A posta anterior é um desafio, embora não pareça.
É que existem de facto tabus relativamente a alguns temas de suma importância no quotidiano de qualquer adulto/a normal. E um deles, aflorado à superfície do “teaser” abaixo, é o da estatística que é de bom tom renegar enquanto critério de medição mas todos acabamos por seguir com alguma atenção pois não há quem não tenha curiosidade na análise comparativa que nos situa em determinado contexto.
A pergunta que coloco é simples. Porém, não duvido que suscitará reacções distintas entre quem com ela se confrontar (incautos/as…) e aposto que ninguém conseguirá responder-lhe de forma espontânea.
Isto explica-se, na minha limitada compreensão para determinados assuntos, pelo facto de embora queiramos distinguir-nos de alguma forma da multidão não convivemos bem com os extremos de qualquer corda.
Ou seja, se respondemos por defeito arriscamos o embaraço de alguém nos rotular de fraquitos e se respondemos por excesso é garantido que nos tomam por putas (elas) ou por exagerados (eles).
Só na média, seja o que isso for, obtemos o resguardo da “normalidade” que parece ser afinal reconfortante para a maioria.
Daí, adivinho reacções num intervalo entre a ausência de resposta, a fuga para a paródia e a mentira descarada (que até pode passar pela omissão politicamente correcta do “essas coisas não se contabilizam).
Mas a verdade é que poucos têm a coragem ou o à vontade para se assumirem na boa em matérias mais sensíveis, seja pelo receio do ridículo, seja pelo instinto de protecção de algo que acaba por nos condicionar de forma inegável: uma cena a que chamamos reputação.
Curiosamente, existem aspectos em que machos e fêmeas se encontram nos antípodas em matéria de interpretação estatística. Muitas vezes por semana pode representar aos olhos dos outros uma medalha quando falamos de gajos e, desmintam-me se puderem, terá (sobretudo por parte das invejosas) um cunho pejorativo quando aplicamos precisamente o mesmo número a gajas.
É estranha, esta leitura distinta em função do género. E parece dar-me razão no que afirmo e tento com a posta abaixo comprovar.
Não pretendo oferecer-vos conclusões, cada um/a tirará as suas, nem mesmo partilhar convosco nesta altura a minha posição na matéria (nem sequer tenho uma posição fixa ou mais habitual, de resto), mas apenas levantar a ponta do véu que nos cobre partes importantes que talvez devessem andar mais à mostra para evitarmos equívocos ou desilusões.
Pretendo apenas dar-vos uma oportunidade para colocarem a vocês mesmos/as a questão e perceberem pela vossa reacção se está na hora de mudar algo nos números e em tudo aquilo que eles possam representar.
Na prática e na teoria também…