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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

02
Nov10

A GANÂNCIA MAL CAMUFLADA

shark

A Telepac forneceu-me ao longo de mais de dez anos um serviço que não utilizei durante os últimos quatro ou cinco, pois acabei por aderir ao ADSL do Sapo. Da mensalidade aproveitei apenas uma caixa de email fraquita e nada mais, pouco para justificar a mensalidade que, no entanto, nunca entendi deixar de pagar até ao dia de mudar de instalações.

Ainda assim, quando tal aconteceu esqueci-me de avisar a Telepac porque dei baixa da linha telefónica associada (também do Grupo PT) e presumi que uma coisa estaria de alguma forma ligada à outra.

Não estava, como percebi quando continuaram a pingar facturas da dita mensalidade Telepac.

Ok, mea culpa, presumi mal. Mas esclareci o sucedido, enfatizando o facto de na prática ter estado anos a pagar para o boneco, e contei com o bom senso da dita empresa.

Contei mal.

 

É impressionante o descaramento, o desplante com que estas empresas ignoram as mais elementares regras da razoabilidade e arriscam (pelos antigos tiques monopolistas) a perda desnecessária de clientes com base em ninharias, em trocos no contexto do peso comercial do cliente e ainda mais miúdos tendo em conta a dimensão destes colossos.

Confrontados com os factos que acima descrevi, tentando apelar à razão de quem não a usa, os senhores do apoio ao cliente da Telepac borrifaram-se para o facto de ser exagerado quererem cobrar por um serviço que sabem não ter prestado pelo menos desde que deixou de existir a linha telefónica contratada no mesmo dia e à mesma pessoa.

Ou seja, agarraram-se ao contrato que diz que temos de comunicar por escrito com a antecedência de 15 dias e venha de lá o pão para malucos a que têm direito (tanto quanto deveríamos ter a um desconto quando os serviços falham por qualquer tipo de causa).

Fizeram mal.

 

Calha eu ser um cliente do grupo PT com três linhas telefónicas, ADSL Sapo, quatro telemóveis TMN e só falta o MEO em casa porque eles são uns nabos como algures já aqui descrevi. E calha que não gosto deste tipo de oportunismo descarado, pelo que abrirei pelas primeira vez em quase 20 anos às restantes operadoras do mercado para ver como a coisa funciona.

Pago, em média, mais de 150 euros/mês à TMN pelas comunicações móveis, mais ou menos 70 euros/mês para bandas largas TMN e cerca de 60 euros mensais à PT e Sapo.

 

É essa a quantia que o Grupo PT decidiu arriscar por causa da mensalidade de 11 euros da Telepac que não considerei justo pagar nas condições que acima vos refiro.

Temos os nossos interesses bem entregues, tá visto, a estas empresas públicas mal habituadas...

01
Nov10

A POSTA QUE NO LUGAR DOS RESPONSÁVEIS NEM CONSEGUIA ENFRENTAR UM ESPELHO

shark

Sempre que me predisponho a ver um noticiário televisivo acabo por me confrontar com situações que me perturbam.

Hoje calhou apanhar uma reportagem da SIC acerca do cemitério de Mueda, em Moçambique, onde morreram portugueses a lutarem (julgavam que) pela Pátria e alguns, os mais pobres, acabaram sepultados porque o seu país salazarista alegadamente tão patriota obrigava as famílias a custearem a trasladação dos seus.

 

Se à ditadura não posso perdoar a desfaçatez, o nojo que acima se deixa antever por negligenciarem em simultâneo os mortos e os vivos que os choravam, à Democracia não deixo de imputar a vergonha por permitir tamanho abandono das memórias dos que, mesmo ao engano, perderam a vida por algo que lhes diziam ser precioso, a sua Pátria. Era essa a firme convicção dos que eram arrancados a uma vida humilde para serem despejados numa terra hostil que lhes ensinavam a chamarem sua, por isso combatiam, recrutas, e por isso fazem parte do mesmo espírito que nos leva a louvar os que tombaram, por exemplo, a enfrentar o invasor espanhol.

Cada um dos soldados portugueses tombados a lutarem pelas antigas colónias ultramarinas é tão herói, na essência do seu papel e na missão de que eram incumbidos, como os que pereceram em Aljubarrota ou em Alcácer-Quibir.

 

As imagens das sepulturas degradadas, escondidas por detrás do capim por cortar, em absoluto abandono, agrediram-me por implicarem um abastardamento, mais um, por parte dos nossos governantes quanto a tudo aquilo que para mim uma Pátria significa.

Honrar os nossos mártires, pelo seu sacrifício e porque são nossos, é um imperativo moral. É uma obrigação tão importante como o respeito pela bandeira, pelo hino ou por qualquer outro dos símbolos da Nação que afirmamos amar.

Ver aquilo e ouvir a jornalista afirmar que o Estado Português não disponibiliza verba para a trasladação daqueles militares para junto dos familiares que deles ainda se recordam e dos outros portugueses que os devem homenagear é um soco no estômago, uma infâmia.

 

Ser patriota é, cada vez mais, a única defesa contra o lento processo de esboroamento da soberania à mercê da nova ordem europeia onde os mais pequenos não sobrevivem senão subjugados à progressiva normalização imposta pela sua fragilidade económica.

Por outro lado, do amor a uma Pátria faz parte o respeito que se exibe e se transmite de geração em geração para assegurar os vínculos que devem existir entre um cidadão e o país que é o seu.

 

E nessa perspectiva estas bandalheiras descaradas, estes desmazelos imperdoáveis, constituem, no meu entender e pelo menos no plano ético e moral que uma Pátria digna desse nome não dispensa, uma traição dos que escolhemos para gerirem o destino colectivo, uma mancha indelével que conspurca e desautoriza cada um dos responsáveis por omissão quando se empoleiram nas suas glórias fabricadas para se mascararem de pretensos amantes deste Portugal valioso que enterram aos poucos no jazigo paulatinamente construído pela sua evidente negligência.

01
Nov10

AFINAL AINDA HÁ GENTE OPTIMISTA!

shark

Apesar de muitos levarem a sério a previsão do final do Mundo para 2012, já depois de amanhã ou quase, constante do calendário Maia e perigosamente coincidente com a interpretação mais comum das alucinações visionárias de Nostradamus, é agora possível encontrar uma perspectiva bem mais optimista (sempre são 24 anitos de ganho, enfim...) e, naturalmente, com fundamento na fé e no rigor absoluto da Bíblia.

 

Ou seja, o fim do mundo irá acontecer muito para lá das previsões pagãs e foi adiado, no almanaque das catástrofes por acontecer, apenas para o distante ano de 2036, data em que o asteróide gigante Apophis dará ao planeta Terra a sua derradeira e apaixonada beijoca.

Devem pois evitar o desperdício de tempo a marcarem as férias para esse ano ou a acreditarem que em 2037 o Sporting será finalmente campeão outra vez.

 

Se não tiverem mais nada para fazer, nomeadamente a escavação de abrigos subterrâneos e o açambarcamento de provisões na arrecadação, podem ir já antecipando o apocalipse com este magnífico trailer onde a ciência e a fé se unem para nos oferecer a última tendência nas profecias do fim.

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