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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

27
Nov08

SEM DÚVIDA ALGUMA

shark

As dúvidas desfeitas em pó, espalhadas pela estante onde velhos livros se perfilam como sentinelas capazes de dispararem as palavras para arrasarem qualquer interrogação.

O dedo que passo na madeira, sobre os despojos da hesitação que a dúvida instiga, enquanto escuto essa triste cantiga que fala de desencontros entre as pessoas e os seus tempos, a pele suja pelo detrito de todas as perguntas que ficariam por responder se um dia não tivesses querido ler nos meus olhos a exclamação esclarecedora quando o acaso nos cruzou e tu, observadora atenta que os perscrutou, folheaste sem pressas os talões do depósito de amor que neles escrevi, de propósito, só para ti.
 
Os caminhos que percorri entretanto, à deriva num deserto interior que invade os espaços vazios do amor cuja falta nos desidrata ao ponto de o espelho nos revelar o aspecto ressequido do olhar com uma alma sedenta por detrás, foram meras travessias de quem se sentia capaz de avançar sem rumo, alheio às pegadas efémeras sopradas como fumo pelo vento que moldou o areal do passado que afinal não deixou rasto enquanto o presente não me ofereceu um futuro pavimentado, um caminho onde ficou gravado cada passo que demos a dois.
 
As dúvidas desfeitas depois, espalhadas pela estante onde se guardam livros cujas lombadas de um tempo distante evocam a memória das perguntas que fizeram a história que o nosso romance contará a quem um dia procurará as mesmas respostas que cobrirão, com as cinzas de dúvidas sopradas por outra respiração, o rasto deixado na madeira pela passagem do meu dedo à superfície do mar onde o tempo as sepultou.
 

Sob as certezas que o amor (em palavras tatuadas nas peles beijadas) nos legou.

26
Nov08

DE MODOS QUE É ASSIM...

shark

Isto hoje não tem dado abébias para postar, mas digo-vos que está a ser um dia cheio de insólitos...

Dá mesmo cada vez mais a ideia de que deixou de haver espaço para a má onda no inferno e agora anda a malta a distribuir a coisa por aqui, em pequenos apontamentos de abuso do poder, de excesso de zelo ou simples alucinação.

25
Nov08

JAMAIS O SILÊNCIO!

shark

Às vezes custa-me escrever, ou pelo menos publicar, postas acerca de temas menos agradáveis pois já nos bastam os noticiários para nos franzirem o sobrolho.

E eu gosto de acreditar que quem aqui vem nunca vai sem uma qualquer sensação positiva, um ligeiro sorriso, uma insuspeita emoção agitada ao sabor das minhas palavras ou das imagens que recolho porque quero mas para cada um/a de vós.
Seja o que for, prefiro-o positivo e por isso hesito quando me confronto com a decisão de embicar por um assunto qualquer que me irrita ou perturba.
 
Custa-me partilhar convosco essas emoções negativas. São minhas, fazem parte da verdade que na medida do possível tento aqui reflectir, mas prefiro adivinhar-vos as reacções de agrado por algo de belo ou diferente ou inteligente ou qualquer outra das coisas que as minhas postas possam ilustrar.
 

Mas hoje é o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres e eu não posso nem quero fazer de conta que não sei…

25
Nov08

A MALTA FALA, FALA...

shark

Escuto os desabafos no café, à entrada das lojas e no meu contacto profissional constante com pessoas de todas as idades, classes sociais e cores partidárias.

Somos povo, e eu ouço o povo que reclama a Justiça na qual perdeu a confiança e redescobre aos poucos o temor. E ouço o povo que murmura desânimo pela impotência perante a roubalheira cada vez mais descarada por parte dos que não olham da mesma forma para cada fim de mês. E ainda escuto as descrições de como cada vez mais povo desvia das garras fiscais os impostos que sustentam "a corja", confiando os rendimentos aos elaborados esquemas que fazem prosperar a economia paralela.

Também ouço o povo ameaçar que emigra, que foge, que abandona aquilo a que chama "esta merda de país".

 

Mas ainda não ouvi povo algum a gritar ou a sugerir sequer qualquer espécie de revolução...

 

 

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