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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

03
Out08

PLATONIA

shark

Percorro a escuridão da caverna iluminado apenas pelo facho imaginário do teu olhar.

Tacteio as paredes de pedra e sinto nos dedos o calor húmido do interior de um corpo que me é familiar.

Em busca do tesouro perdido no galeão naufragado em dias de temporal que soprei como um deus maligno, incapaz de reprimir a tentação de brincar com o destino e provocar um desatino irreparável daqueles que obrigam a enclausurar corações feitos de ouro, tão sensíveis, na protecção necessária.
No esconderijo de um baú.
 
E agora colaboro comigo num penoso castigo à procura de panaceias e de soluções afundadas a dois num desterro qualquer. O teu corpo de mulher nos meus sonhos ansiosos que cortam a respiração. Apneia do sono que doseia o engano em pequenas porções do pesadelo que assume a forma que lhe dou.
Na minha mente incomodada pela ausência de explicações para o seu constante vaguear nos mundos paralelos que constrói. Os mesmos que destrói quando se submete prostrada ao poder da razão que me explica quem sou.
 
A doce ilusão do teu calor, passo a passo, na penumbra de um espaço feito de sombras que abraço a fingir enquanto tento dormir acordado sem ti ao meu lado e agradeço esse flagelo que acarinho como uma lição.
Dentro de ti dentro de mim, entregue aos devaneios que me mergulham nos teus seios com a boca desenhada pela imaginação que deseja. Uma boca que te beija de lés a lés, desenfreada, à solta no céu, livre na lembrança daquilo que nunca aconteceu.
 
O amor que se fez na última vez em que não consegui acordar com o beliscão que julgava sonhar.
 

E que afinal me doeu.

02
Out08

A POSTA QUE NÃO VOS SEI EXPLICAR MUITO BEM

shark

É muito escorregadio o terreno onde se move quem pretenda retratar as emoções alheias. Em causa está a facilidade com que se resvala para o piroso, para o excessivo, para o oportunista até.

O desafio é por isso colossal e aumenta de forma exponencial quando as emoções em causa são daquelas a que (quase) ninguém consegue ficar indiferente, sendo fácil ultrapassar a tal fina barreira entre o mau gosto descarado e a sensibilidade discreta que uma visão objectiva dos factos pode englobar.
 
Isto a propósito do primeiro post em mais de quatro anos que me arrancou lágrimas a sério e que o Marco arriscou publicar porque considerou (como eu o faria no seu lugar, pai de uma menina como ele é) que se tratava de um dos raros exemplos em que os tais limites foram respeitados e por isso, pelo menos por isso, justificava-se a divulgação do trabalho em causa e que me virou todo do avesso por dentro precisamente pela (chamemos-lhe) elevação da abordagem a um tema que só mesmo uma minoria consegue tratar dentro dos parâmetros que possamos considerar aceitáveis.
Mesmo não havendo forma de aceitar (lidar com) situações como a que o post retrata.
 
Enquanto escrevo esta posta, na ressaca do impacto que senti, percebo o quanto é difícil medir as palavras para não ser eu a protagonizar uma abordagem lamechas ou palerma ou seja o que for que possa suscitar a quem aterre neste, enfim, desabafo que é também o reconhecimento formal da capacidade de discernimento de um homem que também é pai e por isso terá sentido a mesma dificuldade (maior, pois a iniciativa foi dele) na decisão de divulgar ou não o trabalho da Jornalista em causa.
 

E é por isso que faço esta posta sem saber muito bem com que objectivo, pois por um lado não recomendo a quem se impressione com estas coisas que visite o Bitaites e siga o linque para as fotos que me partiram todo e por outro não podia deixar de partilhar convosco o assunto que mexeu comigo, encontrei-o da blogosfera e deriva de um dos raros (raríssimos) blogues que esmagam o meu umbigo ao ponto de os considerar melhores do que o meu.

02
Out08

VAIDADE BLOGUEIRA

shark

Para quem ainda tivesse dúvidas acerca do calibre dos Gato Fedorento, a entrevista que deram no programa Dia D da SIC Notícias bastaria para deitar por terra quaisquer veleidades: dá gosto perceber como não são apenas os medíocres que conseguem ser bem sucedidos neste país.

 

Tenho muita pena que a blogosfera ainda não possua capacidade financeira para competir com outros meios e agarrar o quarteto fantástico que aqueles gajos se provam.

Pág. 8/8

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