- Então, pá? A Associação onde eras voluntário acabou? - Acabou. Tive que largar aquilo. E olha que me custou imenso... - Mas o que se passou? Estava tudo a correr tão bem... - Pois estava, ia ser um espectáculo se tivesse continuado. Mas a liderança era péssima. - ? - Aquilo era o posso quero e mando e a malta fartou-se quase toda de aturar cenas foleiras. - Mas então porque não substituiram a liderança para o projecto sobreviver, se a coisa até funcionava bem com a vossa magnífica participação? - Não dava, pá. Estas coisas envolvem sempre muitos factores que a malta de fora não topa... - Então não podiam substituir a liderança mas acreditavam no objectivo comum, sentiam-se capazes de prosseguir? - Exacto. Aquilo teria resultado muito bem, o único problema estava na liderança. - Bom, nesse caso os dissidentes vão formar uma nova Associação para darem sequência ao excelente trabalho e provarem que a única coisa que correu mal foi uma liderança de merda, certo? -Olha lá: agora deu-te para desatinar, foi?
Até rima e é uma maravilha, digo-vos eu que me converti de corpo e alma aos temperos picantes, há dois ou três anos, depois de uma vida inteira de abstinência do palato nessas andanças.
Um dia em que um gajo almoça assim nunca pode ser um dia mau.
Continua a ser apelativo conseguirmos levantar o carro da moça, sem recurso ao macaco, enquanto ela tenta em vão desenroscar as rodas (embora sejamos nós a executar a totalidade da tarefa). Mas há que descobrir e rentabilizar o potencial de uma conversa com a vizinha enquanto exibimos enorme destreza no uso do nosso estendal.
(Recordo que isto pode ser lido por jovens de tenra idade na fase crítica do seu processo de aprendizagem. Temos que ser uns prós outros.)