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CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

CHARQUINHO

Sedento de aprendizagem, progrido pelos caminhos da vida numa busca incessante de espíritos sábios em corpos docentes. (sharkinho at gmail ponto com)

08
Jan08

CADA VEZ MAIS PORREIRO, PÁ

shark
Só um fanático ou um idiota avalia qualquer político em função do respectivo posicionamento ideológico e não do seu carácter e da forma como este se manifesta na tomada de decisões. Ou seja, de coisas como a idoneidade, a verticalidade e o sentido de responsabilidade exigidos a quem disputa cargos ou lideranças.
Esta forma de ver as coisas não passa de uma utopia, dirão.
Recuso-me a acreditar nessa possibilidade, sob pena de ter que encarar a Democracia como uma simples catapulta para medíocres, oportunistas e crápulas.

Nenhum de nós aceita, por princípio, um aldrabão no poder. Mas o que é certo é que eles estão lá, nos vários poderes, e não faltam sinais da sua progressiva tomada de consciência da impunidade de que gozam pela combinação das suas artimanhas legislativas e outras com a apatia generalizada. Vale tudo no país das maravilhas que a classe política, de alto a baixo, constrói aos poucos para si mesma sem ao menos cuidar de nos servir bem em troca. Ou de nos ludibriar, ao menos, para não nos sentirmos tão lorpas.

É incontornável a existência de uma factura política em pelo menos duas circunstâncias: sempre que um governante ou líder partidário se vê obrigado a responder pelas asneiras de um membro da sua equipa (do seu clã) ou quando promete e não cumpre.
Sim, os tempos mudam. Mas existem pressupostos imutáveis para assegurar que a coisa funciona. E um que me parece óbvio é o de que não existe perdão para políticos aldrabões, incapazes ou manhosos o bastante para não honrarem um compromisso público. Sobretudo quando do teor desse compromisso derivam, ou deviam derivar, os resultados eleitorais e todas as consequências a eles associadas para uma organização que neste caso é só o nosso país.

Assumo-me céptico quanto aos benefícios de um referendo relativo ao Tratado de Lisboa, no sentido de o achar dispensável enquanto montra vergonhosa do abstencionismo que tal tema suscitaria. E porque não duvido de qual será o sentido de voto dos mais mobilizáveis para as urnas, os que acreditam (ou mamam) na máquina voraz que nos corrói a Nação. Somavam-se os europeístas convictos e uns milhares de simpatizantes dos euromilhões do passado recente e a coisa ficaria devidamente chancelada.
Contudo, uma coisa é certa: pelo menos ficávamos a saber em concreto do que se trata.

Com o assunto colocado desta forma, os cordeirinhos da Assembleia da República ratificam e é assunto encerrado, ganhamos de imediato a ignorância acerca do dito Tratado e respectivas consequências.

E recebemos como bónus a confirmação de que o Primeiro-Ministro de Portugal é homem para endrominar nas calmas uma próxima e absoluta maioria.

Não ouvem lá fora o bruá da multidão contestatária?
08
Jan08

ELA COMETEU O ERRO...

shark
...De se prender em demasia a uma só pessoa de entre o seu grupo habitual. Agora percebeu a dimensão do equívoco mas os estragos estão feitos e adquiriu um estatuto que a torna dispensável no seio de um colectivo que se habituou a não contar com a sua participação. E que até a rejeita em aspectos pontuais.
Isso preocupa-a e pode vir a tornar-se numa questão melindrosa que a poderá magoar.

Mas eu, que de bom grado me disponibilizo para a apoiar em todo o tipo de situações, sou precisamente a pessoa menos indicada para a poder ajudar neste tipo de cenário.

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