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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

19
Nov08

A POSTA QUE A MIM, LAMPIÃO DA ESQUERDALHA, ATÉ DÁ JEITO...

shark

Acho admirável a pachorra dos portugueses para com os seus líderes ou responsáveis por qualquer sector. Podem até dizer cobras e lagartos de quem os chefia ou apenas assenta no topo da pirâmide de uma organização qualquer, mas deixamos a coisa correr mesmo quando é evidente o erro de casting.

Vejo esse fenómeno espelhado na insistência do Sporting numa dupla de cretinos, presidente e treinador, que estão a escavacar o popular clube lisboeta. Mas ainda o vejo mais nítido na forma como o PSD atura os desmandos da sua Manuela tonta.
É que se num clube desportivo, sabendo todos aquilo que está em causa, não chovem os candidatos à liderança, no maior partido da oposição seria no mínimo confrangedor chegarem à conclusão que têm mesmo que amparar uma líder manca.
 
Das várias e cada vez mais infelizes declarações daquela que parecia ser uma promessa adiada dos laranjas, a de ontem (a que fiz alusão numa posta mais abaixo) foi a mais grave de todas.
E isso não passa apenas pelo teor desastrado (descarado?) da intervenção de Manuela Ferreira Leite, embora isso já constitua um péssimo augúrio para o acto eleitoral que se aproxima.
Do ponto de vista político, a calinada da líder do PSD constitui um revés igualmente na forma como o protagonismo de MFL abafou por completo a oportunidade que as declarações do Banco de Portugal a propósito da situação real da economia (que desmentem de forma flagrante as previsões “optimistas” com que o Governo se escuda aos efeitos secundários da crise financeira global) constituíam para poderem finalmente fazer oposição a sério.
 
Nesta perspectiva, a líder do PSD não se limitou a dar um tiro no próprio pé. Atirou também para o ar a distracção perfeita para a secundarização do que verdadeiramente interessava ao seu partido em termos de estratégia político-partidária.
 
E se eu não percebo como é que os adeptos leoninos assistem impávidos à desagregação do seu clube às mãos dos lorpas, ainda menos consigo entender a reacção amorfa das gentes do maior partido da oposição num país subordinado a uma maioria absoluta perante os desvelos da sua péssima escolha.
Sobretudo jamais lhes perdoarei se permitirem a recandidatura à Câmara de Lisboa por parte do imbecil que privou a minha filha e a mim próprio da Feira Popular que tanta falta nos faz.
 
Essa afronta já não entra naquilo que se pode esperar no domínio natural de um grupo passivo de alimárias capazes de engolirem em seco tanta tolice, entra directamente no que entendo por prejudicial aos interesses na Nação no seu todo pelo que está em causa.
O preço a pagar, nas urnas, poderá ser o prenúncio do funeral social-democrata em matéria eleitoral por vários anos.
 

E se ao Sporting agito com um fantasma chamado Boavista, ao PSD aceno com uma nova ASDI mas muito mais desmobilizadora e certamente bem mais apetrechada de argumentos e de pessoas.

19
Nov08

PALAVRAS SEM ROSTO

shark

Sai cara, a palavra (e o resto), quando a proibimos num texto e pagamos a coima interior da arrogância de nos presumirmos capazes de recorrer a essa palavra ou a outra qualquer sem pruridos ou hesitações.

Pode custar-nos milhões na divisa que utilizamos nas despesas que efectuamos no coração e na cabeça, os lucros escassos de um negócio que pouco compensa na fraca cotação de cada gesto, de cada acção que nos sirva de indicador.
 
Sai cara, aparvalhada, a promessa apalavrada na consciência quando ardemos no sagrado inferno das melhores intenções.
Pode custar-nos as ilusões mais necessárias para fazermos das nossas histórias um guião com um final feliz, o sucesso da película na bilheteira de uma existência à maneira e livre de colapsos inesperados de partes da estrutura que nos sustenta a convicção de sermos os protagonistas de um filme realizado por antecipação.
 
Sai cara, a desilusão, quando essa palavra constitui uma traição às mais elementares expectativas.
Pode custar-nos a perda das vidas que investimos num dado sentido que só descobrimos invertido quando a vida nos apanha desprevenidos em contramão e o choque frontal nos fractura o pedestal da confiança e nos sangra boa parte da esperança até o futuro nos parecer exangue de tons rosa.
 
Sai cara, cada linha de prosa arrancada aos pedaços de entre os farrapos das palavras castigadas num doloroso processo mental que não admite epidural alguma.
Pode custar-nos, afinal, uma fortuna impossível de reaver ao longo deste tremendo desafio.
 
Em palavras que fazem doer na sua cesariana a sangue frio.

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