesmo estando a minha a rebentar pelas costuras em variadíssimos aspectos basta-me uma vista de olhos rápida sobre a alternativa e o meu lado da barricada fica definido com enorme clareza.

 

Sou cristão, mas a minha proximidade ao lado mais praticante da coisa é nula (se exceptuarmos, uns casamentos, uns baptizados e até um ou outro funeral) e a minha ligação ao divino, o nosso ou o deles, jamais bastaria para alimentar o meu empenho em qualquer tipo de cruzada. Até porque não consigo mesmo distinguir as pessoas em função das suas crenças religiosas, excepto quando me deparo com as diferenças mais óbvias das suas opções de vida relativamente às minhas e num contexto de me tentarem impor regras que não aceito nem reconheço nessa condição.

É uma mania comum a muçulmanos e a cristãos, embora estes últimos já não tenham reunidas as condições para a evangelização à bruta nas masmorras e um lote significativo dos primeiros tentem precisamente reuni-las.

 

Mas estas caldeiradas só têm de religioso o estandarte preferido dos fundamentalistas islâmicos, o nosso Deus não é chamado para o assunto mas sim o líder deste mundo a Este do paraíso (que é para onde vão os mártires deles) mais os judeus em geral e os israelitas em particular.

Nós, ocidentais, não somos todos sunitas ou xiitas. Mas como até bebemos álcool e comemos porco à fartazana e deixamos as miúdas descascarem-se à grande, para além de permitirmos (mesmo sem achar piada) que os criativos debochem com os temas tabu para eles, os radicais aproveitam para juntar tudo no mesmo ramalhete para poderem fazer-se explodir em Madrid, em Londres ou na Pampilhosa e isso constituir uma grande vitória contra os infiéis americanos na mesma.

 

Afinal não são os deuses que devem estar loucos...

 

Aquilo é gente chanfrada, nisso acho que até os nascidos em terras muçulmanas mas tão agnósticos como eu concordam. Se os valores ocidentais, ou os excessos que eles permitem, começam a servir de pretexto para crimes (outra designação é eufemismo) praticados ou encorajados em nome de Alá no intuito de nos levarem a, por temor, aceitarmos que definam por nós os limites da liberdade de expressão ou outras temos o caldo entornado. Sejam Alá, Buda ou mesmo o nosso, não há pão para malucos mesmo que isso implique termos que passar revista diária às carruagens do metro ou aceitarmos que os nossos países permaneçam aliados militares de quem possa travar de alguma forma tal ameaça, sem olhar aos danos colaterais (como aliás é apanágio dos terroristas e seus mandantes).

 

É esse o erro de palmatória dos instigadores destas revoltas populares anti caricaturas ou anti filmes ou anti o raio que os parta a todos: os actos concretizados e as ameaças veladas têm um efeito na opinião pública ocidental que é contrário aos interesses dos próprios, pois reagimos mal à coação e abrimos mais a pestana aos verdadeiros propósitos dos que tentam dividir as tendências, aproveitando o pluralismo que cultivamos e a liberdade que o fomenta, para reinarem as trevas medievais.

Gostamos dos tais valores, mesmo com as suas fraquezas, quem não gosta que não consuma e que nos desampare a loja em matéria de obscurantismo, de intimidação e de censura.

Ninguém pode negar que, embora de inspiração cristã, já demos quanto baste para esse triste peditório...

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