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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

10
Jun08

TERÁ SIDO COINCIDÊNCIA?

shark

O aniversário (22º ou 23º) em que mais ouvi a expressão "conta muitos" foi o único em que tive a lata de fazer o anúncio prévio da efeméride num dia movimentado do café do bairro, com base num pretexto de treta qualquer que me ocorreu.

 

Ainda hoje me envergonho desse expediente, mas confesso que na altura gostei de me sentir (um chico-esperto) tão popular...

10
Jun08

PALAVRAS NA ENXURRADA

shark

Como o rio que rasga a terra para marcar o trilho da sua passagem, um caminho para o futuro que irá percorrer com as águas de um presente que não será o seu. Mutante a cada momento, permanente apenas na designação.

Como a lágrima que aproveita o sulco deixado no rosto enrugado pelo tempo, peregrina de uma emoção clandestina que alguém proibiu mas que tal como o rio descontrolado nem uma barragem conseguiria suster.
 
Uma alma a ferver, oculta nas entranhas de um vulcão, que arranha a terra por dentro em busca de uma saída, erupção adiada para um dia que virá em que a terra explodirá num grito de fogo capaz de derreter tudo em seu redor.
Como o rio, a lava incandescente que avança imparável numa viagem em que desenha a sua margem sem admitir obstáculos ou concessões, rasgando a terra sem contemplações por uma dor que não sente como sua. Imune à fragilidade que qualquer tipo de sensibilidade implica.
 
Uma vida a acontecer, arrastada pelo acaso por caminhos jamais percorridos em consciência. Imprevisível no rumo, orientada por sinais de fumo que os caprichos do vento transformam em variáveis da equação inútil, da previsão tão fútil que o destino ignora sempre que por sua imposição se altera o mapa traçado, aleatório, dos trilhos a percorrer.
Como a lágrima, condicionada na sua viagem pelos caminhos que a pele lhe oferecer ao sabor de cada expressão de dor ou da alegria que a libertou de um olhar.
 

Ou talvez como um pensamento, impossível de aprisionar.

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