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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

23
Mai11

A POSTA NA DEMOCRACIA DE TELENOVELA

shark

Confesso-me saturado deste jogo do descrédito entre socialistas e social-democratas. A cada dia a Comunicação Social confronta-nos com uma nova suspeita, uma nova acusação, um novo aditamento à lápide da credibilidade das principais alternativas para um país em aflição.

Vejo os principais candidatos a Primeiro-Ministro de Portugal aproveitarem o único debate para se provarem mentirosos, algo de prever desde o desabafo de Passos Coelho quanto às negociações com Sócrates sem a presença de testemunhas e que nos deixou apenas com a certeza de que um dos dois é um mentiroso.

 

Claro que é fácil apontar de imediato o dedo ao suspeito do costume, mas confesso que me basta ficar com a certeza de que tenho cinquenta por cento de hipóteses de contribuir para eleição de um fulano sem honra e sem palavra, algo inerente à condição de aldrabão seja de quem for, para me sentir desconfortável.

Além disso, não é difícil encontrar mentiras (ou omissões, ou incoerências ou o que quisermos chamar-lhes) no percurso e no discurso do oponente mais destacado ao líder socialista. Basta estarmos atentos ao que os jornalistas nos oferecem para percebermos que não há inocentes nesta forma corrente mas nem por isso correcta de fazer política.

É perturbador assistir ao esforço permanente de emporcalhamento recíproco que se adivinha para os próximos dias pelo que já se vê, algo que no mínimo afasta as prioridades sérias do centro das atenções numa altura em que os indecisos são às centenas de milhar.

 

E ainda mais assustador o cenário se torna quando olhamos com mais atenção as restantes alternativas ao nosso dispor...

22
Mai11

A POSTA QUE NÃO ME APETECE BRINCAR

shark

Cada um de nós vive em função da conjuntura, da personalidade, da formação pessoal, de uma série de factores que nos distinguem por dentro e por fora, a influência do exterior que nos educa e acaba por nos encaminhar para determinada forma de estar que encaixa ou não nos valores que subscrevemos.

Essa diferença que nos torna únicos não impede que exista uma interacção, o apelo social irresistível que lima as arestas ou fornece os pretextos para ultrapassarmos aquilo que nos distingue e pode, pelo conflito de interesses ou mera incompatibilidade de vivências ou de características, afastar.

 

Por vezes as tais diferenças podem tornar-se obstáculos incontornáveis, quando o comportamento dos outros colide de forma frontal com a escala de valores que abraçamos. O conflito pode (embora não deva) nascer dos termos em que manifestamos a nossa opinião, esse exercício de liberdade de que podemos usufruir enquanto estiverem salvaguardados os seus limites mais ou menos consensuais.

Por isso confesso que estou a fazer um esforço para reprimir a expressão linear do repúdio que uma das notícias para encher chouriço de uma televisão qualquer me provocou, tentando moderar as emoções que as palavras deveriam transmitir.

 

Em causa está uma iniciativa levada a cabo em Braga, nomeadamente uma tomatada que um grupo de cerca de mil pessoas entendeu copiar dos espanhóis.

Durante dois ou três minutos vi no ecrã a forma como largas centenas de pessoas investiram a sua energia, o seu tempo e recursos, toneladas de comida, que poderiam salvar vidas noutro lugar qualquer. Mais de mil pessoas, numa praça, divertidas a arremessarem comida umas às outras apenas porque lhes deu para aí e não para encherem contentores com os seus projécteis improvisados e tratarem de os fazer chegar às bocas de outras pessoas que, neste mesmo país, jamais se divertiriam daquela forma por não terem com o quê. Nem força anímica para o conseguirem.

 

Podia agora dissertar uma moral qualquer, a minha, acerca do que está implícito de hostil na brincadeira tão pueril daquela gente minhota.

Mas prefiro entregar a ti que lês este texto a conclusão que a tua visão das coisas, a tua escolha, entenda extrair.

 

Já disse o que precisava de dizer.

21
Mai11

BARDAMERKEL COM ESSA CONVERSA

shark

A xôdona Merkel decidiu manifestar o seu desconforto por os portugueses se reformarem mais tarde e terem mais dias de férias do que os seus compatriotas na Alemanha e não faltaram as vozes da direita e da elite financeira portuguesa a aplaudirem a frontalidade da madame.

Pois eu acho que a xôdona Merkel e os seus admiradores portugas deviam ganhar vergonha nas caras e acrescentarem ao desabafo parvalhão e invejoso o desconforto devido ao facto de nesta altura se estar a discutir um salário mínimo para os alemães que deverá ser fixado em cerca do dobro do nosso.

20
Mai11

AQUELA PESSOA

shark

Aquela pessoa parecia emparedada pelas vicissitudes da vida, tentava impedir a vitória da insanidade temporária que se queria instalar de vez naquele olhar perdido nas imagens de um passado para onde fugia, sempre que se sentia à toa, em busca de um santuário para resguardar a lucidez.

 

Aquela pessoa parecia encurralada por uma situação lixada, tentava em vão procurar uma solução até que desistia, por algum tempo, e fechava-se num tormento muito seu, olhar aparentemente perdido num qualquer ponto mas na verdade olhava para dentro, alucinado pela pressão, abraçado a uma solidão que defende a pessoa do sufrágio dos outros nos momentos menos bons.

 

Aquela pessoa parecia isolada numa causa perdida, numa ilha deserta de alternativas que era um pouco como um naufrágio aos bocadinhos, afogada a pessoa em problemas da vida que a sufocavam, emparedada por detrás de muros que construíra pedra por pedra na sua mente alucinada, por detrás daquele olhar perdido num espaço profundo que a loucura, com a vontade que evidenciava de ali se instalar, nunca parava de escavar.

19
Mai11

A POSTA DEJÁ VU

shark

Até nem torci por nenhum deles, pois nunca escondi qual é a minha escolha na matéria, mas prestei alguma atenção ao confronto porque uma pessoa nunca sabe se às tantas até acaba por valer a pena.

Percebi que no início uma das partes iria jogar ao ataque e assim aconteceu. Contudo, a defesa contrária foi dando conta do recado e acabou por tomar as rédeas da coisa a espaços.

Foi uma falsa sensação de equilíbrio, já que entre um favorito e um contendor que toda a gente dá por antecipadamente derrotado existe sempre uma estatística e raramente privilegia este último.

Quando se jogou no miolo do terreno, onde imperam a inteligência e a convicção, a balança pendeu para um dos lados e foi aí que o resultado final se construiu.

Apesar de um bom esforço de recuperação, o mais fraco acabaria por baquear diante da maior experiência e da melhor estratégia. O vencedor antecipado acabou por segurar a magra vantagem até ao fim e mereceu a tal vitória que se adivinhava, dado o desequilíbrio de forças em campo.

 

Portas e Porto estão em forma e eu tenho a malapata de torcer sempre mais um bocadinho pelos perdedores.

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