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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

06
Fev09

A POSTA NA ANESTESIA GERAL DA CONSCIÊNCIA

shark

A questão da eutanásia, agora reavivada em Portugal pelo mediatismo do caso Eluana Englaro, adivinha-se mesmo de feição para reanimar as falanges extremistas do costume. Nomeadamente as que cerraram fileiras aquando da discussão acerca da interrupção voluntária da gravidez, sendo de presumir poucas alterações na composição das hostes.

Isso permite antever a repetição do habitual circo mediático, reunindo em torno da questão a palhaçada da argumentação extremada e os protagonistas de maior destaque dentro dos critérios televisivos, com o país a desperdiçar energia e empenho em debates impossíveis de se validarem enquanto factores de decisão ou mesmo esclarecedores da opinião pública.
 
A cultura democrática portuguesa não dá margem de manobra para discussões sensatas quando o assunto colide com a posição de algum dos poderes político, financeiro ou, no caso concreto, religioso e depressa se esgota a voz do bom senso quando surgem em cena os fetos desmembrados ou os cadáveres adiados que ateiam as almas e destroem pela base qualquer hipótese séria de argumentação.
No caso da eutanásia o melindre atinge o ponto de ebulição porque lida com valores mesmo à mão para alimentarem uma polémica pão e circo das que o povo engole com o fervor de quem toma a hóstia ou, do lado oposto da barricada, de quem deglute a liberdade individual de decisão como um manjar pagão de certezas absolutas.
O equilíbrio, o consenso, esses são apenas miragens nesta terra de oradores inflamados pelo oportunismo, pela hipocrisia ou apenas pela camisola partidária que tragam vestida.
 
O exemplo italiano ilustra (desnuda?) como uma democracia moderna consegue politizar uma questão já tão sensível de lidar fora do âmbito das tricas partidárias, convertendo um assunto sério numa ininteligível peixeirada.
É triste que tal aconteça, pois só mesmo quem não tenha já enfrentado uma situação na qual a eutanásia pudesse oferecer um último recurso contra qualquer forma de agonia ou não possua qualquer interesse no desenho da sociedade que a todos integra poderá permitir-se encarar a questão de forma leviana, abstencionista, e confiar as decisões mais importantes ao pendor circunstancial da balança política.
 
O tema irá certamente aflorar em força e não irão faltar oportunidades para contribuir de alguma forma para o respectivo debate, num futuro próximo.
 

Nesta altura, limito-me a chamar a vossa atenção para o braço de ferro inócuo que se avizinha, para o regresso de um folclore bem popular que apenas consegue dividir para que possa reinar quem quer interferir nas nossas vidas e se apresta para apropriar-se igualmente das nossas consciências.

05
Fev09

É APROVEITAR ENQUANTO DURA...

shark

São incontáveis os exercícios de bajulação a que me prestei pelo fulano. Estão espalhados por este blogue e testemunham a minha admiração por aquele que considerei o melhor entre os melhores desta comunidade, no tempo em que o gajo era um puto novo com tendências góticas (sacrificava coelhinhos brancos, o selvagem), com uma homossexualidade latente que lhe fervia nos gestos e nos mecanismos da erecção e uma criatividade na proporção do seu evidente desequilíbrio mental.

 

Corria o ano de 2004 quando o mundo o conheceu, espelhado (espalhado ao comprido) na sua galeria dos horrores onde aconteceu a carnificina do bom senso às mãos do cutelo da irreverência. Uma irreverência da treta, claro, pois o gajo não passa de um mero e acomodado burguês que até fala francês mas de piano só lhe tocam umas larachas acerca de bandas muito bizarras que o gajo conhece no mercado de LP’s usados para depois alimentar as suas dissertações.

 

É isso e umas merdas que aprendeu a fazer, ao longo de incontáveis momentos de ócio de que dispõe por não passar de um moinante sem vergonha, para colorir a sua tromba chapada em html que baptizou (só para quem não conhece o cromo ficar já uma ideia do burgesso em causa) de As Ruínas Circulares.

 

Confesso que é uma perda de tempo escusada, mas nem que seja pelo pitoresco da coisa recomendo-vos que vão dar uma vista de olhos na exumação perfeita de um cadáver virtual com muito bom aspecto.

 
05
Fev09

ACHO QUE É POR ME SENTIR FELIZ

shark

Existem períodos da minha vida em que me limito a observar as realidades menos agradáveis que o mundo me dá a conhecer, nas ruas como nos jornais. Apenas para não perder o contacto com a verdade completa daquilo que me rodeia, sem filtrar a vida nos seus melhores tons e limitando-me a usufruir do seu melhor, sem raciocinar em demasia as implicações de cada acontecimento foleiro que se produz.

 

E sem vontade de os escrever, também. 

01
Fev09

A POSTA QUE GOSTAVAS DE TER TOMATES PARA RETORQUIR ÀS CLARAS

shark

Por mais voltas que dê ao assunto não consigo encontrar uma base de sustento para qualquer raciocínio que me possa afastar do preconceito de que os comentadores que aproveitam o anonimato para mandarem umas bocarras não passam de uns cobardolas.

É um tema recorrente na blogosfera, dada a aparente tentação sentida por alguns (e algumas) para destilarem os azedumes por detrás da mascarilha (que já lhes deu mais cobertura no passado, agora às vezes entala-se um ou outra…) por não terem a dignidade e a coragem e mais uma data de coisas que fazem a diferença para melhor em qualquer ser humano.
 
Onde é que está a dificuldade de darem a cara pelas suas opiniões? Têm vergonha de serem tão mesquinhos/as e de se assumirem em público nessa condição?
Pois, é uma gaita a pessoa ter que dar a cara pelos seus impulsos destravados. Tem consequências desagradáveis, bem o sei. Mas é a única forma de não vestirmos a pele das criaturinhas merdosas que se arrastam num lodaçal interior e quando este transborda preferem manter a pala de pessoas de bem.
Não o são ou fariam de outra forma, com mais inteligência (por exemplo). Mas até podiam entrar a matar, sabendo de antemão que obteriam muito melhores resultados se assumissem a pele verdadeira por debaixo da mascarilha que tanto enoja quando a ideia é atacar a imagem dos outros.
 
Acreditem que não está sequer em causa para mim a legitimidade dos desabafos ou dos pretextos que lhes dão corpo. Apenas me repugnam desde sempre as denúncias anónimas, pela cobardia inegável por detrás de tal opção e que acaba acrescida pelas coisinhas de treta que na blogosfera costumam motivar quem não sabe reprimir as suas emoções negativas. Ou seja, se os/as cobardolas são incapazes de darem a cara por assuntozinhos irrelevantes é fácil de adivinhar a sua essência quando têm que enfrentar situações sérias de conflito ou de simples antagonismo com alguém.
 
E surpreende-me que pessoas aparentemente inteligentes não consigam chegar por si mesmas a estas conclusões.

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