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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

30
Set09

ALDRABANA

shark

Aqui há uns tempos a Quercus acusou a ANA de estar a violar a lei e a permitir vôos (às dezenas por mês) de e para o Aeroporto da Portela muito para lá da hora limite estipulada para o silêncio.

A ANA, com enorme cara de pau, teve a lata de negar essa acusação.

 

Mas estes descarados aldrabões não têm em conta os milhares de pessoas que moram em redor do Aeroporto? Ou acham que somos todos surdos e temos o sono pesado à brava?

30
Set09

A POSTA QUE SÓ PERCO SE ME FICAR

shark

Prefiro sempre o consenso ao confronto e dou-me às boas sempre que tal se revela possível e o sapo nem custa assim tanto a engolir. No entanto, partilho essa tendência com uma outra que se não a desmente pelo menos contraria: não gosto que me façam de parvo. E é aí que o caldo entorna e não há paninhos quentes que consigam limpar a trampa que faço espalhar pelo chão.

 

É impressionante como as pessoas agregadas num determinado grupo se unem de forma espontânea em torno de uma causa tão mesquinha como virarem-se à parte teoricamente mais fraca para, no fundo, se pouparem a confrontos com outra parte com quem acreditam não poder sair vencedores em caso de conflito.

Os rebanhos assim criados enojam-me pelo comodismo, pela ausência de princípios e, acima de tudo, pela cobardia implícita. E são frequentes ao longo do meu percurso os momentos em que me vejo isolado do grupo a que julgava pertencer apenas por contestar alguém que, sendo exterior ao dito grupo, exerce algum tipo de poder sobre o mesmo e sem qualquer razão que lhe assista acaba por “mobilizar” o bando de chimpanzés amedrontados contra um qualquer elemento que entenda revoltar-se contra um abuso ou uma negligência.

 

Mais uma vez, e a propósito de uma merdinha tão insignificante como o trinco de uma porta de entrada de um edifício, vejo-me na posição de outsider e terei que lutar sozinho por algo que até seria do interesse comum. Na prática, a vizinhança preferiu hostilizar-me a reclamar uma intervenção junto do respectivo senhorio, um duro que só reconhece direitos e reage mal quando lhe acenam com obrigações. E embora eu pasme sempre perante a facilidade com que a malta se organiza para boicotar um fulano contestatário em detrimento de se unirem para vergar um fulano abusador (desde que mais “poderoso”), confesso que estou sempre a contar com este tipo de reacção por parte da esmagadora maioria de merdosos que povoam o meu dia-a-dia.

 

E lá estou eu a comprar mais uma guerra que dificilmente poderei vencer, sozinho com a razão contra a estúpida reunião de alimárias sem tomates para reclamarem um direito que é seu enquanto pagarem uma renda mensal, tomando atitudes que os outros, esses santos tão pacatos, consideram radicais.

 

Mas lá está: entre a inevitável consequência e o problema de consciência nunca vou sentir, haja o que houver, que faço parte do lado perdedor.

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