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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

07
Nov08

A POSTA COMENTADA

shark

Por mais que me esforce por entender e até por aceitar os argumentos que levam a malta a moderar as caixas de comentários, não consigo atinar com o sistema e, muito sinceramente, acabo por desistir de comentar os vários blogues “securitas” que frequento.

 
Existem diversas abordagens para as caixas de comentários de um blogue.
A mais comum, felizmente, é aquela que encaixa no meu figurino. E esse defino-o de forma simples: se abrimos um blogue é para partilharmos com outros aquilo de que somos capazes e para fomentarmos a interacção implícita na existência das caixas de comentários. Isso, para mim (opiniões há muitas), é um blogue como o entendo.
Daí, só considero “normais” as caixas abertas e sem restrições, nem mesmo engulhos como o do filtro das letrinhas que só chateia.
 
A moderação de comentários é a forma híbrida de assumir uma caixa. Sim senhores, podem botar faladura mas como há quem se estique e porque manda quem pode só é publicado o que se quer, após aprovação dos donos da casa.
É assim que a coisa me soa e tresanda a lápis azul, qualquer que seja o malabarismo encontrado para o pintar de outra forma.
Não vale a pena melindrarem-se os/as que construíram com todo o carinho as suas justificações para esse cadeado virtual, pois tenho malta amiga que adoptou a doutrina do ferrolho e isso não invalida que as (minhas) verdades sejam para serem ditas…
É a opinião de um gajo qualquer que anda nisto há quatro anos e nada mais.
 
Outra abordagem cada vez mais em voga é a eliminação pura e simples das caixas, algo que igualmente contraria a minha versão pessoal mas transmissível do que um blogue representa, mas que pelo menos é frontal na intenção de quem a adopta. Estou aqui para me oferecer ao mundo mas dispenso a sua retribuição, obrigado.
É a solução dos que não pretendem comunicar em duas vias e não têm pachorra para manter um site. É pena, mas é compreensível. E é uma posição clara e sem ambiguidade alguma, mérito que lhe assiste por comparação com a moderação que já citei e a que se segue, a que mais me desatina.
 
Nunca vou entender e ainda menos aceitar os blogues com caixa aberta onde é possível comentar sem restrições mas para o boneco. Ou a boneca. A pessoa comenta e ninguém responde de volta.
Eu não sei como é que vocês entendem um blogue, mas eu sinto-o como uma casa minha. Da mesma forma, entendo a comunicação blogueira exactamente como a que mantenho lá fora e por isso transporto para o diálogo virtual regras análogas às do mundo lá fora.
Reles visitantes do meu espaço de qualidade superior, podeis prestar-me vassalagem com umas palavrinhas mas não conteis que me exponha à troca directa de impressões com plebeus (anónimos ou não).
Sinto esta postura exactamente assim, arrogante e malcriada.
Acabo por não repetir a graça, quando me deparo com este tipo de atitude na sequência de uma intervenção em qualquer caixa.
E insisto, não passa da minha forma de entender as coisas, influenciada pelo gajo que sou e pela minha perspectiva acerca desta treta toda. Não justifica, portanto, qualquer espécie de amuo e enquadra-se naquilo que sempre defendi e que, bem ou mal, longe de me tornar consensual nunca me retirou legitimidade enquanto membro desta comunidade que a gente forma.
 

E nesse sentido, a soma das nossas opiniões acaba por moldar o colectivo e cabe-nos cumprir o nosso quinhão no que toca a influenciar aquilo em que ele se torna.

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