É tão impossível agradar a gregos e a troianos como o é apreciar a totalidade dos blogues e das pessoas que se expõem ao nosso crivo pessoal. Às vezes são coisas de nada, pequenas, as que nos tornam intragáveis aos olhos dos outros ou os transformam em sapos aos nossos. Seja como for, os que estão são os que fazem, os que arriscam a dispensável mas inevitável cobardia anónima daqueles que apenas observam até surgir uma oportunidade de deixar umas palavras azedas no espaço de liberdade que alguém lhes ofereceu de bandeja. E esta gentinha, agora menos activa, constitui aos meus olhos a mais maligna erva daninha que envenena este meio de comunicação.
Quero com isto dizer que não existe nada que mais me repugne dos que os penetras que aparecem do nada, anónimos, só para lançarem a confusão ou mandarem os bitaites que no resto do tempo não se mostram capazes de produzir. No resto do tempo e na cara de quem insultam ou acusam ou difamam ou outra forma de terrorismo verbal que se justifica na expressão com a cobardia implícita em deixar a bomba e dar de frosques sem ligar às consequências. Mas nem aqui, nesta aproximação a um conceito tão tenebroso conseguem fazer boa figura por comparação. Porque a cobardia dos terroristas genuínos tem por detrás pelo menos um mote que pintam como uma causa e à dos pára-quedistas cinzentões da blogosfera nem isso a sustenta.
Gente incapaz de abraçar o desafio de publicar com regularidade coisas de jeito, algo de seu, submetendo-se a todo o tipo de críticas, de desrespeito e de enxovalhos em troca. Gente mesquinha, sempre a farejar em silêncio a vida dos outros, o trabalho dos outros, aquilo que não é seu para poderem intervir quando lhes dá na mona, para fazerem boa figura É esse o tipo de gente que menos falta nos faz, essa elite de monos que funcionam como papagaios intermitentes e às vezes ainda recebem em troca os mimos de aduladoras e de aduladores ceguinhos pelas emoções ou por outro tipo de dependências.
Vagueiam como fantasmas pela blogosfera, esses mestres do oportunismo que só servem para armar putedo e assim estragarem o brinquedo que nunca serão capazes de criar ou manter. Sempre na sombra, onde ninguém se expõe e nada tem a perder. Subversivos, mal intencionados e sem a humildade necessária para arriscarem algo feito por si que não as intervenções malcriadas, arrogantes, de quem não faz por estar entretido em busca do pior que os outros são capazes de fazer. São anónimos, são cobardes, são sinónimos de comportamentos manhosos, viscosos, de atitudes que lhes ilustram a cegueira perante a capacidade dos outros e a surdez aos argumentos que os pudessem dissuadir de tal postura. Porque são de fora.
Curiosamente, alguma malta gasta mais latim a apontar o dedo aos de dentro, pegando por uma merdinha qualquer, e parece tolerar melhor a espécie abjecta a que faço alusão. Mas lá está, gostos não se discutem. Sobretudo os de quem não se predispõe a dar ouvidos a qualquer tipo de razão.
Só assim se compreende que dêem projecção e entreguem cargos importantes ao filho da mãe que privou a filha deste pai de algo tão importante e divertido como a Feira Popular. Eu punha-o a trabalhar no Poço da Morte, isso podem ter a certeza.