Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

30
Set08

COMO AUMENTAR AS VISITAS NUM BLOGUE

shark

Aproveitando o ensejo criado pelo Farpas, e porque apesar de o moço estar a evoluir imenso na cena (como o post que me inspirou comprova) eu percebo muito mais disto do que ele, decidi deixar aqui umas dicas valiosas para quem pretende obter o desiderato supra.

 
A primeira e mais óbvia receita ganhadora é a de a malta usar uma lupa, nomeadamente quando se observam os números registados no contador.
A segunda é recomendar às pessoas que visitem sempre o blogue de saltos altos.
A terceira, infalível, é dar graxa às visitas a ver se incham (resulta melhor em blogues do Sapo).
A quarta é recorrer à palavra sexo com frequência, ignorando a disparidade entre o uso da palavra e a frequência do sexo propriamente dito, o que pode atrair visitas do sexo masculino interessadas em aumentarem temporariamente na zona abaixo do umbigo.
A quinta é postar sempre à sexta. (Mal não faz…)
A sexta é publicar um anúncio ao blogue na revista Sábado.
A sétima é não postar de todo. Estudos comprovam que as visitas aumentam quando percebem que o blogue está ao abandono, sendo provável que isso seja de propósito para transmitir um sinal à pessoa em causa.
A oitava consiste em prometer, repito: prometer, às pessoas uma verba fixa por cada visita registada no contador. (aplicável apenas nos blogues feitos sob rigoroso e absoluto anonimato).
A nona é disseminar comentários utilizando o nick “Nuno Markl” com o linque associado a encaminhar visitas para o nosso próprio blogue.

E a décima é seguir cuidadosamente as seguintes instruções:

29
Set08

VOTAR EM CONSCIÊNCIA É NO QUE DÁ...

shark

São exemplos como o que a Câmara dos Representantes deu, com os Republicanos a votarem contra Bush, que sustentam o desespero dos partidos políticos em imporem disciplina de voto nas questões mais polémicas.

 

É que numa Democracia parlamentar corajosa arrisca-se o pluralismo e na versão cobarde (como a portuguesa) impõe-se a "União Nacional" repescada...

 

28
Set08

A POSTA QUE O SENTES COMO EU

shark

O sol a apresentar cumprimentos de despedida e a noite a tomar aos poucos o seu lugar no céu.

O chamamento da madrugada à flor da pele, energia, e nas pequenas faíscas que se desprendem do olhar fixo num ponto de horizonte que se define apenas como longe daqui.
O duche tomado e o charro enrolado a rodar por entre bocas mais viradas para as sonoras gargalhadas que se sucedem a cada pretexto dos que se atropelam quando a única vontade é estar feliz.
O plano delineado, um palpite ou sugestão, e o carro a pedir pressão no pedal do acelerador. Mudança engatada e o tapete vermelho estendido numa estrada aparentemente sem fim.
 
O destino traçado que algures é alterado para uns quilómetros adiante, talvez bem dentro até de um outro país. O mundo pequeno na cabeça que diz não querer parar enquanto a música rasgar com a batida do som à medida da vontade irreprimível de partir.
A loucura, controlada no essencial, libertada ao mais pequeno sinal que pode ser um qualquer estímulo exterior. Uma palavra apenas ou uma declaração de intenções.
O mapa esquecido para trás, drama algum, o palpite (mais um) da maioria que vira à esquerda e logo se vê onde iremos parar.
 
A lado algum, ou a qualquer lugar capaz de acolher a alegria de viver aos saltos na noite felina que nos agita, por dentro, a voz que nos grita usufrui.
A consciência já toldada pela mola acordada do seu torpor, a predisposição para o sexo ou para o amor denunciada no ritmo do corpo que se deixa arrastar pela ondulação de um som espectacular.
Mais uma cerveja a rolar de boca em boca que a garganta não pode ficar seca quando canta as palavras irrequietas de uma rockalhada que incita à revolução interior.
A força redobrada pelo encontro casual com um olhar que desperta o instinto animal, o avanço destemido com o coração acelerado e disponível para uma paixão instantânea que transforma cada momento numa hipotética última vez.
 
O som distante dos baixos lá dentro, de onde a vida se deslocou para o exterior onde a noite estrelada testemunha o amor que se faz no carro, na areia, na relva de uma vivenda desabitada ou onde estiver a dar largas à pele para tocar na química submetida à experimentação da liberdade total.
O primado da emoção desgovernada, à solta pelo espaço amplo que a madrugada constrói na incógnita do que a escuridão relativa dissimula ou oculta. As barreiras tombadas no decorrer de uma luta de beijos e de sensações contra os medos e as hesitações em que quase sempre o impulso primário consegue levar a melhor, vergada a resistência ao apelo selvagem da vontade de viver, espalhadas com as roupas pelo chão à luz dos primeiros raios do sol que espreita por detrás do ponto que a vista consegue alcançar.
 

A vida a namorar as silhuetas dos amantes abraçados que se despedem da noite com um sorriso nos lábios e uma vontade imensa, livre de interrogações castrantes e vãs, de acolher no peito o calor da alvorada de mais um milhão de amanhãs.

28
Set08

UMA PERSPECTIVA SUFOCANTE

shark

cortina de fumo

Foto: Shark

 

Como se pode ver até na caixa de comentários deste artigo, sempre que algum cientista dá a cara pela desconfortável realidade com que nos confrontamos (o escangalhar sistemático do planeta que habitamos) surgem os comparsas da poluição a desacreditá-lo por todos os meios ao alcance.

O clima está a mudar e nem precisamos da estatística para sabê-lo. Contudo, as avestruzes insistem em fazer escola e só tiram a cabeça da areia para contestar os números que nos confirmam os piores e legítimos receios.
 
De acordo com o artigo do Público que linquei, a época balnear está a prolongar-se para lá dos calendários habituais e não mostra tendência para um encurtamento no futuro próximo.
Seriam excelentes notícias para apreciadores do Verão e para operadores turísticos se pudéssemos todos alinhar pela bitola dos eco-cépticos, as vozes que se erguem contra os alegados catastrofistas sem outra intenção que não a de tranquilizarem as suas próprias consciências poluidoras.
Mas não podemos, sob pena de gravarmos o nosso nome na História da Humanidade como uma das gerações directamente responsáveis pelas consequências, pelos danos colaterais associados às alterações climáticas que, queiramos ou não, estão a acontecer e em boa medida pela intervenção desastrosa da maioria da população terrestre.
Nem que seja pela omissão ao dever de contrariar os que insistem em chutar para canto as suas culpas no cartório.
 
Eu levo a sério os cientistas que tentam em vão romper a cortina de fumo levantada por ignorantes, por estupidamente optimistas e, provavelmente, pelas indústrias que temem a reconversão profunda que uma mudança de mentalidades proporcional à do clima iria impor à sua atitude laxista.
 
E por isso vos dou conta do que li na peça que destaco e vos convido a dedicarem uns minutos da vossa atenção a um medo daqueles aos quais não podemos mesmo virar a cara.
28
Set08

AS PARASITAS MUTANTES E O IMPLACÁVEL EXTERMINADOR

shark

Há temas que parecem talhados para nos obrigarem a fazer figura de maluquinhos. Sei lá, acreditarmos na vida extraterrestre ou no poder da bruxaria ou no facto de uma virgem poder dar à luz sem qualquer intervenção que não a divina.

São coisas em que acreditamos acima de tudo por uma questão de medo ou pelo poder de sugestão de qualquer tipo de fé.
A fé, de resto, actua quase como um placebo para qualquer tipo de ferida na alma e resulta muito bem para alguns. Outros, mais cépticos, aguardam pelo dia de testemunharem a aparição de uma fulana muito feiosa montada numa vassoura para abandonarem a descrença. E se a fulana tiver antenas e um capacete em vez do chapéu de bico ainda melhor, porque mais abrangente, se torna a reconversão.
 
Isto a propósito da minha panca acerca de uma das criaturas mais inexplicáveis que a natureza (ou o Criador) produziu: a melga.
Dentro dos vários e invariavelmente repelentes insectos voadores, a melga ocupa um lugar de destaque no pódio (bem acima da mosca) dos animais inventados de propósito para adornarem a vida dos humanos com um pequeno toque infernal.
Recuso-me a apurar qual a utilidade de tal bicho, se alguma existir, no contexto da complicada teia de ligações entre as espécies. A melga é a única responsável pela minha progressiva afeição às aranhas e se já se extinguiram tantas formas de vida no planeta e a coisa ainda funciona custa-me a acreditar que o fim do zumbido mais irritante do mundo possa implicar algum dano irreversível no ecossistema global.
 
Sacortox, Raid ou Baygon
 
Mato-as sem apelo nem agravo. Mato todas as que encontro e, na pele de uma daquelas pessoas que numa sala cheia de gente são sempre escolhidas como o alvo preferido para debicar, não me faltam motivos para justificar esta aversão.
Desde muito pequeno aprendi a lição que estes bichos sem nexo insistem em renovar, atacando-me sem cessar nos sítios mais variados e nas épocas do ano mais estapafúrdias.
E é aqui que regresso ao parágrafo de introdução, vão já de seguida perceber porquê.
 
Esta minha relação de ódio com as melgas levou-me bem cedo a estudar-lhes o comportamento e a traçar-lhes um perfil que me permitisse ser mais eficaz na sua detecção e consequente extermínio.
Descobri que praticamente só surgiam no Verão, sobretudo do final da tarde em diante. Igualmente lhes topei a indolência do voo, sendo quase certo que depois de topadas não conseguiam escapar à palmada ou chinelada fatal.
Mas se há coisa que me ficou gravada na memória foi a atracção das melgas pela luz, sendo que passei muitos serões às escuras e iluminado apenas pelo ecrã da televisão precisamente para evitar “chamá-las”.
 
Pois bem, há vários anos consecutivos que mato melgas em Dezembro ou Janeiro (mesmo com temperaturas abaixo do normal para essa época do ano). Não duvidem ou começo a publicar fotos de grandes planos dos cadáveres esborrachados para o provar.
Mas há mais.
As melgas de hoje não ligam pevas à luz, o que se comprova pelo facto de ao contrário do que observei no passado não ser de todo frequente encontrá-las a rondar candeeiros nem tão pouco nos tectos, mas sim rente ao chão onde mais dificilmente conseguimos topá-las. É nos membros inferiores que registo a esmagadora maioria das marcas vitoriosas destas parasitas malvadas.
E da indolência e linearidade do voo das antecessoras pouco ou nada restou. Parecem moscas na mudança de rumo e sobretudo na inesperada rapidez.
 
Mas o pior guardei-o para o fim e é aqui que me junto aos maluquinhos que acima referi. Boa gente: eu acredito que as melgas modernas são o produto de uma evolução exageradamente acelerada por qualquer um dos muitos factores alterados na equação, pela intervenção humana no seu ambiente, e isso traduz-se no facto de não raras vezes eu ter assistido a reacções comportamentais de melgas tão estranhas como a de literalmente se esconderem do seu perseguidor.
Garanto-vos que não estou a brincar nem descuidei a medicação. São anos de perseguição mútua e implacável que me conferem legitimidade para defender todos os pressupostos que aqui levantei.
 
Posto isto, resta-me parafrasear o Marco do Bitaites:
 

Pronto, já apaguei o charro.

Pág. 1/11

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Pesquisar

Arquivo

    1. 2022
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2021
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2020
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2019
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2018
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2017
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2016
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2015
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2014
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2013
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2012
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2011
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2010
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2009
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2008
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2007
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2006
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2005
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2004
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D

Já lá estão?

Berço de Ouro

BERÇO DE OURO