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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

05
Fev08

SHARKILHARIA DE ALUMÍNIOS

shark
Quando um gajo não sabe o que fazer com um blogue inventa.
Daí, de vez em quando vou pespegar aqui com linques que possam dar jeito à malta. Assim do género telefones úteis da polícia, dos bombeiros ou dos hospitais mas na versão inútil compatível com a blogosfera.
Para começar, e pode servir para uma data de coisas, fica aqui o da tradução portuguesa do que talvez seja o mais importante documento menos conhecido entre os potenciais beneficiários.

Uma mera formalidade, a bem dizer...
05
Fev08

LISBON'S ELEVEN

shark
De cada vez que Sá Fernandes mete a boca no trombone agitam-se as águas turvas do lodaçal autárquico alfacinha.
Agora foi a revelação de que um dos mais caros e bem situados restaurantes da capital paga à Câmara Municipal uma renda que, como afirma Mário Crespo, é inferior ao custo de algumas garrafas de vinho ali servidas.

Quinhentos euros por mês.
E sem correr os riscos do George Clooney e do Brad Pitt na película que retrata um outro esquema para enriquecer (mais) o equivalente a uma equipa de futebol de gente com jeito para as fintas.
Chamemos-lhe assim.
05
Fev08

QUESTÕES PERTINENTES NO ÂMBITO DA POSTA ABAIXO

shark
Se de facto fossem possíveis os transplantes de cérebro e partindo do princípio de que os "discos rígidos" transportariam consigo a totalidade da informação acumulada é legítimo levantarmos algumas questões fundamentais.

Hipótese A - Um cérebro masculino septuagenário no corpo de um puto com 20 anos.
Questão Suscitada (QS) - A qual das duas faixas etárias corresponderia a erecção?

Hipótese B - Um cérebro feminino de mulher inteligente no corpo de uma loura daquelas das anedotas.
QS - A tonalidade do cabelo sofreria mutações?

Hipótese C - Um cérebro feminino num corpo masculino.
QS - O corpo masculino entraria em colapso por não entender de todo o funcionamento do órgão transplantado?

Hipótese D - Um cérebro masculino de homem inteligente no corpo de Alberto João Jardim.
QS- Será que caberia ou o cirurgião não se safava nem com o auxílio de uma calçadeira (eu não disse caçadeira)?

Hipótese E - Um cérebro feminino no corpo do Castel-Branco.
QS - Será que ele exigiria o reembolso da despesa por não notar a diferença?

Hipótese F - Um cérebro masculino de um caucasiano no corpo de Michael Jackson.
QS - Idem?

Hipótese G - Um cérebro de qualquer género, raça ou espécie no corpo de George Bush.
QS - Será que bastaria um?

Hipótese H - Um cérebro feminino no corpo do Rui Santos.
QS - As secas acerca de futebol na SIC Notícias passariam a secas acerca de moda na SIC Mulher?

Hipótese I - Um cérebro masculino num corpo feminino.
QS - Fiz mal a alguém para me ocorrer uma blasfémia destas?
05
Fev08

E PERGUNTAVA EU À ERNESTA

shark
Num mundo em que as pessoas gastam fortunas para melhorarem a aparência e numa altura em que se revela a indústria milionária que gira em torno dos transplantes de órgãos (sem falar na que se move pelos esconsos da economia paralela mais tenebrosa), quanto estariam algumas pessoas dispostas a pagar por um transplante do cérebro se tal fosse tecnicamente possível?
05
Fev08

ONE MAN SHOW

shark
strange kind of loneliness.jpg
Seguia sozinho. Percorria aquele caminho embrulhado num manto de silêncio que lhe garantia a necessária solidão.
Só buscava a introspecção, isolado das influências perniciosas do exterior. Buscava explicações subjectivas para contrariar as agressões, como as percebia, de quem não sabia mas arriscava interpretar os sinais.

Seguia sozinho. Decidia o seu destino blindado por uma armadura de metal que lhe inspirava confiança, que transmitia a ilusão de uma segurança que procurava com afinco, como um santo graal.
Só buscava o antídoto para um mal, o mesmo que o obrigava a vasculhar no interior daquele mar profundo que o afogava em ideias, sensações, receio das emoções afiadas como lâminas desastradas que escanhoavam sem tino as ervas daninhas que lhe cresciam na pele. A do rosto diante do espelho que reflectia no sangue que agora escorria a dor inexplicável que urgia combater.

Sentia o peito doer, enfartado pelo mergulho exagerado no inferno interior. Sozinho, percorria aquele caminho resguardado dos reforços que atraía com a sua propensão suicidária para uma relação (sempre precária) com o lado de fora da fronteira que agora traçara no seu equador.
Uma fronteira imaginária com sentinelas de brincar.

Sentia o peito arfar, extenuado pela sucessão de batalhas entre o coração e a consciência, a razão e a demência, os inimigos que se revelavam aos poucos na fragilidade de cada aliança, nas ligações de conveniência que sucumbiam à pressão de factores que qualquer guerra distorce no meio da confusão.
Só buscava a salvação, a mesma que fugia de cada vez que se envolvia na peleja quando lhe invadia o território um novo micróbio conquistador.

Adoecia sozinho, vagueava pelo caminho em busca do antibiótico exterminador para os excessos do amor traiçoeiro. Um médico ou um enfermeiro especialistas no tratamento das maleitas associadas ao conflito armado entre um guerreiro fragilizado e os monstros que o perseguiam no seu campo de batalha privado, esquizofrénico, bipolar.

Escavava trincheiras no seu lado da barricada, procurava refúgio no ventre da terra para escapar à rebentação das bombas fingidas, das ondas explodidas contra a rocha firme, paliçada, a sua certeza firmada nos espaços concedidos pela insanidade à lucidez.

Depois erguia-se outra vez, desarmado na aparência, artilhado na consciência com o resultado das suas conclusões. Detective privado, seguia isolado as pistas que lhe deixavam nos rastos da passagem ao longo da sua viagem. Agente secreto, avançava discreto pela penumbra que iluminava a cada código que decifrava quando surgia na escuridão a sombra difusa de outro espião.
Paciente curado, o enigma desmascarado na sua simplicidade confrangedora de romance de cordel.

E na cumplicidade amadora dos seus demónios de papel.
05
Fev08

DUAS MEDIDAS

shark
Tentou moldar como barro aquela pele, dedos de oleiro com perícia de escultor.
Tentou recriar a sensibilidade de um pintor, a tela arrepiada, uma paleta pigmentada pelo arco-íris das emoções.
Tentou ouvir nos sons da mulher que gemia a mais bela sinfonia do maior compositor.

Tentou fazer o amor com alma de artista, muito fogo de vista para atear o pavio da explosão que afundaria aquele navio nas águas revoltas de um corpo detonador.

Demasiada exposição, tanta luz naquele vulcão que aguardava apenas um fósforo para revelar a sua potência.

E ela perdeu de vez a paciência quando o que pequeno lhe soou, na hora da verdade ainda mais encurtou.

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