FILHA DE PEIXE
Foto: Shark
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Foto: Shark
A sinceridade (quase) absoluta, mais do que viável parece-me até imprescindível em relações submetidas a algum tipo de clandestinidade.
Se o sigilo já torna as partes cúmplices por inerência, a quebra das regras implícita na própria existência da relação tida de alguma forma como proibida escancara o caminho para a liberdade e a espontaneidade daqueles que, nesse contexto, já nada têm a perder se experimentarem o estimulante desafio do segredo sem arriscarem os perigosos jogos da ambiguidade, da hipocrisia e do consequente medo de investir para perder.
Ou para ganhar bem menos do que seria possível...
Deitou-a de bruços e permitiu-se por momentos saborear a sensação do contacto entre as duas peles transpiradas.
Sentado sobre a parte de trás das coxas dela, joelhos bem fincados de cada um dos lados daquelas ancas largas que tanto o estimulavam, optou por se inclinar sobre as costas húmidas da amante para lhe massajar a nuca com um misto de carinho e de firmeza que lhe reproduzia o movimento das mãos pelo resto daquele corpo por desfrutar, enquanto se massajava a si próprio, sem pressas, no intervalo das nádegas fabulosas que o enlouqueciam só de olhar.
Estiveram assim durante algum tempo, difícil de precisar.
E depois deram à sua micro-estória um final feliz.
Então expliquem-me lá porque é que a palavra cu não passou a levar acento...
Foto: Shark
No calor da madrugada em noite de lua cheia.
Ter um terraço tem os seus quês.
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