Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

19
Abr08

DA RESPONSABILIDADE EXTRACURRICULAR

shark
Se uma criança não for ensinada, dificilmente chega lá por si. Isto aplica-se a coisas muito sérias como se aplica a assuntos triviais.
Por exemplo: se não ensinarmos a uma criança a obrigatoriedade de despejar o autoclismo sempre que usa a sanita ela jamais o entenderá como necessário. E a obrigação de ensinar esse procedimento à criança assume igual preponderância nos educadores que o façam ou nos que não o fazendo (puxar o autoclismo) pretendem que os seus educandos sigam pelo caminho que não adoptam mas entendem como o melhor.
 
Não dou lições acerca da educação de crianças seja a quem for, tal como os resultados práticos me permitem não as aceitar a ninguém. Mas conselhos, avisos e sugestões são sempre bem vindos pois ninguém nasce ensinado para educar (tal como não aprende por si a limpar o rabo no momento fulcral.).
Agora que a histeria colectiva dos telemóveis na escola já abrandou sinto-me mais à vontade para vos transmitir o que assumo como mais importante de tudo quanto a imersão mediática me deu a provar nessa questão específica.
E nem pego pelas imagens da bandalheira, pois a origem do despautério não se encontra no perímetro de qualquer escola.
 
Pego pelo papel dos educadores, por norma os pais, que não possuem legitimidade para apontarem o dedo aos professores quando estão em causa os hábitos das suas crianças.
A minha filha tem oito anos e sabe perfeitamente o que está em causa nessa relação impossível entre telemóveis e salas de aula. E mais, sabe exactamente porque não existe compatibilidade entre o uso de telemóveis e a participação em actividades de grupo ou que requeiram especial concentração.
Não consigo perceber como uma adolescente com 15 anos não chega lá por si, mas ainda menos me entra na cabeça como uma mãe ou um pai julgam normal permitirem aos filhos o uso de qualquer dispositivo de comunicação numa sala de aula e ainda o fomentarem, ligando-lhes durante o período das aulas.
 
Se aceitamos a missão de criar um ser humano, a respectiva educação é um dever inalienável e a sua ausência ou deficiência é imputável única e exclusivamente aos seus pais ou educadores, se nos reportamos aos conceitos elementares de integração social.
Que ninguém descarte a sua responsabilidade para o efeito nocivo da rua, pois uma criança educada pressupõe-se ser uma criança com capacidade para discernir e tomar as decisões que melhor a sirvam em circunstâncias específicas.
É essa a parte da “bagagem” que compete aos pais e aos educadores, o conhecimento suficiente para que a criança ou adolescente consigam distinguir o bem e o mal, o correcto e o inconveniente, tudo aquilo que aceitamos como pressuposto universal.
 
As consequências, de tão espalhafatosas, centram as atenções no supérfluo e distraem-nas do essencial.
 
E esse mora na mesma casa onde cada protagonista destas cenas foleiras cresceu com montes de privilégios e de mimos dispendiosos por parte dos progenitores, mas sem o mínimo desejável da sua atenção.

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Pesquisar

Arquivo

    1. 2022
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2021
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2020
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2019
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2018
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2017
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2016
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2015
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2014
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2013
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2012
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2011
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2010
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2009
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2008
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2007
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2006
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2005
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2004
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D

Já lá estão?

Berço de Ouro

BERÇO DE OURO