OLÁ, ELA É A MANUELA MOURA GUEDES
Para quem queira apanhar a verdadeira essência do espírito pimba da TVI não existe experiência mais enriquecedora do que assistir a um noticiário apresentado pela mulher do chefe.
A mulher do chefe não entrevista, opina. E quando pergunta visa apenas os pormenores sumarentos, o drama, o medo, a emoção. Depois opina, adjectiva e embrulha qualquer acontecimento devidamente transformado numa pasta (numa bosta?) em papel fantasia para impressionar audiências papalvas.
Mas o momento mais perturbador de qualquer noticiário da mulher do chefe é sem dúvida quando se constitui a dupla fantástica com a presença do inefável Vasco Pulido Valente.
Assim vale a pena ver telejornais. Com o absurdo noticiado por quem o protagoniza.