Foto: SharkO calor da salamandra a fazer esquecer o cortante frio alentejano. E lá fora, no enorme horizonte onde a vista se pode espreguiçar sem espartilhos ou barreiras, o sol vermelho que luta por um espaço para se revelar na grandeza do adeus e até amanhã.
A noite que se apresta a carregar o céu de escuridão e a cobrir a terra com uma manta gelada que espanta as gentes para uma espécie de recolher obrigatório, uma amostra de purgatório que o inferno a existir nunca seria de aquecer mas antes faria gemer com sopros polares as almas enregeladas dos pecadores.
O Alentejo que me beija na cidade de Beja com o extremo térmico mais negativo da sua amplitude radical.