DANCE WITH ME
Foto: Shark
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Foto: Shark
Eu não gosto da expressão “entrar na semana” porque não aprecio as semanas no seu início definido como regresso à labuta embora até goste do termo “entrar” de uma forma geral.
...Mas as minhas segundas-feiras estão assim, obrigam-me a arrancar em quinta...
Tenham uma semana porreira, cheia de dias montes de úteis e mais tudo isso que temos que acreditar que é para nosso bem e tem que ser e assim.
Logo que possa posto como deve ser. Porque vocês merecem.
Foto: Shark
Era o único filme português a concurso.
E arrebatou nada menos do que a Palma de Ouro em Cannes.
É obra.
Sei que já chego atrasado quanto à actualidade desta minha posta, mas nunca quanto à sua pertinência no contexto de tudo quanto sempre defendi aqui como na vida lá fora.
O badalado acto inquisitório que a TVI gosta de chamar entrevista e que foi protagonizado pela torquemada de serviço na estação do marido patrão, a inefável Manuela, constituiu um brilhante momento televisivo (algo de insólito naquele canal pimba) por via da performance notável do Senhor Bastonário da Ordem dos Advogados, o doutor Marinho Pinto.
É indescritível, de tão repugnante, a abordagem da TVI em termos jornalísticos. Dúvidas houvesse, a MMG deixou-as esclarecidas nesta ocasião e Marinho Pinto deixou exposta com a sua reacção frontal e sem paninhos quentes a f(r)actura que há muito o “Jornal Nacional” fazia por merecer.
De resto, o Bastonário que a MMG tentou encurralar por todos os meios fez algo que nesta terra de alimárias é pouco usual: foi sincero na sua reacção ao que qualquer pessoa consegue identificar como um julgamento sumário e viciado (a sentença foi lida em simultâneo com as alegações). E para isso, os hipócritas e os arrogantes nunca estão devidamente preparados, precisamente por não ser habitual.
Marinho Pinto, de quem podem discordar muitos advogados (o que não admira…), é para mim um símbolo do tipo de pessoa de que este país precisa para pôr ordem nesta barraca onde os medíocres se instalaram nos vários poderes (a Informação é um deles) e ameaçam corroer Portugal com o ácido das suas antipatias e com o veneno das suas actuações.
O Bastonário representa não apenas os profissionais decentes que a sua Ordem tutela como toda uma classe de portuguesas e de portugueses que definham à mercê das vergonhas silenciadas por quem é cúmplice activo ou por omissão do estado de coisas que só homens como Marinho Pinto podem combater. Foi disso que tratou a tal “entrevista”, de um braço de forças público entre os interesses obscuros de uma camada perniciosa e minoritária da população (como certamente acontece na Ordem dos Advogados) e um indivíduo que dá jeito entender como isolado para enfraquecer a sua causa que, por muito que doa a alguns, deveria ser a nossa.
E é a minha, deixo-o bem claro aqui.
Apesar de ser fácil animar o fenómeno de rejeição para com quem faz voz grossa em detrimento da falinha mansa politicamente correcta mas ineficaz (e cobarde), só mesmo quem queira deixar andar o regabofe pode insurgir-se contra outro alvo que não tudo aquilo que a MMG e a sua televisão de treta representam e tão bem deixaram transparecer nesta patética tentativa de conduzir à fogueira mais um obstáculo a amigalhaços poderosos ou simplesmente um circunstancial ódio de estimação. E a “vítima” não se deixou imolar pelo peso desse poder em mãos indevidas, esperneou, e acabou por atear o incêndio na pele arrogante de quem pretendeu a sua condenação.
Foi tão brilhante o desempenho de Marinho Pinto enquanto advogado e enquanto homem quanto desprezível se revelou o da Manuela na condição de jornalista e de pessoa.
E por isso vos digo que lamento não ser advogado para poder apresentar-me a Marinho Pinto como voluntário para o apoiar na sua guerra de forma incondicional.
Mas faço-o sem qualquer dúvida ou hesitação na qualidade de seu compatriota e de cidadão.Foto: Shark
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(Até à data...)
Foto: Shark
O fotógrafo estava lá e ainda ontem passou a pé no local.
Um pesado de mercadorias despistou-se esta tarde e saltou de um dos viadutos de acesso à ponte Vasco da Gama, acabando por tombar no passeio que ladeia a estrada que liga Moscavide e Sacavém, muito próximo da REN.
Trata-se de uma estrada com grande movimento de veículos e de peões, pelo que as consequências deste acidente de viação poderiam ser bem piores.
Desconheço, até à hora de publicação desta posta, se houve vítimas a lamentar embora tudo indique que apenas o condutor da viatura possa ter estado envolvido no acidente.
Ao longo do meu tempo de escola tive o prazer de lidar com professores que eram mestres do seu ofício, pessoas capazes de abraçarem a complexa e exigente tarefa de em boa medida substituírem (ou pelo menos complementarem) os pais na educação dos alunos, muito para lá do âmbito da estrutura curricular de cada disciplina.
E havia os outros, gente desequilibrada ou apenas incompetente para a função, que podiam transformar a vida dos alunos num inferno sem apelo, dado que de pouco servia contestar um professor perante os pais desse tempo, ensinados de pequenos a jamais fazerem reparos à actuação de gente rica ou poderosa, de padres, de médicos e de professores.
Era o que nos calhava em sorte e tínhamos que suportar em silêncio quaisquer desmandos e viver sem queixas as respectivas consequências na personalidade que nos competia formar.
Embora nunca tenha sido meu apanágio a submissão por inerência a estas vacas sagradas das gerações anteriores retive a lição do respeito à função e tive sempre como bitola os mestres que tive a sorte de se cruzarem com o meu caminho e apesar dos episódios foleiros (que todos vivemos de uma forma ou de outra) só não concluí uma licenciatura porque não pude ou não quis. Ou seja, apesar de tudo o sistema acabava por funcionar bem para a maioria e os casos aberrantes eram tratados dentro do maior secretismo e, naturalmente, sob a asa protectora da inevitável manta corporativa que poupava a classe, qualquer classe, a enxovalhos.
Isso não invalida, contudo, que alguns excessos de que fui alvo me tenham convencido de que me competia garantir que filho meu jamais se sentiria impotente perante uma actuação imprópria de um professor. Essa garantia pressupõe que considere legítimo qualquer meio de que a minha filha se possa valer para desmascarar os impostores que se fazem passar por professores e afinal não passam de gente frustrada ou mesmo insana que dá aulas apenas porque o respectivo “canudo” não lhes abriu outras portas.
Do mais recente escândalo mediático ligado à Educação neste país, o inenarrável caso da (senhora doutora) professora de Espinho que só uma gravação e respectiva divulgação dos seus delírios esquizofrénicos terá permitido afastar (suspender) da docência, retive a possibilidade de a aluna que registou uma das intervenções da lunática vir a ser punida por alegadamente violar o regulamento interno da escola onde tudo se passou.
É impressionante como muitas pessoas que aplaudiram a divulgação das célebres imagens da disputa por um telemóvel entre uma miúda calmeirona e uma prof minorca, tão a jeito para enfatizar o drama vivido por alguns professores, venham agora insurgir-se contra uma evidência de que a coisa funciona (mal) para os dois lados da questão.
E se concordo que é inadmissível o uso de um telemóvel numa sala de aula para amena cavaqueira, não duvidem que considero legítimo esse aparelho (ou qualquer outro) como meio de prova deste tipo de aberração. Prefiro seja o que for a imaginar a minha filha submetida a este tipo de situação sem nada ao seu alcance para se poupar a uma cena tão triste.
É uma pena, assistir à degradação progressiva do estatuto da carreira docente cujo papel é (deveria ser) preponderante no conjunto dos aspectos mais relevantes para a construção de pessoas em condições e de um país à sua altura.
Mas sem dúvida que nas actuais circunstâncias e se quisermos cumprir os objectivos a que nos propomos relativamente à educação dos filhos que temos não posso deixar de rogar mil pragas a quem ousar levar a cabo qualquer espécie de castigo a quem neste caso só pode ter sido tida como vítima de uma acumulação de erros e de omissões e nunca como culpada de coisa alguma.
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