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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

05
Nov08

A POSTA NA OBAMANIA

shark

A fome no Mundo não vai acabar amanhã, a pobreza também não. Nem a crise que nos apoquenta.

Contudo, a vitória de Obama implica o regresso da esperança em dias melhores. Algo que nos últimos anos, por via da leviandade eleitoral dos americanos que os levou a errar e a insistir na fórmula Bush, esteve fora da equação. No futuro já nem víamos mais do mesmo, antevíamos pior.
Esta posta não é, nem pretende ser, uma crónica política das muitas que certamente se produzirão em torno do que esta mudança no leme da nação mais poderosa do planeta implica.
É apenas um eco dessa fé a que nos podemos permitir quando sabemos que para pior, com Obama, é mesmo impossível.
 
Confesso que se o candidato democrata fosse um John Kerry ou um Michael Dukakis ou outra figura sem classe ou carisma, talvez nem desdenhasse a substituição do grunho por um homem como McCain. É que nisto da liderança, mais do que a cor política interessa o calibre do timoneiro. E um dos méritos de Obama foi precisamente o de conseguir superar com as suas características as de um opositor que tinha tudo para lhe dar luta.
O novo presidente dos Estados Unidos transmite uma confiança, uma certeza e uma calma indispensáveis para quem se prepara para gerir, nos planos económico, social e sobretudo da política externa nada menos do que o caos.
É essa a herança que a Casa Branca representa nesta altura.
 
A Obama compete pacificar as relações conturbadas do seu país com boa parte das nações que se sentem hostilizadas pela arrogância com que Bush geriu (gerou) os seus desafios e eliminar a distância criada inclusivamente junto da população dos países seus aliados. E essa, colossal, já constitui uma missão titânica para quem já carrega, entre outras, as expectativas e exigências redobradas a nível interno pela própria cor da sua pele.
 
No contexto das múltiplas ameaças no horizonte global, a vitória do candidato certo pode (vai) fazer toda a diferença, ainda que leve meses ou mesmo anos a repercutir-se de forma significativa no nosso quotidiano. Nem o tradicional orgulho europeu permite relegar para segundo plano a relevância do que emana de Washington nos destinos desta esfera azul minada por conflitos, pelo ódio e pela desagregação de muitos dos pilares que sustentam o normal desenvolvimento do mundo no seu todo.
E mais vale dependermos de quem possua a sabedoria necessária para exercer o poder.
 
Por isso espero que os americanos, agora que responderam presente na hora da verdade, saibam unir-se em torno do seu novo Presidente e não descuidem a sua protecção contra as más vontades que no passado já se provaram capazes de destruir os sonhos e as ambições mais consensuais com a sua lei da bala.
 

Yes, they can.

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