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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

14
Ago08

A POSTA TAL COMO TÍNHAMOS COMBINADO E ASSIM...

shark

Estive para lhe mandar um email, discreto, para agradecer o gesto. Fui adiando, pois ficava-me sempre a sensação de que a essa discrição envergonhada correspondia uma daquelas cedências em que às vezes alinhamos, para não parecer mal.

Todavia, um dos aspectos que nos aproxima, eu e um gajo que não conheço de lado algum embora admita que possamos já ter partilhado umas jolas no mesmo tasco da nossa Benfica, é a falta de pachorra para discursos e atitudes hipócritas.
Nesse contexto, o parecer mal não encaixa e decidi mandar às urtigas o receio de que interpretassem um agradecimento público como um gesto de simples reciprocidade, de promoção mútua ou coisa que o valha.
 
É que bem vistas as coisas somos donos de quase nada e muitas decisões que tomamos são condicionadas por terceiros ou factores externos. A casa é do banco ou do senhorio, o carro é da empresa de leasing e até a gaja, com estas modernices emancipadas, é dona de si própria e não admite mais do que simples sugestões e em tom muito suave (de preferência com pontos de interrogação – não achas? Que dizes? E por aí fora.).
Mas o blogue não. O blogue é o último reduto do nosso poder sem restrições, tirando um ou outro caso em que a malta se estica e aparece a judite para confiscar as máquinas e as televisões para nos garantir uns minutos de fama nos principais noticiários.
 
De resto, o gajo em causa é uma vaca sagrada (consigo arranjar explicação para o sagrada no nick dele e vou ver se desenrasco uma saída para o vaca ao longo do resto da posta) desta comunidade a que, queiramos ou não, acabamos por pertencer porque a fazemos e por isso não precisa de empurrões amigalhaços para obter o mesmo tipo de reconhecimento com que me bafejou nos destaques do Sapo quando lhe pediram para sugerir cinco espaços a destacar.
Para meu espanto, o Arcebispo de Cantuária incluiu nesse quinteto este Charquinho e assim o abençoou com o milagre da multiplicação dos cliques.
 
E eu, agnóstico também em matéria de fé no reconhecimento pelos meus pares nestas andanças, dou comigo a colocar por instinto a minha satisfação no facto de ter sido distinguido por ele em vez de ficar todo contentinho com o toque de Midas que aldraba o contador ao ponto de me permitir sonhar-me um fenómeno de popularidade ao longo destes dias cheios de movimento.
Mas claro que depois de o destaque desaparecer o contador transforma-se numa abóbora e por isso entendi que seria agora, com a malta toda a ver, que se impunha o agradecimento público a quem me (ao meu trabalho) fez sentir especial.
Eu sou um gajo emocional e não me contenho nestas coisas, desculpa lá.
 
E agora queria ficar por aqui, mas ainda não me ocorreu forma de justificar o vaca. Por isso vou refugiar-me na culinária onde dás uns toques e promover o teu livro como quem não quer a coisa, numa associação de ideias tão forçada que ainda vai acentuar a convicção dos tais outros que quase me impediram de escarrapachar aqui esta piroseira que assim fica mesmo rotuladinha de favor ao amigo que me deu uma goela.
Ainda não tenho o livro mas fico a torcer que traga receitas para um bom naco do lombo ou uma vitela estufada de um gajo se lamber todo (quase todo, ok) por antecipação.
 
Quero que se fecundem os mal intencionados, és um gajo à maneira e o teu blogue não deixa margem de manobra nesse particular.
E por isso que se lixe a taça: obrigado pelo gesto e fica sabendo que me sinto orgulhoso com esta medalha que me espetaste na cachimónia.
 

Até nisso, destacares o Charquinho no meio de tantas opções porreiras, o teu sentido de humor se revela imbatível…

14
Ago08

INDIFERENÇA OLÍMPICA

shark

Tenho andado completamente arredado do desempenho dos atletas portugas naquela terra onde esmagam com tanques os gritos de liberdade nas praças e dizem quantos filhos é que as pessoas podem ter.

 

Já ganhámos alguma coisa ou está previsto na festa de encerramento utilizarem a mesma técnica com que criam fogos de artifício fantasma e toda a gente regressa de medalha ao peito?

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