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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

10
Abr08

A POSTA NA SOMA DAS (IN)DIFERENÇAS

shark
Deixei de acreditar na viabilidade dos blogues colectivos, pelo menos a médio prazo (que na blogosfera deve andar por uns dois anos).
Esta súbita perda de fé por parte de quem já participou em meia dúzia dessas cooperativas blogueiras deriva do somatório de diversos factores, embora algumas constatações (como a falência de inúmeros projectos) sejam óbvias o bastante para extrair conclusões.
 
No primeiro lugar dessa lista de obstáculos à resistência de um blogue colectivo coloco sem hesitar a questão umbilical. E essa pode manifestar-se de diversas formas, bastando comparar a quantidade e qualidade da postagem dos autores nos blogues colectivos com a que produzem nos seus espaços individuais para se obter a sua mais flagrante manifestação.
A questão da liderança é outra matéria sensível. Num projecto colectivo que envolve autores de blogues não existem hierarquias possíveis e o líder natural possui os galões apenas por ter sido quem teve a ideia, quem possui a chave da porta e convida outros para um trabalho de grupo sob o seu estatuto de anfitrião.
Ou seja, a liderança (quando se nota a existência de alguma) tem, na maioria dos casos, pés de barro na própria validação.
 
Existem exemplos de projectos colectivos fechados pelo excesso de intervenção de um líder (um coordenador?) como existem os que se extinguem pela respectiva ausência. É a história do preso por ter cão e preso por não ter…
Mas a estes exemplos podem contrapor-se os que em nada se ligam à influência negativa dos mentores ou sua falta mas apenas à escassez de ligação entre os colaboradores do blogue. A dinâmica de um blogue colectivo é em muito alimentada pelas sinergias de grupo, pela interacção entre os seus membros e respectivo impacto na fidelização de um número apreciável de visitantes regulares que animam os contadores e as caixas. Quando esta realidade não se manifesta rapidamente se percebe que não estamos perante um trabalho colectivo mas sim num amontoado de autores individuais a fazerem por obrigação no colectivo o que fazem por gosto nos seus.
O (mau) resultado é inevitável.
 
E por falar em resultados, que eu faço sempre de conta que acredito que ninguém liga aos contadores mas só faço de conta, não vale a pena fingir que a fatia de leão na bendita motivação dos autores que se prestam a um colectivo reside no binómio prestígio/visibilidade (sendo que a maioria confunde erradamente um com a outra).
Em termos práticos: se o espaço individual “rende” mais do que o colectivo, bye bye
 
Por este conjunto de tópicos mais a inevitabilidade de nem sempre uma equipa recheada de “talentos” garantir um trabalho de grupo impressionante, somando-lhe as quezílias tão próprias da comunicação à distância e o progressivo nível de exigência de quem gasta o tempo nisto, tendo a concluir que o mais colectivo que é possível nesta actividade são os projectos capazes de reunirem um conjunto de blogues sob uma referência (uma marca?) comum.
 
Sobretudo num país de génios incompreendidos onde a blogosfera transpira saúde mas o número médio de visitas diárias da esmagadora maioria dos espaços não chega para sobrelotar um autocarro ou mesmo a esplanada de um café…
10
Abr08

VISTO DE FORA

shark

Era como um actor envelhecido diante de um teatro demolido.

Olhava para o chão como se procurasse pedaços de si espalhados por ali, a alma à deriva num cenário polar, coração gelado pelo frio.

 

Era como um espectador sentado diante de um palco destruído.

Soturno e vazio.

 

 

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