Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

31
Mai08

LIKE A VIRGIN

shark

notícias das quais temos que esforçar-nos para extrair o sumo optimista de entre tudo quanto nos ocorre de repente quando nos confrontamos com a reacção de chofre.

No entanto, confesso que depois de ter sabido esgotadas as 90 mil entradas para o Rock In Rio, a surpresa com a venda de 20 mil bilhetes para um concerto da Madonna em duas horas, sobretudo considerando que o espectáculo acontecerá a meio de Setembro, foi de facto muito relativa.
 
De resto já me tinha constado algures que um fã da rapariga tinha esperado nove horas(!) no local onde os bilhetes estariam à venda, o que prenuncia sempre uma enorme enchente nos eventos tão mobilizadores assim.
 
E se poderia olhar para o copo meio vazio da crise insultada com um despautério de consumo de prazeres à escala das dezenas de milhar de cidadãs e de cidadãos, a ideia que uma primeira análise associaria, posso também olhar para o copo meio vazio da crise fantasma que exibe o rabo escondido quando as notas e os cartões saltam alegremente de baixo do colchão para financiar uma desbunda qualquer.
 
Há notícias que bem espremidas podem escorrer aumentos dos combustíveis e ameaças de entrada em recessão global displicentemente ignorados pela leviandade dos foliões como, em alternativa, comportarem-se como torneiras de imperial e preencherem a metade vazia com uma espuma tão densa e tão alva que nos enchemos de fé na retoma e nos deixamos arrastar para tais nuvens.
 

E quando são notícias bem frescas, acabadas de ler, até conseguimos, mesmo num indisfarçável tom amarelo, obrigar a nossa boca a sorrir.

31
Mai08

FOREVER YOUNG

shark

Descobriu de repente as primeiras rugas no rosto dela e sorriu, encantado pela ideia de um amor tão profundo que apenas lhe exibia o lado que melhor servia os desígnios da paixão que tanto queria manter até ao fim dos seus dias.

Ocorreu-lhe a sabedoria popular que lhe dizia ser cego o amor, quem feio ama bonito lhe parece, e percebeu de imediato que nem sempre o povo tem razão, nas questões do coração como na óptica oftalmológica.
E acabou por perceber que afinal o amor afasta da visão aquilo que a perturba e só assim se consegue ver com clareza.
 
Na nitidez de cada ruga que viu com olhar de falcão redescobriu a paixão pela mulher com quem iria envelhecer essa certeza.
31
Mai08

CADA UM COMO CADA QUAL

shark

Exactamente como acontece na vida “lá fora” que aqui se reproduz, as coisas evoluem e quando chegam a um determinado patamar acabam por forçar algumas alterações que são, afinal, o espelho dessa mudança.

Naturalmente, nem todos vivemos, sentimos e pensamos as coisas da mesma forma e por vezes surgem as divergências que daí resultam, embora isso jamais possa constituir um óbice para as pequenas revoluções que se produzem de forma quase espontânea em tudo quanto envolve grupos de pessoas, ou comunidades, se preferirem.
 
Entendo a blogosfera como uma comunidade e não me faltam argumentos para justificar esta crença, nomeadamente a reacção instintiva que ontem mobilizou vários de nós em defesa do colectivo a que acreditamos pertencer.
Quando há pouco, na caixa de comentários de uma posta mais abaixo, um colega parodiou a necessidade de qualquer dia precisarmos de uma Ordem dos Bloguistas lembrei-me da polémica questão do provedor da blogosfera que surgiu como hipótese no cenário numa fase algo confusa da expansão blogueira e acabou trucidada pela argumentação exaltada dos que temiam a perda de alguma autonomia ou mesmo de parte da liberdade que (também) defendemos com as horas investidas nesta nossa expressão virtual.
 
É delicado o equilíbrio entre a preocupação legítima dos que nos sentem à mercê das reacções hostis dos vários poderes e que intuem indispensável alguma forma de organização ou mesmo de disciplina e, por outro lado, os que estão nisto na boa e rejeitam liminarmente alguma forma de controlo ou de regulamentação interna que lhes impõe uma “seriedade” a que muitos fogem precisamente no puro gozo de um blogue sem regras.
Estas são apenas duas faces antagónicas da realidade heterogénea que criamos, havendo lugar para uma infinidade de soluções propostas em função dos interesses e das perspectivas de cada pessoa que bloga.
Neste contexto, é ponto assente que qualquer solução consensual é por definição utópica.
 
Contudo, exemplos estrangeiros e episódios pontuais da realidade caseira alertam-nos para a dura verdade de que desta liberdade só usufruímos enquanto diversos poderes o quiserem pois, na prática, não é necessária qualquer proibição assumida para reinar sobre uma comunidade dividida por uma das suas características essenciais: a diversidade que reflectimos na variedade de conteúdos por essa blogosfera fora.
Além disso, começa a ser indisfarçável a diferença na atitude e na ambição entre quem bloga a sério e quem prefere blogar na paródia e essa segmentação natural cria uma clivagem que se confunde facilmente com um conflito de interesses.
E não há aqui nenhum esboço de elites blogueiras, de espaços superiores ou coisa que o valha. Há apenas a constatação de que cada um/a de nós aborda isto à sua maneira e cada opção implica um conjunto de pressupostos que nem sempre serve a todos da mesma maneira.
É assim em tudo o que somos na sociedade analógica que igualmente integramos.
 

A blogosfera é uma apenas. No entanto, nem todos/as a vivemos da mesma forma porque preenchemos diferentes necessidades e subordinamo-nos a uma multiplicidade de motivações que tem que ser reconhecida como positiva na diferença mas igualmente nas implicações, nos passos a dar rumo ao futuro que desejamos aconteça de forma a satisfazer todas as sensibilidades que aqui se protagonizam, nomeadamente nas condições a criar para quem seja mais sensível, por exemplo, ao apelo de uma retribuição financeira em troca de um trabalho capaz de cumprir determinado papel na informação, no entretenimento, na divulgação cultural, no debate livre das ideias e em tudo aquilo que produzimos para, como em qualquer outro suporte, ocupar o tempo das pessoas de uma forma positiva e enriquecedora.

30
Mai08

ESTAS COISAS SENSIBILIZAM-ME...

shark

Já tive mais apoio e reconhecimento em dois meses de charco sapolas do que em dois anos na plataforma anterior.

 

O Charquinho é destaque do SAPO e isso constitui em simultâneo motivo de orgulho e de estímulo para fazer o melhor de que sou capaz.

 

Tá-se bem aqui.

Continuem a adiar a mudança dos vossos blogues para aqui, deixem-se estar, e depois torcem a orelha...

Pág. 1/14

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Pesquisar

Arquivo

    1. 2022
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2021
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2020
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2019
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2018
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2017
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2016
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2015
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2014
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2013
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2012
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2011
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2010
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2009
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2008
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2007
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2006
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2005
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2004
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D

Já lá estão?

Berço de Ouro

BERÇO DE OURO