UM TRISTE NATAL LAMPIÃO...
...E um Jesus nas palhinhas chicoteado.
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...E um Jesus nas palhinhas chicoteado.
Hoje também ando por lá.
Uma das confusões mais frequentes que constato é a equiparação entre popularidade e capacidade. As pessoas julgam que uma coisa e outra estão inevitavelmente ligadas e associam-nas de forma leviana, o que se traduz, na essência, em reconhecimento imerecido para com quem apenas revela talento na arte da promoção de um só artigo que é o próprio.
A popularidade pode obter-se de diversas formas, sendo a menos frequente a do mérito e a mais popular (esta não foi sem querer) a do logro. Pode nascer a partir de uma simples coincidência (estar no sítio certo à hora adequada ou cruzar caminhos com o amigo certo a qualquer hora) ou de um investimento pessoal ou mesmo institucional (políticos, empresários...) na promoção de alguém que dá jeito catapultar para a ribalta, a versão oportunista que está também na base do método dos que não possuindo o mérito, o talento ou qualquer outro argumento são argutos e/ou vivaços o bastante para aproveitarem a tal confusão que acima citei e empoleirarem-se numa onda por si criada (a sós ou com o empurrão amigo de terceiros).
Não raras vezes a popularidade revela-se efémera, talvez pelos pés de barro da maioria mas seguramente também porque até aos candidatos à sucessão (os lugares de destaque não abundam) interessa desmascar embustes de ocasião logo que sentem chegada a sua hora.
É cruel, visto desta forma? Nem por isso, se considerarmos que existe uma forma de popularidade que perdura, que deixa o rasto do mérito que assiste a quem se provou acima da média em algum aspecto, em alguma área do interesse comum, e que muitas vezes quem mereceria não possui a sorte ou a perspicácia dos que se apoderam indevidamente desse estatuto que pode, nos aspectos corriqueiros da uma vida normal, fazer toda a diferença.
Por isso se esmeram, os penetras da moda, não por se transcenderem naquilo que têm para mostrar mas apenas por se conseguirem maquilhar à medida do que entendem ser do agrado generalizado e por rentabilizarem todos os meios ao seu alcance (mesmo os menos legítimos) no sentido de sustentarem essa condição.
Mas esquecem sempre que a popularidade pode ser forjada mas a capacidade não.
Agora que a Irlanda cedeu, é Portugal quem vai tornar-se no centro das atenções da rapinagem.
E serão nossos os calcanhares que o rolo compressor ameaçará pisar a seguir.
Sempre que fecho os olhos a um princípio e faço algo que não gosto nada de fazer arrependo-me.
Comentar em blogues com caixas de comentários filtradas pela moderação é uma dessas excepções à regra que se revelam cada vez mais dispensáveis enquanto fonte de pequena perturbação interior.
Mais uma vez o Governo do Sócrates contribuiu para fomentar a crise, pelo menos num sector específico da economia nacional.
Acabou a cimeira da NATO, um evento tão propício ao negócio do ramo, e as autoridades não permitiram a comercialização de uma unica montra aos esperançados vidraceiros.
Dificilmente a frase que dá o título a esta posta provocaria o mesmo efeito que o Eduardo Pitta condensou aqui.
Claro que agora que tem força de lei, a expressão caralho sofreu um rude golpe no seu potencial ofensivo e terá perdido alguma da virilidade verbal que tanto a popularizou no nosso léxico.
Contudo, a decisão desempoeirada que um tribunal out of this world tomou acerca do desabafo do militar da GNR para com o (provavelmente) caralhinho da bélgica do seu superior constitui um precedente que quase nos faz renovar a esperança numa Justiça que tem tresandado a bafio.
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