Alertado pela Fernanda Câncio, depois de para lá encaminhado pela Jonas, decidi na qualidade de controleiro parental verificar in loco a ameaça potencial no Magalhães que a minha filhota vai utilizar.
Fui ao Google e introduzi (no Google) a palavra vagina, tentando perceber que conteúdos pouco recomendáveis a crianças de seis anos poderiam infestar o santo monitor da herdeira.
O choque! O horror! A minha filha, caso eu não exerça o meu controlo parental rigoroso sobre a máquina infernal com nome de navegador azarado, vai ficar entre outras coisas a saber ISTO!.
Pior ainda: os amigos e futuros candidatos a genros aqui do mangas, os poucos que sobrevivam ao crivo apertado do pai esqualo, terão que ignorar a facilidade com que se dispensam as gajas do nosso quotidiano bastando aprenderem como fazer uma vagina artificial caseira. Depois é só aprenderem também os rudimentos da lida da casa, nomeadamente onde depositar as peúgas usadas e onde pousar a tampa da sanita e pronto.
Onde é que este mundo vai parar assim? Um Governo que até advoga a presença de mulheres na política (é ministras e secretárias de estado à pazada) anda a distribuir estes equipamentos infernais? Que os miúdos aprendam a fazer bombas caseiras e mousses de chocolate caseiras ainda vá, mas deixar-lhes à mão conhecimentos que colocam em risco a própria sobrevivência da espécie?...
Eu vi logo pelo entusiasmo do Chávez que a coisa ia trazer sarilhos dos grossos.
Não liguem à associação de ideias, mas a palavra pénis também justifica controlo parental no Google.
As crianças vão ficar a saber que o tamanho médio de um pénis erecto pode oscilar entre os 12,9cm do estudo de 1996 no Journal of Urology (não comecem já a fazer a festa, seus optimistas), os 14,9cm nas férias escolares (?) e os 16cm obtidos nas medições realizadas pelos próprios detentores dos ditos cujos (nada subjectivos, nós gajos com uma fita métrica para medir a pila…) para um trabalho publicado pelo Sizesurvey.com. Tá tudo aqui, se quiserem os pormenores.
Pela parte que me toca, para além de ficar a saber que deve haver países no mundo com pilitas muito piriri onde eu faria um vistaço com o meu mediano calibre 17 (fui eu que medi, podem descontar um milímetro ou dois), fico também angustiado perante a potencial desilusão que a minha filhota poderia sofrer se recordasse estes números (quando fosse crescida o suficiente para saber o que eles representam) um dia mais tarde quando lhe desse para fazer essas contas. É que não estamos livres de alguém meter na net um manual de instruções para fazer um pénis artificial caseiro!
Isso é que ia dar cabo do negócio às lojas de venda de acessórios a pilhas, coitadas…