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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

24
Mai10

PURE CHESS

shark

- Ó Bispo das Pretas, porque é que o vosso Rei não deixa jogar o nosso Cavalo???

- Sabes, Peão das Brancas, é que Sua Majestade ouviu dizer que o Cavalo é da zona de Setúbal e ninguém lhe tira da ideia que pode ser de Tróia...

24
Mai10

ISTO VAI SER COMPLICADO, VAI...

shark

O seleccionador esqueceu-se que os jogos de futebol têm noventa minutos e acabamos a partida com dez.

O Ronaldo esqueceu-se das chuteiras em Madrid e parecia ser o único a jogar de chinelos.

O Paulo Ferreira esqueceu-se de fingir que ainda é um jovem fogoso e o lado direito não funcionou.

O Miguel Veloso esqueceu-se de ficar em casa e perdeu uma excelente oportunidade para não repetir a mesma figura que fez toda a época no Sporting.

O Liedson esqueceu-se do sítio onde fica a baliza adversária e nunca lhe acertou.

O Pedro Mendes esqueceu-se que para além de ser o jogador português mais feio desde os saudosos tempos do Sá Pinto anda com a alça muito levantada.

O Fábio Coentrão esqueceu-se de que o Cardozo ainda não se naturalizou.

 

O público esqueceu-se do sonho alimentado antes e durante o anterior Mundial e começa a preparar-se para o pior...

24
Mai10

AO FINAL DA PRIMEIRA PARTE O ZERO ABSOLUTO...

shark

Só posso, para evitar um chorrilho de palavrões, enveredar pela abordagem norte-coreana:

 

Terminou a primeira parte da gloriosa batalha contra a poderosa selecção africana que entrou em campo para abrilhantar a glória lusitana que aquelas camisolas vermelhas do sangue vertido (pelo nariz ou assim...) dos onze heróis portugueses simbolizam.

Apesar de o marcador indicar uma igualdade a zero, isso apenas implica que os nossos onze indomáveis foram impedidos de forma ilegítima (mais tarde tratarei de inventar boas desculpas) de obterem expressão da sua bravura e coragem no resultado da partida que vencerão pela Pátria.

De resto, a poderosa selecção africana só entrou em campo para abrilhantar a glória lusitana que aquelas camisolas vermelhas...

24
Mai10

A POSTA NA AMIZADE SEM CALORIAS

shark

Se há valor inerente à amizade que tem sofrido uma degradação acentuada ao longo das últimas décadas a lealdade assume um lugar destacado nessa condição.

Os amigos, os poucos que justificam tal designação à luz de um conceito de amizade digno desse nome, parecem desvincular-se aos poucos do compromisso de honra tácito que esse tipo de relação pressupõe.

A confiança, antes indispensável para distinguir um amigo de qualquer outra pessoa dos nossos conhecimentos, vê-se hipotecada a toda a hora em inconfidências, difamações e mesmo traições clássicas (as que derivam da proximidade excessiva, os amigos do peito com o dito mesmo à mão).

E o novo retrato da amizade, a moderna, acaba por assentar na partilha de banalidades e na distância prudente ou displicente que os moldes light em voga aconselham ou induzem na maioria da pessoas.

 

Sou particularmente sensível ao tema da lealdade porque dela deriva a possibilidade real de depositarmos confiança em alguém. E não me excluo dos amigos capazes de alinharem no abastardamento das relações, admito, pois não sou isento de culpas nesse particular. Resta-me o consolo de nunca ter ido longe demais, de não ter cometido alguns pecados dos muitos que senti na pele de protagonista da acção. Fraco, bem sei, para quem parece empoleirar-se num estatuto de grande elevação moral. É um equívoco, logo à partida porque nem sempre resisti à tentação de não pagar com a mesma moeda e porque da mesma forma que me indigno com certos exageros dos outros não deixo de me reportar aos meus e sempre com a mesma repulsa pelos comportamentos que sinto como censuráveis seja em quem for.

 

A lealdade não consiste numa espécie de recrutamento implícito nas contagens de espingardas entre amigos desavindos, como aprendi nos últimos anos. Vai muito para lá disso e implica, isso sim, uma garantia por parte de alguém que confia que não será traído/a por quem tome por mais próximo, nomeadamente familiares e amigos “da casa”.

Nem por esses podemos estender a mão sobre o fogo, pois corremos sério risco de nos queimarmos na proporção da confiança demasiada que depositámos em alguém.

E não podemos esperar que mesmo quem desmascaramos na autoria de uma deslealdade qualquer assuma essa falta e tente recuperar a confiança no futuro. O golpe é sempre de misericórdia pois as ligações acabam por se revelar tão fracas que desabam ao primeiro abanão, ninguém dá o braço a torcer porque não há quem reconheça algum mal na falha em aspectos que poucos, quase nenhuns, cultivam.

 

A amizade é quase uma obrigação, um ritual, vivida dessa forma precária, aligeirada, que muitos defendem porque lhes convém às naturezas insensíveis e egocêntricas. Faz falta poder dizer que se tem amigos, ainda que estes de nada sirvam senão de referências para encher a agenda dos telemóveis ou a listagem de contactos no email. Ou porque é bom ter pessoas emocionalmente fragilizadas, defesas desguarnecidas pela tal amizade que as torna alvo fácil de manipulação mesmo quando esta vai no sentido de constituir uma traição a outra pessoa, a outro amigo qualquer.

Seja homem ou mulher, pouca gente se dispõe de facto a investir numa amizade séria, à semelhança do que acaba por se reflectir na sua relação com o amor. As pessoas preferem de facto, talvez porque os tempos assim o exijam, relações descartáveis ou cuja durabilidade não dependa de qualquer tipo de manutenção. Querem amores sem restrições, amizades sem complicações, querem servir-se dos outros sem chatices nem alarido como acabam por aceitar, pela tal necessidade das listas preenchidas, que outros se sirvam de si para o mesmo propósito.

 

Claro que existem as excepções a qualquer regra e ao longo da vida conheci talvez uma meia dúzia delas.

Mas talvez esteja a pecar um nadinha por excesso nessas contas...

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