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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

15
Dez08

COMO EXERCITAR O PÉNIS

shark

Há muito que não me debruço sobre as buscas no Google que conduzem incautos a este blogue, embora seja um dos aspectos mais divertidos da “gestão corrente” que nós, profissionais da cena, fazemos a partir dos contadores.

Contudo, alguns critérios de busca vencem-me pela insistência.
E é o caso da expressão que dá título a esta posta inútil à qual tentarei dar uma roupagem de indispensável para não frustrar quem aqui chega em busca de algum manual de instruções.
 
Apesar de não ser um perito na matéria, acreditei em puto que valia a pena treinar as partes do corpo que pudessem ter uma utilidade no futuro da minha vida sexual que, na época, só podia ambicionar fabulosa.
Já referi algures neste espaço como um livro erótico me forneceu o magnífico exercício linguístico com azeitonas (uvas também serviam, numa falta) que se não transformou a minha língua num poderoso instrumento de prazer pelo menos mal não lhe fez e isso leva-me a partilhar agora um outro exercício que ainda hoje não me inibo de praticar: o levantamento da toalha.
 
Toalhinhas de bidé só mais de dez, sobrepostas
 
Claro que nesta altura já estarão a pensar: “grande coisa, uma toalha”. Mas se tiverem em conta um lençol de banho dos grandes talvez esta sugestão revele melhor o seu potencial.
E é potência que se procura, deixemo-nos de rodeios, quando buscamos no Google instruções para manter entretida uma pila durante os momentos de ócio ou no período de expectativa pré-queca programada.
O exercício é simples e consiste em converter o membro viril num toalheiro improvisado. Desencantem-se os que julguem fácil a prática da modalidade, pois requer um esforço físico e mental que o tornam por inerência muito saudável mas sem dúvida exigente.
Senão, vejamos.
 
Para levar a cabo o seu programa de treinos, o praticante do levantamento da toalha precisa apenas de um toalhão com um mínimo de 1,50m de comprimento por 1m de largura e, naturalmente, de um toalheiro. E é neste instrumento de treino que começa a componente mental do exercício proposto, pois para improvisar o dito suporte torna-se imprescindível uma capacidade de concentração que o insufle com o máximo de rapidez possível (sobretudo no Inverno, este aquecimento muscular quase instantâneo torna-se importante).
Uma vez obtido o necessário sustento para o atoalhado, o praticante deve pendurar o mesmo no toalheiro de circunstância e aguentá-lo o máximo de tempo possível, não deixando entretanto de tentar erguê-lo em movimentos semelhantes ao da halterofilia mas sem mãos.
Qualquer resultado abaixo dos cinco minutos e das vinte “flexões” implica a necessidade de repetir o exercício duas vezes ao dia no sentido de obter a endurance desejável.
 
Uma mensagem de esperança num futuro viril
 
Para os mais vocacionados para o culturismo posso sugerir a prática da modalidade após o banho e depois de utilizado o respectivo toalhão para a secagem, o que acrescenta maior peso e, naturalmente, exige ao atleta uma maior capacidade de resistência (vulgo força na verga).
Na qualidade de veterano do levantamento da toalha quero deixar aos mais jovens uma palavra de estímulo pois se um quarentão consegue dispensar o toalheiro convencional será legítimo ambicionarem uma performance digna de registo. Ao fim de alguns anos de dedicação ao fortalecimento da valiosa e imprescindível ferramenta poderão fazer com a mesma tudo aquilo que a maioria só faz nas suas mais arrojadas fantasias (da treta) contadas aos amigos no emprego ou no café.
 
Por hoje é tudo e deixo aqui os votos de que estes apontamentos possam contribuir para o sucesso de todos quantos somos responsáveis por manter níveis de desempenho satisfatórios (não descurar o treino da atitude, das maneiras), ficando em aberto a possibilidade de nos debruçarmos aqui sobre outras variantes susceptíveis de ajudarem os mais empenhados a prepararem o corpo para responder a qualquer tipo de solicitação específica da zona por ora abordada.
Isso dependerá, como é óbvio, do número de pedidos recebidos no email deste blogue, na caixa de comentários ou no contador de visitas.
 
Mas basta dar-me para aí.
15
Dez08

CARAPAUS DE CORRIDA

shark

A generosa União Europeia já começou a tirar com uma mão o que deu com a outra.

E para enoooorme surpresa de todos saiu beneficiado o país com maior peso na estrutura, algo que espanta apenas pelo óbvio...

 

A decisão aqui explicada pode de facto sair-nos cara e abre um precedente cujas repercussões futuras só conheceremos quando começarmos a dar pela falta e pelo preço mais elevado que estes cortes sempre acarretam.

Por outro lado, já só falta torpedearem a nossa frota pesqueira para acabarem com ela de vez.

15
Dez08

GHOSTMAKERS

shark

Os fantasmas existem e podem atormentar-nos sob as mais variadas formas.

Podem tratar-se de espíritos em transição, de figuras de corpo presente ou de reputações que se colam às pessoas como segundas peles.
Se as almas penadas assustam por se poderem constituir assombração, em teoria ainda por comprovar behond reasonable doubt, já os fantasmas de carne e osso ou os que derivam de erros ou de omissões passadas assumem-se nessa condição.
 
A imagem mais popular dos fantasmas coloca-os embuçados sob lençóis, uma estranha opção cinematográfica mas que pode explicar-se como uma metáfora para sugerir onde ou ao que estão ligados a maioria dos fantasmas que atormentam as consciências da maioria.
Podem tratar-se de medos ligados a desempenhos menos bons na cama e respectivas sequelas ou apenas a ciúmes que, como todos sabemos, incluem inevitavelmente o espectro alvo da assombração tradicional no quadro negro que as pessoas traçam quando se presumem ou descobrem “traídas” por espíritos não do outro mas deste mundo. E em boa parte das ocasiões acabam por se revelar tais imagens tão fantasmagóricas como as ameaças espirituais que, na prática, nunca se provou sequer existirem de facto.
 
Contudo, as reputações constituem provavelmente os fantasmas mais insistentes das três categorias que enumero acima. E duradouros também.
As reputações, que embora possam ter alguma conotação com os lençóis por eventualmente nascerem sob a cobertura dos mesmos acabam por poder erguer-se das tumbas a qualquer pretexto, perseguem-nos como assombrações constantes, permanentes, durante toda a vida em casos pontuais.
Mais facilmente se exorciza um fantasma daqueles a sério, com correntes arrastadas pelo chão e através de paredes e de portas, do que se desmente determinada reputação que acabe colada à imagem que damos de nós.
 
Se existem, em teoria, recursos ao nosso alcance para enviar para o Além propriamente dito as almas encravadas a meio do caminho os mesmos são escassos e pouco eficazes quando as pessoas se confrontam com as restantes categorias de assombração.
Os de carne e osso, demasiado tangíveis para podermos ignorá-los, podem ser banidos da existência com uma boa dose de mentalização embora possam regressar nos momentos mais inesperados para nos desmentirem o excesso de fé na sua transição bem sucedida para uma outra vida que não a nossa onde dispensaríamos a sua intervenção.
Ainda assim, acabam por manter uma presença relativamente distante e aparições meramente casuais.
Mas para o fantasma de uma reputação não existe antídoto de eficácia comprovada.
Uma vez criada em nosso redor cristaliza como uma aura provavelmente definitiva que nos persegue em qualquer lugar e condiciona muito mais do que qualquer outro espírito da coisa (sendo que a coisa são as nossas vidinhas à mercê dos ghostmakers em que um episódio infeliz ou apenas uma má interpretação por parte de terceiros nos pode tornar).
 
Esta última característica torna as reputações no fantasma mais cruel, irónico até, por poder facilmente ganhar corpo, passe o trocadilho, no interior de cada um de nós. Ou seja, por poder ter origem nas nossas atitudes, nas nossas palavras ou mesmo no conjunto daquilo que somos e nos medos que isso possa inspirar em alguns outros convertendo-os numa espécie de zombies que nos perseguem com o eco de uma má fama, talvez um boato, talvez uma associação de ideias tão fácil e instantânea como uma sopa knorr ou maggi, até nos acreditarmos possuídos pelo fantasma de algo que em boa medida nada tenha a ver com a realidade dos factos ou das nossas intenções.
 
São assim tão fiéis os fantasmas das reputações ao padrão convencional.
São interpretados como forças do mal, são quase eternos (podem até acompanhar-nos a imagem para lá do fim terreno), podem assombrar-nos cobertos pelos lençóis.
 
E atravessam paredes e portas mas entram ainda com mais à vontade nos frágeis revestimentos dos cérebros que se deixam possuir sem tentarem resistir à tentação demoníaca dos rótulos que dão um imenso jeitão a quem prefere acomodar-se à familiaridade fácil de uma constatação leviana do que prestar-se ao apuramento da verdade “científica” por detrás e que, regra geral, acaba por conseguir desmistificar as mais realistas assombrações que com uma simples aceitação tácita de dados adquiridos ou de experiências passadas se pintam.
 

Sem ligarem importância a quaisquer dados que noutros cenários e conjunturas eventualmente as desmintam.

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