- Porra, pá, que isto da internet está a tornar-se muito desagradável.
- Então, que se passa?
- É a toda a hora e a todo instante, um gajo a ir por um caminho na Comunicação Social e eles a darem cabo de tudo e a irem por outro nas redes sociais e o caraças, pá. Isto é um inferno!
- Tem calma contigo, colega, isso é coisa que pode ser resolvida como temos feito nos outros canais de propaganda ao dispor.
- Pois, eu já ouvi falar de algumas alterações nesse sentido...
- Vês? É só uma questão de tempo até lhes cortarmos o pio, a intimidação produz efeitos extraordinários nas multidões mais apáticas. Basta irmos apertando o cerco, nem precisamos de fazer à descarada como nas ditaduras. E só por isso já nos distinguimos delas, as ditaduras.
- Tou a ver, é como arranjarmos pretextos de treta para matarmos pessoas nesses países. Pelo menos arranjamos os pretextos e isso faz a diferença.
- Claro que faz toda a diferença, isto de governar em democracia tem que ser gerido com mais inteligência. Por isso já estamos a tratar de obter pela lei, nisso da internet, o que os outros impõem pela força. E acabamos na mesma com a única oposição ao nosso esquema digna desse nome, que o líder da oposição institucional, mesmo a afirmar que estamos a destruir a Pátria, já deixou claro que só pretende o tacho lá mais para 2015. Até lá podemos partir à vontade que ele depois recolhe os cacos na boa. É limpinho. Até empresas privadas. E temos do nosso lado na forma de fazer as coisas o bom exemplo de uma liga de combate à pirataria, uma irmandade de fazer corar de inveja o Lord Nelson. São uma frota pequena, mas com nomes sonantes e muito empenhada!
- Nota-se a motivação, é?
- Não, nota-se o desespero de causa. Está mesmo muito empenhada. Mas isso não diminui o brilho do seu sentido de oportunidade. E juntando meia dúzia de caras conhecidas acaba por induzir o público a reconhecer legitimidade à coisa, o que acaba por nos abrir as portas para as podermos fechar.
- Realmente, silenciando esses poucos palermas da internet acaba-se a contestação que ainda resta. Só é pena eles depois ainda poderem recorrer aos sms para organizarem as suas caldeiradas, como fazem na Grécia e na Primavera Árabe...
- Ó colega, francamente... Então porque julgas que se fala de gente das secretas de alguma forma ligada às empresas do ramo?