CHAMA-SE FÁTIMA
E se calhar por isso, fugir à Justiça não foi um pecado.
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E se calhar por isso, fugir à Justiça não foi um pecado.
Deu hoje entrada na creche virtual mais uma menina.
Foto: Shark
O calor insuportável na pele de quem passeia diante da fachada em obras de restauração, pretos e eslavos nos andaimes sem tempo nem vontade de mandarem piropos às gajas giras que passam na rua afogueadas com as suas peles bem cuidadas, o calor insuportável que tresanda no interior do transporte público apinhado de gente sem vontade de olhar a rua escaldante por onde se passeiam pessoas aquecidas e outras que andam perdidas, vagueiam, dentro de si próprias, e não sentem na pele os raios quentes do sol que ilumina nunca a morte mas sempre a vida, melhor ou pior, dos que as gozam sob o calor insuportável da roupa que a sociedade obriga, fardada de pudor, as que escorrem o suor da labuta e dizem que a vida é uma puta nascida para os consumir, talhada para os afogar na água salgada que se verte a trabalhar enquanto outros a saboreiam no mar, injustiça, sortes ou azares.
Vida ardente na rua espreitada por detrás da vidraça arrefecida na maioria dos olhares.
Realmente, a quem lembraria não deixar o rico comprar o iate? Cambada de invejosos, o país mergulhado numa crise e querem aumentar os impostos aos mais abastados. Parece que querem que seja toda a gente pobre, ou assim...
Manuela Ferreira Leite, e leite neste caso não é juventude, voltou às tiradas de luxo. E daquela mente brilhante com boca de megafone brotam estas pérolas para que o povo saiba que tipo de preocupações ocupam o pensamento profundo (das águas das Caraíbas ou do Mónaco) desta candidata a Primeira-Ministra de um país que se afundará sem apelo sob tal timoneira.
E se juntarmos o facto de Pedro Santana Lopes ter colocado o pobre, infeliz e miserável Martinho da Arcada no mapa das coisas que nos fazem perder o sono, temos bem desenhado o namoro à direita que pautará a onda laranja quando finalmente tiver um programa eleitoral para divulgar.
Foto: Shark
Nem sempre amamos da forma que melhor se adequa.
Se existisse um mar de palavras eu quereria mergulhar na rebentação das ondas.
Foto: Shark
...Aproveitando a amena cavaqueira acerca do tempo e das alterações climatéricas que bem tentam ocultar por detrás de uma estatística inflacionada aos últimos cem anos, ocorreu-me que nas contas da OMS acerca da propagação da Gripe A não estarão decerto incluídos os efeitos das catástrofes naturais na criação de condições extremas para o contágio.
É que na sequência de qualquer cenário de devastação as pessoas são obrigadas ao contacto próximo umas com as outras e em condições de salubridade precárias, exponenciando todo o tipo de doença contagiosa.
Em plena pandemia, custa-me a crer que as contas não ficassem irremediavelmente baralhadas...
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