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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

28
Mar12

A POSTA AMIGA

shark

Qualquer conceito, mesmo o mais simples de entender, possui a flexibilidade intrínseca das coisas susceptíveis de se submeterem à lotaria da interpretação individual. Ou mesmo colectiva, pois existem conceitos cuja interpretação e consequente aplicação prática variam de acordo com a localização de quem os adopta.

Quando por detrás de um conceito existem emoções entramos no domínio do aleatório nas interpretações e o consenso torna-se impossível.

A amizade pertence a esse grupo e isso torna-a passível de variar de pessoa para pessoa enquanto conceito ao ponto de qualquer semelhança entre as percepções de cada um/a não passar de pura coincidência.

 

Já li, já ouvi e já vivi a amizade, no melhor e no pior, o bastante para me sentir capaz de defender a minha definição pessoal e infelizmente intransmissível desse conceito tão moldável como a plasticina de que parecem construídas algumas relações rotuladas com esse selo de garantia de qualidade na ligação entre pessoas.

Aqui já começo a esboçar o cepticismo que caracteriza o meu saber mais de experiência feito do que fruto de algum tipo de teorização que, bem vistas as coisas, é tão infrutífera como a do sexo dos anjos.

A amizade séria, como gosto de lhe chamar, implica à partida alguma sintonia na interpretação do conceito ou pelo menos o respeito necessário pela inevitável diferença na forma como a sentimos, a entendemos e decidimos abraçar.

 

O abraço constitui, de resto, um excelente indicador para o calibre da emoção associada à amizade e essa não dispensa, na minha versão da coisa, uma ligação de tal forma forte e inequívoca que a transforma, a par com a frequência de contacto, quase numa relação familiar.

A amizade é amor, é o amor possível entre duas pessoas que não o podem ou não o querem viver e até pode (e deve) fazer parte de uma relação amorosa.

Por isso não pode ser entendida de forma leviana, aligeirando algo que qualquer pessoa sabe ser assunto sério quando dá pela falta ou quando percebe a diferença que um amigo de qualquer género pode fazer em bons ou maus momentos da existência da pessoa.

 

Um amigo é leal e de absoluta confiança.

Um amigo conhece-nos bem porque contacta connosco com a frequência suficiente para se manter a par e poder assimilar as nossas grandezas e as nossas misérias.

Um amigo está sempre presente nas aflições de forma voluntária e nos momentos especiais por inerência.

Um amigo chora por nós e faz das fraquezas forças para nos ajudar, nem que seja por se disponibilizar para ouvir, mesmo levando grandes secas.

Um amigo é indispensável, é um conselheiro, é uma referência que guiamos e nos guia ao longo de um caminho difícil de percorrer a sós e eu não tenho.

 

Mas também não sou.

26
Mar12

A POSTA NAS CONTAS DE SUMIR

shark

Tempos atrás, quando ainda mal adivinhava a pancada do facebook, afirmei aqui que deixaria de blogar no dia em que o contador me provasse que teria mais leitores se distribuísse as postas nas caixas do correio do edifício onde moro.

Hoje venho aqui assumir que na altura menti.

Ou enganei-me a fazer as contas, tanto faz.

26
Mar12

COM CHAVE DE OURO

shark

Por vezes só nos apercebemos da relevância de alguns momentos quando mais tarde nos confrontamos com algum símbolo, algum gatilho para a lembrança de sensações que revivemos com tanta nitidez que se torna impossível confundi-las com episódios passageiros ou experiências menores.

Algumas dessas realidades marcantes podem funcionar como chaves do cadeado de um qualquer baú da nossa tola onde enfiamos tudo aquilo com o qual não conseguimos lidar, pelo menos com a distância relativa que sempre acreditamos o tempo proporcionará.

E é quando nos vemos perante a inevitabilidade de aceitar o impacto de determinadas emoções que julgávamos esvaírem-se em amnésia ao longo do caminho que, quase embaraçados, reconhecemos as memórias e as pessoas que perduram uma vida inteira e engolimos em seco quando o coração dispara e tentamos fingir que não percebemos porquê.

 

Julgo ser normal que tentemos arquivar no mesmo ficheiro a totalidade, coisas boas e coisas más, de uma experiência que por algum motivo sabemos não ser possível de repetir. Chamam-lhe mecanismos de defesa, estas tentativas vãs de converter em arquivo morto tudo aquilo que possamos sentir como um desgosto, uma desilusão, uma derrota. E por norma não defendem de coisa alguma, expostos que estamos às esquinas da vida nas quais podemos chocar de frente com a tal realidade incómoda que a preguiça ou algum receio não assumido ou seja o que for nos levou a encaixotar, em local recôndito, para evitar perturbações desnecessárias.

O problema está em parte contido nessa definição de prioridade que torna o conceito de necessidade numa coisa invulgarmente flexível: apanhado de surpresa, o tal mecanismo de defesa funciona como os alarmes dos carros quando ligados a uma buzina roufenha e simplesmente não cumpre o seu papel dissuasor de lembranças perturbadoras.

 

Logo à partida, esse sistema de vigilância instalado para impedir o acesso involuntário a coisas que preferimos discretas num canto tem um desempenho directamente proporcional à firmeza de intenções de quem o montou. Quando queremos mesmo encerrar o assunto é como se tivéssemos a segurança pessoal do Presidente Obama de sentinela à porta, mas se apenas tentamos varrer para debaixo do tapete aquilo que nos possa afectar em dada altura é como se a combinação do cofre fosse deixada num post-it cheio de cores berrantes para prender a atenção da pessoa.

Não existe uma defesa para as defesas feitas de papel, construidas apenas para criar uma barreira artificial de olhos que não vêem coração que não sente e deixá-la à mercê do vendaval que pode ser provocado pelo agitar das asas de borboletas no Japão ou pela simples evocação de emoções tão fortes que até uma palavra, um gesto ou um som podem fazer explodir de repente na mente desguarnecida do cidadão.

 

É essa a inevitável provação que espera os incautos fiados na virgem do esquecimento destinado às situações e pessoas sem rasto e mesmo sem rosto mas que afinal de pouco ou nada vale quando estão em causa os tais momentos que perduram, latentes, na essência do que valeram e na excelência do que continuarão a valer.

24
Mar12

A POSTA NO BASTÃO AZUL

shark

Até podia achar coincidência o facto de estas imagens de polícias ávidos de baterem nas pessoas, sobretudo pessoas que informam, acontecerem quase sempre ao longo dos mandatos laranja no poder, mas não acho.

Ao eterno apelo da Direita para privilegiar a disciplina sem dispensar a repressão para mantê-la soma-se o evidente temor do actual Primeiro-Ministro de que as coisas descarrilem nas ruas e temos garantida a receita trauliteira que as palavras do poder insinuam e a vergonha no Chiado denunciou.

 

Já levei bastonadas da polícia e posso confirmar que aquilo dói mais do que a picada de meia dúzia de abelhas em simultâneo num mesmo local da nossa anatomia.

Aproveitei para deitar um relance à expressão do agente da autoridade que se preparava para me aviar a segunda de mão quando entendi bater em retirada, centenas de metros até o peso da couraça daquela amostra de robocop o forçar a desistir da perseguição, e percebi que a criatura não estava de todo aberta ao diálogo e a uma amena troca de impressões acerca do facto de aquela ser (mais) uma carga policial desnecessária e violenta em demasia para o que estava em causa na altura.

Ficam fora de si, os homens fardados a quem compete espancar os que discordam ou, como no exemplo mais recente se percebe, apenas incomodam com o relato das proezas de quem se pode transformar numa destravada arma de arremesso do regime quando o caldo entorna e o povo decide reclamar onde a Democracia o deixa.

 

É isso que recordo quando acontece mais um episódio daqueles que o tempo e diversas investigações e inquéritos inconsequentes acabam por reduzir a um incidente sem grande expressão, até porque, como este povo pacato se apressará a referir, até nem morreu ninguém.

Pois não morreu, mas podia ter morrido. Ou pelo menos sido gravemente ferido como o jovem a quem um tiro da polícia nos desacatos nas portagens da ponte 25 de Abril amarrou a uma cadeira de rodas. E seja como for, não podemos estar reféns da dimensão das consequências para a avaliação da gravidade do que se passou.

Foi grave, como o são todos os abusos de autoridade, como o são todos os ataques à liberdade de informação que, por muitas histórias que se contem, ficam bem expressos na intimidação que se quer vincar quando se espancam jornalistas identificados na condição. Para deixar um aviso à navegação, devidamente condimentado com a sugestão de indumentária e de posicionamento para salvaguarda da segurança não dos jornalistas mas da imagem futura de um Governo que até estranha tamanha pacatez perante tanto desmando, tanta dificuldade que nos impõe a ressaca do mau desempenho de quem nos tem governado desde que a (primeira) Revolução aconteceu.

 

Pensava eu que o terror popular perante as fardas (na altura cinzentas) dos que batiam sem dó nem restrições ao mínimo sururu em qualquer local público, com particular apetência pelas redondezas dos estádios de futebol, treinando à época para uma ameaça real dos nossos dias, a das claques organizadas, tinha acabado mas na altura era imposto sem recear uma Imprensa censurada que virava a cara para o lado ou levava com o lápis azul, ou pior. Mas agora caminha-se de regresso a esses dias sem lei para alguns.

E é essa a vontade dos que mandam ou permitem ou sugerem que se espanquem profissionais da Informação no exercício das suas funções, substituir pelo medo as ferramentas que no passado tanto jeito deram a quem governou.

 

E é essa a realidade obscura por detrás destes abusos que apalpam o pulso à contestação enquanto o tentam torcer à bastonada, tentando amedrontar os que se manifestem e aqueles que possam “denegrir” com a detergente verdade dos factos todos os esforços, todos os discursos institucionais hipócritas de alegada condenação da violência que, para acontecer, careceu de alguma autorização (dita) superior e que visa especificamente intimidar todos quantos protestam as suas queixas mais aqueles que as possam amplificar.

 

Sai-lhes sempre o tiro pela culatra quando nem assim os conseguem silenciar.

17
Mar12

A POSTA NUMA CAUDA DO TAMANHO DO UMBIGO

shark

Um dos maiores desafios que me foram colocados na adolescência foi o de conseguir chamar a atenção pela diferença (uma das abordagens mais radicais mas igualmente muito eficaz nessa fase, nessa época), algo que ficava bem a um jovem aspirante a rebelde, até porque a New Wave e o Punk introduziram no visual da rapaziada uma variedade de cortes e de cores suficientemente espalhafatosa para clarificar a postura.

E garanto-vos que não era fácil impor a tal diferença de forma passiva, com uma aparência quase normal a ombrear com franjas até ao umbigo, caracóis oxigenados até à raiz ou clones do último dos moicanos com um tufo de cabelo espetado como o de um piassaba a fazer de faixa central num crânio rapado à máquina zero all around.

 

Era esse o filme que nos esperava nas matinés do Beat ou do Porão da Nau nas quais urgia dar nas vistas perante as miúdas para ser possível a esperança de um engate, algo de muito significativo do ponto de vista do adolescente com pila naquela altura e espero que no de agora também.

Claro que ajudava ter um rosto apresentável mas era quase inevitável que elas se concentrassem nos pormenores que faziam a tal diferença que nos distinguia por entre os litros de acne e metros cúbicos de hormonas destrambelhadas espalhados pelas salas em busca do seu momento especial.

Aprendíamos depressa que mais importante do que uma cara bonita era a expressão que lhe colávamos que podia fazer a diferença entre as resmas de trombas de otários cheios de tiques de tanto sacudirem as carolas para tirarem as franjas dos olhos. A partir daí, desse instante mágico em que ela nos fixava com o olhar e fazia-se um clique qualquer que abria as portas ao curtir, que eram umas horas intermináveis de beijos na boca e pouco mais do que a promessa de algo mais que seria sempre algo marcado para amanhã ou depois logo se via.

 

Esses rituais de acasalamento acelerado à luz das psicadélicas ou em movimento retardado pelo estranho piscar do strobe eram o primeiro agitar das penas enfezadas na cauda de qualquer jovem pavão, assumindo-se assim vitais para a manutenção de um ego confiante e de uma atitude a condizer, numa guerra sem quartel pela quota de mercado disputada no mesmo território de gajos capazes de passarem uma hora ou mais na manutenção das suas cabeleiras espaciais e que julgavam sempre réplicas perfeitas das trunfas do Limahl ou dos gajos dos Duran Duran.

Mesmo admitindo que a essa concorrência feroz dei o mesmo tratamento que ainda hoje costumo aplicar, transformando aquelas superproduções capilares em sinais claros de desespero de causa por escassez de argumentação alternativa que, depois de refinado o paleio pela observação atenta dos discursos dos mais bem sucedidos no bairro ou na escola, servia de contraponto para a música com que abafávamos a que mal nos permitia trocar mais do que três ou quatro palavras seguidas, tenho que enfatizar a dificuldade enfrentada por quem queria marcar a diferença sem precisar para isso de seguir um padrão...

 

Tudo isto a propósito de como as coisas não mudam tanto assim com o tempo e continuam a dar cartas os gajos que mais investem no visual, seja porque se depilam ou porque vão ao ginásio dia sim dia também ou porque usam os óculos de sol que mais estiverem a dar nessa semana. E serão gajos igualmente capazes de utilizarem uma hora da sua existência para cuidarem de tudo ao pormenor, de abraçarem visuais extravagantes no limite do inenarrável ou de qualquer outro recurso numa guerra onde vale tudo menos arrancar olhos para dar nas vistas e ultrapassar assim a barreira inicial, a da indiferença, sem precisarem de outras armas para vencerem a primeira das batalhas.

Contudo, e também isso não muda com o tempo, o último a rir continua a ser o que ri melhor.

 

E na verdade o que interessa, quando a poeira assenta, é um gajo conseguir sempre saber onde estava afinal a piada.

17
Mar12

A POSTA NUM PICOITO INTERROMPIDO

shark

Volta e meia os moralistas do costume decidem reagir por antecipação, aproveitando o ensejo para adicionar as guerras perdidas no passado e que acabam por relacionar umas com as outras porque acham que faz tudo parte do mesmo esquema medonho, da gigantesca conspiração das minorias para conspurcarem o sistema perfeitinho e maneirinho que vêm moldando desde os tempos da santa inquisição.

Parece ser o caso, pois o Picoito não é o primeiro a (ab)usar (d)o microfone e (d)o teclado para influenciar mentalidades a tempo de estarem prontas para enfrentarem eventuais referendos no futuro, inclusive na estratégia estafada de relembrar derrotas do passado, como a da IVG, para tornarem ainda mais terrífico o papão libertário.

 

Julgo que a esquerda actual tem mais em mãos para ficar entretida do que trazer para a berlinda o melindre da adopção por casais não compostos pelo ancestral binómio macho/fêmea. Não, nem lhes chamo casais homossexuais pois se a lei lhes reconhece o estatuto de casais é isso que são e nem mesmo a ILGA deveria destacá-los dos restantes como se fossem uma espécie ameaçada.

É impossível dar conversa e entender a motivação de alguém que se veste paladino de uma causa que consiste em desacreditar cidadãs e cidadãos da sua capacidade de criarem filhos por via da sua orientação sexual não padronizada nos cânones da maioria. Contudo, é igualmente impossível aceitar que transmitam o contágio conservador por todos os meios ao seu dispor sem tentar equilibrar a parada da argumentação. Sobretudo quando o impulso é prematuro e, por inerência, a motivação se torna um tudo nada missionária.

 

A questão dos princípios parece-me ser a que está em causa em ambos os lados desta divergência. Se para os Picoitos deste mundo a cena do amor e do casamento e da família só é como deve ser se nela intervierem sempre cidadãos de géneros diferentes (ou será que se comprovadamente não forem homossexuais já podem ser do mesmo?), para muitas outras pessoas sem acesso a microfones o princípio é outro e diz que toda a gente é livre de se assumir nas suas diferenças, ainda que se trate de grupos minoritários, e não merece por isso um tratamento distinto por parte de quem as não tolera.

A coisa vista deste lado soa a medieval porque qualquer fundamento para a discriminação tem que recuar a esses dias em que os costumes eram impostos à bruta, ou pelo menos aos tempos mais recentes em que a diferença era tida como uma ameaça a exterminar, se tivermos em conta a necessidade de inferiorizar grupos de cidadãos na sua capacidade plena por via da cor da pele, da orientação sexual ou do diabo que carregue os tais cruzados com sede repressora.

A coisa vista deste lado soa a desprezo não por quem é portador de uma diferença incómoda mas por quem ousa assumi-la e reclamar esse direito às claras. Não faltam os escândalos de alcova, os segredos escapados a bastiões, mesmo sagrados, alegadamente insuspeitos, dessa moral tradicional para o evidenciar.

 

Por tudo isto estamos perante mais uma falsa questão, mais um erguer do eterno papão antes que a Democracia, algum referendo maluko ou assim, faça das suas e desminta pela maioria expressa em votos a ilusão alimentada por uns quantos de que ainda é a sua a versão correcta e generalizada de um mundo como se quer.

É esse o medo que agita os Picoitos nas catacumbas da sua sociedade perfeita na uniformidade, sem mácula à superfície, perdoada em segredo pelos seus desvarios nos bastidores, incapazes de aceitarem a mudança que não se pode proibir como dantes se podia e de reconhecerem aos outros o mesmo estatuto se não o souberem merecer com, pelo menos, o sigilo, o encobrimento dessas tentações demoníacas que só podem entender como doenças ou, num patamar superior de alucinação, como maldições que desejariam banidas mas, no mínimo, pretendem impedir de usufruírem de uma cidadania plena se for desajustada da realidade que os Picoitos pretendem, de facto, impor.

 

Eu não subscrevo essa irritante mania.

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