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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

24
Fev09

DECIDAM AGORA

shark

Olhamos para o futuro com a esperança inerente a quem sempre acredita que estará presente no dia de amanhã. Fazemos planos, arrogantes, deixamos as coisas importantes para depois.

Esquecemo-nos, deslumbrados, dos planos adiados de tanta gente que nos falta agora, as pessoas que foram embora antes do dia em que julgavam, as pessoas que como nós adiavam os momentos que podiam viver num mais tarde que não lhes aconteceu.

Talvez estejam no céu, como gostamos de os acreditar, ou transformados numa energia a que chamo de amor que lhes permite olhar-nos, tão parvos, enquanto traçamos um rumo para o tal futuro que ninguém pode garantir.

 

Tudo o que temos, afinal, é o que podemos lembrar, aquilo que fazemos agora que podemos agarrar com as duas mãos e nada nos permite acreditar possível depois.

O tempo que avança, inexorável, com a nossa condição perecível a tomar forma nos espelhos que alguns tentam negar. As rugas que nascem para nos lembrar que a eternidade só é possível no que deixarmos para trás, a verdade que nos faz e que afinal se traduz em tudo aquilo que não deixamos por fazer.

A concretização de um amor que nada tem de errado, a conclusão de cada projecto adiado para quando der mais jeito como seria normal num mundo perfeito no qual os imprevistos, como a morte ou pior, jamais pudessem acontecer com qualquer um de nós.

 

A lembrança dos nossos avós já partidos, os seus passados debatidos à superfície com base no pouco que conseguimos apurar do que os possa recordar, os seus pecados esquecidos como o pó numa prateleira que alguém, o tempo, cuidará de soprar.

Os nossos filhos a crescer, os netos que não tardam a surgir para nos avisar talvez tarde demais que hoje é o dia de fazermos tudo aquilo que sentimos fazer parte da felicidade como a queremos experimentar.

 

Olhamos para o futuro como se tudo isto nunca pudesse acabar, com a fé desmedida de quem olha para a vida sem ponderar a hipótese de um fim que queremos sempre tão distante e esquecemos o que é importante com base nessa premissa errada.

 

A vida tão sagrada que nos compete usufruir como se amanhã pudesse nunca acontecer na nossa percepção individual, como se hoje fosse o dia final no calendário que o acaso reserva para cada um de nós.

O exemplo dos nossos avós, a saudade, os pais que lhes assumem a realidade de um estatuto que sabemos a caminho da nossa pessoa também.

 

O imperativo moral de abraçar aquilo que se tem agora, antes que tudo se vá embora por força da eterna mudança que compete ao tempo provocar.

Este tempo de que dispomos para amar quem nos queira, ainda que se viole a fronteira desenhada no chão por todos quantos aceitam uma razão supostamente universal e que na prática se confirma causadora de um mal desnecessário.

 

O sentido obrigatório no código de conduta de quem não alinha na disputa pelo politicamente correcto, de quem acredita que o caminho mais certo é aquele que hoje podemos pisar e ninguém sabe onde irá acabar e por isso se torna tão importante.

 

Um caminho que acreditamos para sempre porque não o permitimos abandonado às ervas daninhas que brotam de forma espontânea na terra por desbravar, tarefa deixada para amanhã.

Um destino forjado nas decisões desesperadas, nas paixões inesperadas que nos ensinam a viver aquilo que está a acontecer mesmo com ambos os pés fincados no chão que podemos pisar.

 

Cada passo tão firme, determinado pelo coração que nos sabe comandar.  

24
Fev09

SEM REDE

shark

Há muito tempo que não me permitia o luxo de escrever uma posta directamente no editor do blogue, depois de beber uns copos valentes. Sem rede.

Gosto de enfrentar os meus limites quando bebo demais, sempre gostei. Foi assim que me habituei a distinguir o ponto para lá do qual não respondo por mim. Costumo parar aí, mesmo no limiar do excesso que pode (mas não deve) conduzir a outros excessos por vezes fatais.

 

Fui criado a acreditar que um homem deve sempre saber controlar o efeito do álcool em si, deve escapar à tentação do embaraço público, da figura triste, do desrespeito excessivo pelas convenções.

Fui ensinado a nunca beber demais e claro que jamais obedeci. E foi assim que aprendi, à minha custa, enquanto era jovem o bastante para poder escudar-me nesse estatuto perante os tais limites ultrapassados com os quais fui aprendendo a lição que tanto me serviu quando me apeteceu beber demais na idade adulta.

 

Pelos vistos aprendi, pelo menos, a escrever uma posta de que não me possa envergonhar amanhã.

Vocês o dirão.

20
Fev09

UM QUARTO SEM LUZ

shark

Entrou no quarto sem ligar a luz, para que ela pudesse ficar na dúvida. Ouviu o som acelerado da sua respiração, confirmado o pressuposto da hesitação acerca da identidade do homem de entre os vários presentes na sala que a haviam disputado durante um jogo cujas regras definira ela mesma, o filtro que entendeu melhor servir o propósito da escolha para a qual se mostrara incapaz.

Agora aguardava na cama, toda nua, depois de mais de uma hora passada a escutar as vozes na sala que poucas pistas lhe forneciam acerca do potencial vencedor, de todos o melhor, que a mereceria dessa forma como um cavaleiro que a disputava num torneio e agora se aprestava para reclamar o seu troféu.

 

E ele entrou no quarto devagar, escutando o respirar da donzela que o aguardava sem saber quem caminhava agora para a beira da sua cama onde acabaria por se sentar, em silêncio, para começar a despir a roupa que o impedia de oferecer à sua amante conquistada o conforto suave e quente de uma pele.

Ela tentava descobrir em vão, pelo som da respiração, de quem se tratava. Qualquer deles a estimulava e por isso reunira na sua casa os quatro eleitos que julgava mais merecedores de obterem os seus favores naquela cama em cuja beira um deles, sentado, deixava já cair as calças no chão.

 

Quase explodia de tesão, o seu amante mistério, enquanto sem pressas desnudava a vontade de a possuir e se revelava tão interessado como antes o constatara por diversas ocasiões.

E ela fervilhava de emoção, arrepiada pela sensação que a apanhou desprevenida quando finalmente aquele corpo tão quente começou a entrar pelo outro lado do lençol. Estremeceu quando sentiu no rosto o toque suave de uma mão qualquer no seu corpo de mulher para o qual se encaminhou, passando pelos lábios com os quais beijou os dedos de raspão, a caminho do peito que não tardou a acariciar.

 

Ele saboreava o momento devagar, degustava, enquanto a acariciava com as mãos e com a boca que percorria as zonas mais sensíveis do pescoço daquela presa cobiçada por um quarteto de predadores a que chamava os seus amores mas sem nunca antes consumar a entrega que decidira diferente para a garantir especial.

Tacteou o corpo masculino em busca de uma resposta para a interrogação que a excitava, a identidade que procurava desvendar. Acabaria por tocar no ponto mais erecto do macho ganhador, aquele cujo valor se impusera aos demais e que agora já descia dos seios que lambia com devoção a caminho do ponto que prendia a sua atenção enquanto pensava na forma mais adequada de a conseguir impressionar.

 

Deixou-se ao alcance daquela boca esculpida a cinzel para que pudesse retribuir em simultâneo o prazer que fazia adivinhar nos beijos intensos no interior daquelas pernas abertas para si. Acabariam por descobrir o outro ao mesmo tempo, coincidência, e ela quase perdeu a consciência de si própria quando repartiu a atenção pelo efeito repartido da sensação que experimentava, tão amplificada pelas circunstâncias que havia concebido para aquela ocasião.

Naquele preciso instante esqueceu a dúvida acerca de qual o amante a quem tentava agora agradecer o empenho em proporcionar-lhe o prazer que sentia e que, deliciada, retribuía sem reservas ou pudores.

 

Ele acabaria por mudar de posição quando a percebeu satisfeita, sem permitir uma conclusão perfeita para aquele momento de reciprocidade espontânea, de felicidade simultânea que agora entendera partilhar de outra forma porque queria consumar a sua vitória penetrando aquele espaço que beijara com a convicção de quem se sente um campeão como ela lhe permitira pelos moldes que soubera impor.

Ela queria fazer o amor sublimado pelo valor comprovado numa disputa leal, numa abordagem menos convencional que a distinguisse aos olhos de cada um dos mais interessantes candidatos a que se sabia receptiva.

Cedo ou tarde acabaria por ceder à tentação e por isso decidira então ir um pouco mais além no arrojo porque sempre sentira nojo da hipótese de a julgarem vulgar. Preferia de todo arriscar quase tudo num jogo para mestres na arte da sedução como o haviam provado ao longo do tempo que lhes concedeu em privado para a convencerem da validade dos seus argumentos para legitimar as pretensões que leu em cada olhar que a agitou.

 

Ele já percorria o corpo magnífico daquela deusa como a sentia, com cada mão transformada numa guarda avançada que prenunciava a invasão que planeava daquele reduto acolhedor. Entrou nela com tanto ardor quanto lhe pedia com a voz quente que a ele estava interdito usar para que não pudesse revelar-se assim.

Ela pedia-lhe para avançar até ao fim na sua demanda, pois afirmava querer sentir-se comida pelo guerreiro melhor, pelo macho vencedor de entre o grupo que entretanto, na sala contígua, se fazia ouvir e ela tentava descortinar a voz que faltava para saber quem a tomava de assalto com tamanho vigor.

Acabaria por desistir desse objectivo, distraída pela força dos orgasmos que se sucediam a cada investida mais viril.

 

Ele tudo fazia para retardar o final daquela jornada que queria gloriosa, queria senti-la orgulhosa pelo acerto da selecção que o incluiu. A dado momento saiu de dentro daquele espaço anfitrião, rodou-lhe o corpo numa inversão de sentido para que se sentisse possuído também por detrás.

Ela deixou-se levar, gostava de se imaginar boneca de trapos naquelas mãos grandes que se transfiguravam em tenazes que se fincavam nas ancas e a puxavam com firmeza contra o homem que a possuía confiante de que seria mesmo de todos os quatro o melhor.

 

Sentia-se merecedor daquela fêmea perfeita, daquela princesa escorreita na simulação de uma puta que só ali se permitia ousar, na imaginação que decidira libertar à mercê de um apelo libidinoso que em nada conferia aos seus contendores a veleidade de a desrespeitarem na sua condição de mulher que sabe bem o que quer e nem por isso abdica da dignidade ou da altivez que qualquer senhora se pode arvorar.

Ela soubera enfatizar as características que exigia em cada homem que a queria, os factores eliminatórios que saltavam à vista quando lhes reconhecia a ausência e logo perdia a paciência para lhes aturar o discurso atesoado que percebia fundamentado numa sede excessiva que tornava clarividente a sua leitura das pessoas por detrás.

 

Como ele (quem seria?) confirmava que merecia por se revelar capaz do melhor sem se ter deixado arrastar ao longo de horas de conversa para as armadilhas conversadas que ela preparara, sabedora, para lhe poder traçar um perfil. Agora provava-se viril, sem que ela soubesse ainda quem era afinal aquele homem escondido pela escuridão mas certa de que se entregava a um dos poucos que lhe haviam aberto o apetite para os comer e ser comida, para poder abraçar o melhor que a vida pudesse oferecer.

Sentiu-lhe a vibração do prazer que não tardou a gritar enquanto a inundava, feliz, depois de a perceber necessitada de uma pausa retemperadora daquela euforia avassaladora que os tomara desde o primeiro segundo da aventura que planeara e agora, pelo menos assim o julgava, acabara de concretizar.

 

Ele não tardaria a denunciar a sua identidade oculta quando ao carinho que o distinguira dos outros somou o timbre familiar da sua voz e a esclareceu, questionado, que afinal todo o grupo havia empatado e a ele coubera a sorte num rápido jogo de azar que o determinara inaugural.

 

Ela sentiu um choque inicial perante as implicações dessa revelação, mas depressa se entregou de novo à emoção e aceitou de forma tácita a surpresa que qualquer esquema mesmo bem desenhado produz, quando o segundo amante entrou no quarto sem ligar a luz…

19
Fev09

ENCHIDOS ESQUALO S.A.

shark

Na verdade nem estão reunidas as condições mínimas necessárias para publicar uma posta decente, pois o dia tem sido implacável na indisponibilidade.

Mas confesso que já nem posso ver o boneco abaixo de cada vez que olho para o charco.

 

E sempre aproveito para vos relembrar que o fim-de-semana, essa maravilha, está mesmo mesmo ao virar da esquina!

18
Fev09

A POSTA NA GENTE MELHOR DO QUE EU SOU

shark

Se existe algo nas pessoas que me surpreende pela positiva é a sua capacidade para o perdão. São pessoas generosas, corajosas, as que conseguem fazer prevalecer os sentimentos positivos que nutrem por alguém. Mesmo quando a ofensa, o desleixo ou a pura indiferença lhes revela a diferença entre o seu sentir e o das pessoas que as desiludem avançam para a tentativa de reconciliação.

Não é fácil, nunca é fácil engolir o orgulho. O mesmo acontece com os desgostos que nos dão.

No mundo (social) em que vivemos, aquele que andamos todos a construir (?), a progressiva fragilidade dos laços entre as pessoas acaba por constituir o golpe de misericórdia nas hipóteses de dar a volta às situações desagradáveis.

E por isso se torna refrescante perceber que ainda existem pessoas assim.

 

Há quem as apelide de lorpas, de fracas, de dependentes ou de masoquistas. Chegam mesmo a ser pintadas como gente sem dignidade, sem coluna vertebral, submissas pela dependência de uma emoção ou apenas de uma qualquer ambição ou desejo que incida nas pessoas que as confrontam com verdadeiros insultos, agressões psicológicas (ou físicas até) que só o perdão consegue afastar do caminho futuro de qualquer tipo de ligação submetida a tais enxovalhos.

É injusto olhar assim quem revela a firmeza de carácter necessária para contornar os efeitos negativos com uma atitude conciliatória, com a segunda oportunidade que todos deveríamos merecer.

 

Quem me acompanha sabe que nunca escondi o meu desconforto pela falta de perdão que por norma é aplicada aos meus momentos menos bons. No mundo virtual somo exemplos de como passo de bestial a besta num ápice e nenhuma iniciativa da minha parte consegue lograr mais do que um acrescento de desprezo junto das pessoas de quem tentei reaproximar-me depois de, por minha culpa ou não, se ter verificado um desatino qualquer.

É frustrante, essa constatação porque acaba por me provar que palavras são palavras e emoções sérias só se podem entender nessa perspectiva quando enfrentam algum tipo de provação. É essa a prova dos nove para a solidez e o cariz genuíno dos sentimentos que qualquer um/a pode apregoar.

Isso torna-me particularmente sensível aos gestos de que outras pessoas são capazes, mesmo quando se deparam com factos bem mais complicados do que aqueles que posso invocar como sustento para os desabafos que, de resto, cada vez menos me permito aqui.

 

Dar os flancos é a expressão mais adequada para aplicar a quem ousa insistir em quem magoa e nem se digna pedir desculpa ou mesmo a recorrer a atenuantes (que sempre se conseguem providenciar), mesmo depois de evidenciada a culpa no cartório. É essa a prova de coragem (ou de desespero, nalguns casos) que distingo na força de quem se presta à insistência, por vezes sem olhar sequer aos danos colaterais que podem sobrevir quando quem nos é próximo não partilha da mesma generosidade na opinião.

Quem veste a pele da bonomia arrisca de imediato a crítica feroz dos que vêem as coisas numa óptica unilateral, somada às reacções extremadas que daí possam advir.

 

É mais um preço a pagar por essas pessoas que admiro mas jamais conseguirei imitar, como a vida me tem provado vezes sem conta. 

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