Um gajo começa o dia com a tola cheia de problemas para abordar, com uma carrada de broncas para enfrentar e arranja uns minutos para se sentar diante do computador. Tenta visitar o seu blogue e toma lá qué práprenderes: 503 SERVICE UNAVAILABLE. Ou seja, é grupo, não há charco e, por inerência, também não haverá Weblog.
Porreiro, pensa um gajo.
Posto isto, toca de mentalizar a mona e partir em busca dos linques para colegas com blogues daqueles que funcionam. Nem de propósito: a placa TMN, quase tão irregular como a plataforma onde se aloja o charco, cortou-me o pio.
Net? Nicles. Desse por onde desse.
Ainda mais porreiro, continua um gajo a pensar com os seus botões enquanto os cobre de palavrões daqueles assim mesmo à Charquinho (o Bairro).
E pronto, resignado voltei à labuta (essa meretriz) até há uns minutos atrás. Meia dúzia de berlaitadas na placa (às vezes só à manivela como as arrastadeiras da Citroen) e a net lá arrancou outra vez.
Vamos ver como está o charco e tal, responder a comentários e consultar o email.
Aqui a coisa muda completamente de figura. Três mensagens, todas de pessoas cinco estrelas. E se uma dessas pessoas me surpreendeu agradavelmente com uma revelação de todo imprevista e outra me fez sorrir por sabê-la em vias de uma mudança que só pode fazer-lhe bem, a terceira vinha apenas dar-me os parabéns por algo que certamente me escaparia e que soube ainda melhor por me ter chegado desta forma.
O Charquinho surge hoje no
Blogómetro entre os trinta blogues mais visitados e também nos trinta mais lidos dessa tabela cuja fiabilidade ainda ninguém contestou. Parece irrelevante mas não é.
São muitas as ocasiões em que um gajo entra numa de praquié que me chateio com esta merda?, sobretudo quando tem o blogue alojado num servidor que é próquelhedá (perdoem-me estes contraplacados de palavras). Saber que o nosso trabalho foi mais visitado do que os espaços de colegas como a
Bomba Inteligente, o
Murcon ou mesmo o
Mar Salgado (só para citar alguns) e que está a apenas cerca de 60 visitas diárias do blogue colectivo que o elegeu como um dos piores de 2006 é gratificante e confere sentido ao esforço e à paciência que esta actividade nos exige.
Partilho convosco esta minha satisfação porque ela deve-se por inteiro à vossa receptividade, à vossa insistência em espreitarem aquilo de que sou capaz nesta nova forma de expressão ao dispor de quem bloga.
E porque esta é a única forma de dirigir a cada um de vós que me aturam a personalidade virtual o agradecimento sincero de quem encontra nos comentários que deixam e no registo das visitas que fazem o único estímulo para insistir em bulir de borla
Pelo gosto que tenho na vossa presença até vou mais longe.
Pago pelo privilégio.